Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



domingo, 30 de janeiro de 2011

Primeiro passo

-Muitas foram as tentativas mas não consigo escrever nada que preste. só estou postando isso para avizar que em breve estarei mudança para algum lugar-

E la vem mais uma historia para aumentar a coleção. E essa parece ser das boas! Misteriosa, com paisagens diferentes, mudanças drástica de rotina, sem roteiro fechado, completamente dependente do improviso. Uma aventura e tanto... Nem sei ao certo quando e como, só sei o porque. Vou porque meu sonho me leva para lá, vou por que soube rezar, vou porque alguém no céu (ou no mar) resolveu me escutar, vou por que a trancos e barrancos minha família vai ajudar... enfim vou finalmente estudar para ser o homem que idealizei. Um psicologo, capaz de trazer alivio aos tormentos cotidianos, desfazer preocupações com palavras, salvar vidas com o simples ato de dedicar as pessoas alguma atenção. Claro medicamentos e toda a parte médica da arte não esta sendo esquecida, mas oque mais me atrai é a simplicidade da profissão. Palavras e sugestões que podem mudar uma vida e aliviar os problemas de uma existência. Na minha mente, de apaixonado pela profissão que estou a passos de conhecer e aprender de verdade, digo que os psicólogos são quase anjos, só que não nos é dado asas! Hunf... Realmente uma história que promete. Um homem vai sem destino e sem morada rumo a escola dos anjos sem asas. Que história! Fico ansioso para começa-la, para vive-la toda e encerra-la e no final de tudo... Reconta-la, reconta-la, reconta-la... Com o orgulho de quem foi, viu e venceu. Mas isso ainda esta longe, faz parte do sonho que ainda não começou. Tudo ainda é delicado, complicado, frágil. Nada esta decidido, nada esta planejado e as únicas coisas encontradas são os problemas que poderão fazer tudo dar errado. Fico angustiado de ver a fragilidade do meu sonho e os desafios que ele me apresenta. E entre todos os bichos de 7 cabeças, o maior dele se anuncia logo no inicio da jornada. Como não poderia deixar de ser, oque eu mais temo é a solidão. Na bagagem vou levar meus sonhos, tidos como tolos, as lembranças dos apuros que já passei para que não vá repeti-los, boa parte da minha miséria (já que possuo poucos bens é bem capaz que consiga levar tudo) e a saudade. O fardo mais pesado com certeza é a saudade, lembrança de quem não foi e vontade de voltar correndo. Não terei comigo minha família (feita da mistura de amigos, amores e parentes consanguíneos). Nunca passei por isso. Alias até me envergonho em dizer que nunca me virei sozinho, já passei por muito apuro. Mas não sozinho. A solidão é o monstro que eu mais temo, e até hoje só evitei e nunca enfrentei. Me assusta saber que não terei como evita-la dessa vez. Fora isso também tem oque me preocupa, não tenho um teto, nem paredes e nem chão, nem cama, nem geladeira e nem fogão. Não tenho dinheiro, nem emprego e nem tempo. Não tenho carro, nem caminho e nem retorno. Não tenho nada, absolutamente nada alem do sono. Alias ter algumas coisas tenho, todas que me são preciosas (pessoas que me amam e amo) mas as deixarei para trás. Para a praia levo eu e oque minha alma puder carregar, nada mais. Sou um homem parado no inicio de uma estrada, tendo na bagagem seus pertences e passos atras oque até então chamou de lar. A Neblina densa do amanhecer não me permitindo ver nada alem do próximo passo a dar e um medo tremendo de tropeçar. Seguindo sem rumo e nem direção um caminho sinuoso e desconhecido que me leva para meu sonho. Sigo sem muitas certezas para a escola dos anjos sem asas tendo como único guia um canto cheio de incentivos e certezas que vem de algum lugar lá do meio do mar.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

