Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

O que é certo é certo. O que é justo é justo.

Aquele que fala e não faz, mente. 
Aquele que faz e fala, ostenta. 
Aquele que fala e faz, tem palavra.
Aquele que faz e não fala, tem valor.
Aquele que faz e erra, é comum.
Aquele que erra e não conserta, é fraco.
Aquele que erra e admite, é valente.
Aquele que erra e conserta, é forte.
Aquele que repete o erro, não se arrepende.
Aquele que se arrepende, tem valor perante a Deus.
Aquele que nunca erra é Deus.

(é nisso que acredito, é essa a minha fé)

Arrependimento

Pra começar o papo vamos aprender alguns conceitos importantes sobre o termo arrependimento. Primeira coisa, e a mais importante. Ele não é remorso, simplesmente não são sinônimos. Remorso é você sofrer por algo que fez ou que aconteceu, é ficar remoendo a culpa, é lamentar... É fazer tudo menos admitir o mal que fez e tentar concertar. Na minha cabeça remorso é o arrependimento do covarde. Bom outro ponto importante do arrependimento é a culpa, só o culpado pode se arrepender. E se arrepende só daquilo que é e entende ser culpado. Então não se arrependa de coisas que a humanidade fez se você não estava lá não tem como estar arrependido. Você esta com remorso camarada! Ou como minha cabeça enxerga, você esta sendo idiota. E por ultimo arrependimento é uma palavra vinda do grego que significa algo como “mudança de atitude”, no sentido de atitude contraria oposta. Mas o que deve ficar na mente é a palavra chave: ATITUDE! É caros leitores perdidos, arrependimento sem atitude não é arrependimento. Então se você esta arrependido vai ter que fazer algo para mudar a merda toda!!! Para se dizer arrependido você tem que entender a dor e o prejuízo que causou e tentar resolver essa situação. Mas não se iluda, dor passada ninguém sara. Mas você pode fazer com que ela não perdure. Costumo dizer que no mundo todo mundo erra, e sempre que possível erra feio. Com única exceção de um filho de marceneiro que as histórias antigas falam. De resto todo mundo erra sempre! E todo mundo vai voltar a errar.  Então o que temos que ter em mente é saber admitir esse erro, entender as conseqüências deles e consertar. Pelo menos tentar! Só essa tentativa, esse esboço sincero de diminuir a dor que causamos já pode separar a humanidade em dois grandes grupos. Os seres humanos normais e os “filhos da puta”. Oh! Meu deus, falei palavrão! Palavras são palavras, seja adulto o suficiente para entender isso. Não existe palavra proibida. Toda palavra e termo têm seu significado e “filho da puta” é o que melhor explica a pessoa que faz alguém sofrer e não se importa com isso. Entender o sofrimento é difícil, por que não se passa na nossa pele e o ser humano não é lá a criatura mais altruísta e caridosa da face da terra. E muitas vezes a pessoas que fizemos sofrer também nos fez sofrer.... E tudo vira uma grande roda de rancor. Ou como gosto de dizer, uma “uma grande merda inflável”. E é isso o que há de pior na humanidade, o maldito revanchismo. Poucos são aqueles que têm a coragem de admitir o erro, consertá-lo e fazer dessa bosta desse mundo um lugar decente. Ente decente é um bicho em extinção. Mas a escolha é de cada um. É você, meu caro leitor perdido, que escolhe se vai ser alguém decente ou um filho da puta. Mas saiba que existe uma justiça poderosa que domina as relações humanas. E essa justiça diz que um homem decente saberá recolher outro homem decente e o tratará como igual, e um filho da puta saberá reconhecer outro filho da puta e o tratara como igual.  Sendo assim se você quiser viver uma vida rodeado de desconfiança, mentiras e traição, seja só mais um filho da puta. Mas se você quiser deseja uma vida com idéias mais nobres, acho que já fez a sua escolha e esta lendo isso na esperança de reconhecer um igual. Mas não fique se achando, vivemos num mundo complexo. Todo homem decente terá seu dia de filho da puta e todo filho da puta terá seu dia de homem decente. E é nesses dias que todos temos a chance de provar nosso valor. Faça o seu melhor.


