Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



sábado, 30 de janeiro de 2010

Hoje eu queria...

Um abraço. Alguem para me dizer que já passou. Um cafuné ao som de risos infantis. Um colo pra dormir. Uma voz carinhosa dizendo que eu sou forte, determinado, inteligente. Elogios cheios de bondade e gotas de verdade. Alguem que me chame de bobo. Mas não de uma forma comum, mas de uma maneira que me faça feliz. Um bobo que dá orgulho de ser.
Que alguem me entendesse. Sem que fosse preciso explicar. Que não só escutasse minhas teorias, mas tambem tentasse combatelas e debatelas. Mesmo que em vão. Um par de orelhas que pudessem me escutar por horas, sem que isso rouba-se do rosto o soriso de quem aprecia as tolices que ouve. Olhos que procurassem nos meus os significados obscuros do discurso.
Uma voz que, sem elevar o tom, fosse capaz de me colocar em silencio. Que com apenas uma frase toda a minha pressa de viver se tornasse calmaria. Um som antes unico que propriamente melodioso. Uma boca que soubesse pontuar todas suas frases com um sorriso sincero. Voz que ao sussurar me leva-se ao sono. E que com mesma facilidade me tirasse dele.
Queria , e por que não, uma pele cheirosa e macia para acaricar. Apertar e beliscar como criança a carne macia de uma dama. Sentir nela o cheiro que a natureza é incapaz de copiar em suas flores. Me distrair contando suas imperfeições. Sejam elas pintas, sardas ou manchas. Pois são as pequenas imperfeições que geram a beleza da obra. Sentir o calor da vida, o pulsar do coração. Escutar os batimentos e , apenas com palavras bobas, acelar um outro coração.
Um mão que procurasse a minha, assim como quem não quer nada. Que entrelaçasse os deos em um nó estranho. Que bricasse com a minha mão em loucas batalhas de dedos. Que fugisse do combate pelo meu braço e me fizesse arrepiar ao passar por minha nuca. Que bagunçasse minha barba e as vezes, só as vezes, me roubasse um pelo do braço ou dá perna. Me dando a oportunidade de mostrar todo meu conecimento sobre palavrões.
Um belo par de coxas. Grandes e macias para me servir de trevisseiro. Quentes e confortaveis para horas de sono leve, desse que acabam a cada suave movimento. Coxas que eu pudesse morder, mesmo que sob protesto. E que me fossem negadas por alguns minutos, como castigo pelas mordidas incovenientes. Mas que, no fim das contas, sempre estivessem lá para me embalar em meus melhores sonos.
Mais que tudo, agora, eu queria estar a beira mar. Noite quente, céu aberto, de luz apenas a lua. O mar azul marinho se mesclaria com o céu estrelado. E cada onda seria para mim um sorriso. A areia, mesmo com sua mania de invadir a roupa e grudar na gente, seria macia e confortavel. Poderia sentir o calor do dia fugindo da areia e encontrando liberdade no ar. A musica das ondas me seria canção de ninar. E a unica coisa que manteria meus olhos abertos seria a vontade de ver o sol raiar. Surgir do fundo das águas, tingindo primeiro o céu. Por fim o mar. E eu ali sentado vendo o espetaculo, meio sem jeito, iria chorar.
Emocionado pelo momento, iria me esquecer que queria um abraço,um alguem, uma pele, uma voz, uma mão  ou um belo par de coxas. Eu iria apenas me levantar, correr e mergulhar. Pulando e griando como louco. Rindo feito criança. E embora ainda sozinho, não notaria isso. Apenas iria curtir a água, o vento a areia. O mar.
Eu queria um abraço na praia, com alguem me chamando de bobo e me fazendo esquecer minhas bobeiras do dia a dia. Que esse alguem me entendesse e dividisse comigo o prazer de estar frente a um nos maiores espetaculos naturais. A dança das ondas! Que o canto do mar se harmonizasse ao tom da voz desse alguem.
Que pudessemos falar da noite, do mar e de nós mesmos. Ouvindo as ondas cantar. Que esta pessoa tivesse uma pele macia e que, mesmo suja de areia, ainda fosse cheirosa e confortavel para minha cabeça apoiar. Que minutos antes do amanhecer uma mão encontrasse a minha e elas formassem um emaralhado de dedos, dificil de descrever mas tão natural de se fazer. E que assim que o sol saisse, do seu esconderijo de trás do grande azul e pintasse o céu em tons de laranja, a mão delicada e deitasse sobre um belo par de coxas. Assim recebendo um cafuné sujo de areia eu veria o nascer do sol.
Eu sei. Eu estou querendo demais. Não sei julgar se meresse tudo que quero, e muito menos se tenho tudo que meresso. Só sei que se tudo que eu escrevi parece muito, eu digo que não é nada. Pois tem algo que eu não coloquei na lista, algo que faz o bem de um abraço, traz o alivio das palavras de carinho, a calma da voz carinhosa, o conforto das coxas perfeitas, a delicadeza da pele macia, a ousadia da mão boba inquieta e a magia do espetaculo do mar.
No fundo eu só qeria um beijo, nada mais.

(Queria que o vento pudesse levar esta carta que eu não sou tolo de enviar.)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Postagem Rápida


Esperar qause nunca é algo facil, mesmo quando é estupidamente necessário.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Férias Mentais

Este colecionador esta de férias. Curtindo um pouco da vida e vivendo novas histórias para contar.
Pesso desculpas aos perdidos que por algum motivo ainda desconhecido acabam lendo minhas bobagens.
Voltarei em breve! Juro que sim, afim o Colecionador faz parte de mim.
Alias anuncio que estou reunindo algumas histórias em um livro, coisa pessoal... nada muito sério. Mas é um projeto que levarei até o fim! quando terminado eu publico aqui os contos e histórias lá reunidos.
Mas só depois de tudo pronto. Por hora fica só o meu silencio e a promessa de que volto assim que minhas férias de escritor de blog acabarem.
Té mais gente boa!