domingo, 23 de janeiro de 2011

A lista de aprovados



Só quem já prestou algum concurso publico, vestibulinho ou vestibular consegue entender oque é a tal lista. Um zilhão de nomes absurdos organizados por nota e o seu nome lá no meio, em algum lugar. E cada um tem um jeito de procurar. Tem o arrogante que coloca o dedo bem lá no topo da lista e vai descendo o dedo com uma cara de desilusão. Tem o mais humilde que começa lá do fim da lista e vai subindo cauteloso. Tem o perdido que começa em algum lugar do meio e vai indo e voltando ate se encontrar. Tem o medroso que manda outra pessoa procurar. Tem o conformado que já chega dizendo ser um dos últimos e de longe já aponta seu nome no fim da lista. Como também existe o preparado, que procura e encontra o nome no começo da lista. Mas entre todos tem um cara em especial, o ultimo convocado! O cara que é dono da nota de corte, aquele que pegou a ultima vaga, o dono da ultima esperança. Uma pessoa que deve rezar muito e tomar banho de sal grosso, pois é o primeiro que desejamos que seja atropelado por um ônibus, trator ou animal de grande porte. Afinal é o dono da vaga mais próxima. Porem ninguém lê o nome dele de proposito, você simplesmente esta acompanhando o numero de vagas e tromba no nome dele ocupando a ultima vaga disponível. Agora tem outro nome na lista que fatalmente você irá ler, e esse você lê de proposito. O primeiro da lista. O inalcançável e intocável primeiro da lista. Não sie você mas para mim o primeiro da lista é sempre japonês, sem namorada, com olheiras de tanto estudar, corcunda, óculos fundo de garrafa e sem vida social. È uma imagem que me acalam, por que faz com que eu não queria ser o primeiro da lista. Um pensamento que serve de consolação. Mas acabei por descobrir que não é bem assim... O primeiro da lista pode ser gente como a gente. O primeiro da lista as vezes pode ser preguiçoso, cabular aula para ver a namorada, errar contas de matemática, escrever errado, sair de balada, ter amigos, jogar joguinhos no computador. Enfim ele pode fazer qualquer coisa que quiser, pois é um ser humano como qualquer outro. Engraçado é que eu jamais teria chegado a esta conclusão se eu não fosse o primeiro da lista. Até acho graça quando penso que alguém esta me imaginando um japonês corcunda! Faz bem pro ego ser o topo da lista, pelo menos uma vez na vida! Não comemorei muito,nem achei natural. Por incrível que pareça ser o primeiro ou ser o “nota de corte” teve o mesmo impacto em mim. Eu passei! Mas não consigo parrar de pensar no ducentésimo quadragésimo terceiro da lista... Oque será que ele esta pensando de mim, qual comentário será que fez ao ler meu nome? Do que sera que me chamou? Oque ele pensa de mim? Mas a pergunta que mais me incomoda é: Oque sera que ele me diria se soubesse que eu não vou me matricular na vaga? É infelizmente o curso é em período integral e fora da cidade, não tenho como me bancar nessas condições. O primeirão vai ceder a vaga para outro. Quem na lista inteira poderia prever isso? Eu não sei. Sempre pensei que o primeiro era o cara mais decidido, capacitado e determinado a pegar o diploma. Na minha cabeça o primeiro da lista era um ser tão perfeito que no momento da matricula ele já ganhava o diploma! Mas não é assim. O primeiro da lista pode ser qualquer um, e até por isso esta sujeito a qualquer tipo de problema. Imaginem quantos primeiros da lista não perderam a matricula por estarem bêbados, ou presos no transito, ou na delegacia, ou com diarreia, operando a vesícula, acompanhando o nascimento do filho, ou simplesmente marcando presença no próprio velório! O primeiro da lista não é um nerd estranho com vida perfeita. Ele é uma pessoa normal com uma vida normal e cheio de inconvenientes como qualquer um. Só teve notas mais altas seja por preparo, reza brava, sorte ou simplesmente por ter conseguido manter a calma na hora da prova... No final não importa o primeiro é só mais um aprovado como qualquer outro... Na hora da divulgação dos aprovados, somos todos apenas nomes na lista.

Bobagens e Bobeiras

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sábado, 22 de janeiro de 2011

Sexo

Não é mais parzeroso do que dar prazer!