sábado, 24 de dezembro de 2011

A Sereia de Sebastião

Existem basicamente dois tipos de histórias de sereias. As que terminam bem e as que terminam mal.As primeiras são menos numerosas e mais famosas, as de segunda categoria são muito mais numerosas, embora tenham fama só entre os que moram a beira do mar e nele ousam se aventurar. Minha história não é se encaixa em quase nada, ou em tudo talvez, de certo não sei...mas de uma coisa eu sei. Era ousado o tal de Sebastião. Se dizia marinheiro, mas era só mais um pescador. Chamava de Audaz seu "navio", que era um velho veleiro. Nunca fora mas longe que a linha do horizonte, mas sentia conhecer as águas do mundo inteiro. Vivia em fantasias o pobre Sebastião, contava suas histórias nos bares perto o cais . As moças se riam com seus gracejos e os homens se divertiam com suas mentiras. Foi assim a vida inteira, até chegar aquele dia.
Os mais chegados dizem que ele saiu já mudado, pro mar naquele dia. Eu digo que era o mesmo que ia pescar todo dia.O fato é que a noite chegou e nada se soube de Sebastião. E assim foi, por quase meia estação. Muitos já o davam por morto e o casebre de moço como abandonado, quando no horizonte surgiu a vela do conhecido Audaz. E no timão vinha alguém que um dia pode ter sido o nosso velho Sebastião.
Para todos os fins, era mesmo o "marinheiro" do cais, mulherengo e falador. Mas que não era o mesmo, não era não senhor. Parecia mais moço, mais contente, mais forte. Como se os dias no mar lhe tivessem devolvido anos de fartura que o tempo levou, e que na verdade nunca havia dado. Jamais se vira um homem simples e trabalhador taõ feliz e bem cuidado. como se não lhe faltasse alimento nem tivesse a preocupação do trabalho. Chegou como se tivesse zarpado ontem, sem dar satisfação. Mas esteve fora por dias e sua volta causou comoção; E logo lotaram o bar para ouvir a história que prometia ser boa, mas para a decepção, foi curta e nada contou.
"Encontrei o tesouro de um rei e o fim de um reinado" foi só o que falou Sebastião. Muitos reclamaram, alguns se sentiram traídos, mas eu admito que a ninguém ele devia satisfação. Embora minha curiosidade me roesse por dentro.E depois de muito buscar, encontrei algo que não pude acreditar. Embora deva ser mesmo a explicação.
Sebastião se perdeu no mar num pé d'água que veio e foi do nada. Disse que o Audaz tombou com a força da água. E ele ali a deriva sem ter a quem socorrer, ouviu um cato muito bonito que o fez esquecer do naufrágio. Subiu no casco virado e viu uma beja menina de olhos claros, cantando descontraída no mar. Ao velo parou decantar e o cumprimentou, perguntando como pretendia virar o barco e partir.Ele galante disse que ao vê-la já não desejava partir. Ela sorriu. E eles passaram a conversar. 
è ai que a história fica difícil de acreditar, pois até onde sei Sebastião passou dias a conversar. Admirava a beleza da sereia e esquecera do mundo e tudo mais. Não sentiu fome, nem frio, nem viu a dança continua do sol e da lua. Tinha apenas olhos para a sereia e ela para ele. Mas após todo o tempo um contemplando o outro, algo despertou sebastião e ele acha que foi a proximidade da mudança de estação. Sendo isso ou não sebastião despertou e disse que teria que voltar, a sereia pareceu não entender ou não aprovar. 
Ele decidido virou o barco com a força que ganhara nos dias que estivera ali a deu um jeito de voltar. A serei se limitou a avisar que não estaria a esperar caso ele resolvesse voltar.Bom é claro que muita coisa falta nessa história, e que tudo nela é difícil de acreditar. Mas uma coisa eu não nego, existiu nisso tudo alguma magia e isso é fácil de se comprovar. Pois os dias que seguiram ao retorno de Sebastião foram tristes para o rapaz. Primeiro ponto de tristeza foi Audaz naufragar no cais. E de lá pra cá o moço sebastião tem estado cada vez mais triste e e curvado, como se cada dia valesse por tês ou quatro. Abandonou o mar e não se diz marinheiro, fica no par lamentoso a contra lorotas na esperança de ganhar um dinheiro.
Quando lhe perguntei se algo lhe afetava, ele disse ser saudade. E me alertou com um um ar de seriedade:
"Alguns tesouros são realmente incríveis, fazem a vida valer a pena. Mas não existe nada perfeito. è preciso ser um grande homem para compreender que seu maior tesouro tem um defeito.Eu não fui."
Não creio ter entendido tudo que ele deve ter dito nas entrelinhas da frase.Mas analisando por cima o tesouro era ela, o defeito foi ciumes e a amargura é mesmo a saudade. Ai você vem dizer que essa história termina mal, e eu digo que não termina por que ainda não terminou.  O tempo da vida de Sebastião e de sua sereia ainda não chegou ao fim. E ambos ainda tem chances de fazer um final feliz. Essa é uma história de sereia de um tipo diferente, pois ainda não tem fim.