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

sábado, 8 de janeiro de 2011

O Império das 4 Torres- Versão do Leste - Parte 4

parte 3

O Apocalipse


Dizem que a vida é um ciclo sem fim, onde a morte de uns sempre traz vida a outros. Cruel como quase toda verdade. No alto da torre espelhada o ditador olhava pela janela de seu quarto. Não via a grande cidade triste que criará, nem o deserto cinza que a cercava. Via apenas o seu reflexo, alguns anos mais novo, sujo de poeira, suor e sangue, pasmo. Era a imagem dele no dia do apocalipse. A visão que os 4 tiveram no dia do juízo final foi terrível O céu estava coberto de espessas nuvens cinza chumbo das quais choviam gotas flamejantes como lava vulcânica Por toda parte se viam caveiras e demônios como nos antigos contos de terror, só que reais e sanguinárias Homens iluminados e anjos alados tentavam, inutilmente defender os soldados e rebeldes que fugiam para tentar salvar suas vidas. Mas não havia para onde fugir, a cena inacreditável congelou os 4 rebeldes. A vida que há muito tempo deixara de fazer sentido enlouquecerá de vez. Para os 4 que já haviam perdido tudo que tinham há muito tempo o fim do mundo deveria parecer agradável Mas não era. Ao ver a carnificina dos mortos-vivos e demônios e a guerra entre eles e os escolhidos de deus eles se sentiram encurralados. O maior dos medos tomou conta da mente de cada um, medo da morte. Mas não o medo egoísta da própria morte. A dor dos entes queridos e companheiros perdidos veio à tona na forma de um grande desespero. Não podiam perder a única coisa que restará a eles. Um ao outro. O primeiro a conseguir sair do transe de horror foi Alexander que com fúria defendeu os amigos atordoados do ataque de um demônio qualquer. Não importa se homem, demônio ou zumbi, qualquer um se abala com um corte bem feito a facão na jugular. Ao ver a cena todos entenderam iam lutar. Morrer lutando parecia heroico, como o sacrifício do Liz. Lutaram com todas as suas fibras e com todas as armas que tinam. Luta inútil. Perderiam de qualquer maneira. Eram em menor numero e de rachaduras no chão os inimigos não paravam de aparecer. Aos poucos os anjos foram caindo um por um. E os homens escolhidos de deus, homens de fé, padres e monges, eram também derrotados. Mesmo os anjos mais poderosos e os homens capazes de exorcizar com a fé foram esmagados pelo infindável exercito de bestas. Mas os 4 persistiam e quando encurralados e sem esperanças fizeram algo que há muito tempo não faziam. Eles se lembraram de deus, e sem lamentar pelas perdas e dificuldades da vida pediram uma salvação. E a sinceridade do pedido rendeu a eles uma benção. Por algum motivo deus lhes deu meios para lutar. O corpo de Alex se tornou duro feito aço e sua força sobre humana. Victor sentiu uma forte energia dentro de si e a liberou na forma de descargas elétricas semelhantes a trovões. Rafaela ganhou o poder de mover oque quisesse precisando apenas pensar. O Maycon fez tudo ao seu redor se tornar carvão e cinzas com chamas vindas do nada. Um sorriso no reflexo. O ditador parou por uns instantes e admirou a palma da própria mão. E nela surgiu uma chama vermelha quente e intensa. Foi naquele dia louco que ganhará este dom e maldição. Um homem capaz de queimar tudo que tocar, justo que seja ele o traidor. Tudo que toca vira cinzas e a cidade das 4 torres seria a próxima vitima. Voltou a olhar o vidro da janela e a lembrar do passado. Rapidamente o números de monstros na área foi reduzido a 4, somente os 4 guerrilheiros restaram. Grandes incêndios, marcas de raios, carros, e prédios tombados. Eles eram capazes de destruição sementante ao fim do mundo. E isso chamou a atenção de outros quatro guerreiros poderosos. Os cavaleiros do apocalipse. Guerreiros cadavéricos montados em ossadas de cavalos que galopavam pelo céu. Vinham com suas espadas e armaduras enfrentar os guerrilheiros. Resistentes e implacáveis não tombaram rápido. Suas espadas cortavam o ar e a carne que tocavam de raspão e seus corpos já mortos pouco sentiam os ataques dos rebeldes.
Mas nada seria capaz de pará-los. Por mais que tentassem nem os cavaleiros seriam capazes que vencer aqueles que pareciam ser a encarnação do apocalipse. O primeiro cavaleiros foi reduzido , aprisionado em uma coluna de fogo em altíssima temperatura. O segundo foi esmigalhado aos socos pelo homem que já não sentia dor. O terceiro foi também carbonizado como se tocasse fios de alta tensão e o ultimo teve todos seu corpo em pedaços, cada pedaço arremessado em uma direção, como bem quis a garota que o derrotou. E com a derrota dos cavaleiros algo no fim do mundo mudou, acabou... Os monstros ainda viventes morreram sem maior explicação. As nuvens pararam de queimar a terra e começaram a abrir espaço para um céu azul e uma coluna de luz desceu sobre os combatentes. Agitados pela batalha e ainda confusos não notaram o velho de ranco que surgirá entre os escombros da cidade e que sem se apresentar chegou dizendo profecias.
O ditador foi interrompido por um soldado que batia a porta, o café da manhã estava servido. Ele fazia questão de aproveitar a sua ultima refeição.

parte 5

Meu Delírio

Hoje o sol raiou todo meio azul marinho. E a passarada toda voava para bem mais que longe, lá dentro do sonho de dentro do ninho. Rua cheia de multidão de ausentes, todos com roupas que sonharam ou desejaram muito, mas nunca ganharam de presente. Tinha um lá que era eu, vestido de mesma coisa todo dia. Mastigando com preguiça um saboroso ar com gosto de barriga vazia. Cheguei no ponto de ônibus desejando esperar o trem passar. Mas não passou trem nenhum, porem o disgramado do ônibus passou e quis me levar. Na alegria de quem ainda dorme andei dançando aqueles que achei serem os últimos passos da valsa do sono. Mas logo que bunda escorregou pelo banco e com as costas sentei confortável , veio o sono de novo me arrastar para algum reino inimaginável Achei estranho o rio de frases bobas que borbulhava gracejos, era estranho ver no meu reflexo patéticas juras de amor, fora os milhões e milhões de beijos. Por cima do rio passava uma ponte cor de cheiro de morango. E lá do outro lado tinha um longo campo de coisas escondidas. Nada se via por lá, mas dava para ver que estava cheio. Fui andando devagar, desviando do que era mais feio. Quando cheguei no meio do campo era eu a coisa escondida, e em volta eu via uma cerca de desculpas dizendo que eu não existia. Sabendo que a cerca mentia eu a pulei como que pula do prédio e fui de cabeça ao chão. Por sorte só não me machuquei pois por debaixo disso tudo passava um coração. O coitado distraído foi atingido por mim. E no acidente nós dois rolamos por grama e capim. Enquanto rolava vi cruza de água passar, via lua que ria de musica, vi pé calçado doar o calçado e feliz acompanhado caminhar. Rolei e fiquei embolado nem sabia quem era eu ou ele. Mas na duvida resolvemos que ele era eu e eu ele. Assim meio que para sempre, mas não demorou e o sempre chegou para nos visitar. E sem eu saber o coração foi embora, dizendo que ia viajar. Fiquei muito bem acompanhado numa sala cheio de espaço vazio. Tentei conversar com ele mas ele sempre me evitava. Parecia correr e eu quase nunca o alcançava. Quando conseguia alcançar ele estava ocupado e não podia falar. Coisa tipica do vazio que só sabe esnobar. Mas num canto da sala sem canto, sem parede e sem fim. Encontrei a falta de algo, seu nome era saudade ou algo assim. Essa quis conversar e falava do que não estava lá, contava cada história louca. Difícil de acreditar. Deixei aquela loucura e fui ser louco em outro lugar... Fui ser louco onde estava aquele que estava a faltar. Me vi pesando em areia falsa com de imaginação, e me banhei no mar de desejar se banhar em mar. Não foi o melhor passeio por que não fez sol e só choveu. Choveu encrenca e trabalho e eu sem guarda-chuva me molhei. Fiquei ensopado feito quem corre em dia de sol. Ai vei a carta sem carteiro se entregar, dizendo que já vinha vindo aquele que quando viesse eu iria esperar. E foi bem na hora de vir e de chegar que eu cheguei. Fechei o olhos de sonho para ver melhor onde estava. O ônibus me cuspiu em uma encruzilhada. Meu rumo tomei sem saber e sem me avisar. As pernas foram andando enquanto eu tentava me encontrar. Foi então que percebi que não estava lá, mas se tudo de certo sei que em dois ou três dias eu devo chegar.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Jacaré...



(Eu sei que é pura falta do que fazer...)