Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Milk Shake de Morango



Tem muita coisa nesse mundo que eu acho que entendo, mas tem uma coisinha que eu realmente não entendo: Crianças. Eu gosto delas, convivo, brinco, levo para passear, compro doce... sou super querido pelas crianças, mas não as entendo. Não sou muito bom em cuidar delas. As vezes eu exagero nos cuidados e acabo chateando elas, as vezes eu relaxo e elas acabam se machucando... impossivel encontrar o meio termo. E entre todas as crianças do mundo tem uma em especial que me dá muito trabalho.
Não pensem que o garoto é um desses monstrinhos que só podem ser vistos nos programas record de audiencia da super nany, o garoto é até educadinho. Respeita os mais velhos, pede permissão para brincar, fica quieto quando pedem, divide tudo com todos, gosta de ajudar... o garoto é um anjo! Quase que litralmente, mas tem um defeitinho que me atormenta, é MUITO impaciente.  Ele não é de pedir nada, mas se lhe prometem algo ele quer na hora.
Certa vez lhe prometeram um jacaré de pelucia, ele falou desse jacaré diariamente por meses! Até a pessoa que prometeu ter condições de dar o tal presente. E não adianta falar, explicar, desenhar... ele não consegue entender que tem que esperar! Na verdade até entende, mas fica com uma cara de cachorro molhado que é de cortar o coração. è ai que começa o meu tormento, não consigo ver ele assim.
O camaradinha é meu amigo, ta sempre por perto, me escuta, me ajuda e me diverte. Gosto muito dele, ve-lo com cara  de choro me deixa sem ação. Eu odeio ver alguem chorar, se esse alguem for mulher eu farei tudo para faze-la parar de chorar, se esse alguem for uma mulher bonita eu farei de tudo e mais um pouco para faze-la parar de chorar, mas se esse alguem for um criança eu vou vender minha alma pro diabo, fazer os 12 trabalhos de hercules, matar 13 gigantes, decorar o nome de dom pedroII de tras para frente... não importa! Eu vou fazer a criança parar de chorar. E é ainda mais grave quando falamos desse meu pequeno amigo.
O bom é que ele quase nunca tem motivos para ficar emburrado, como eu disse ele é um anjinho que não exige mais que um pouco de atenção... mas tem uma exceção. Sorvete!
Digo sorvete mas pode generalizar para qualquer doce gelado, se for cremoso, doce, gelado e de preferencia de morango ele fica louco. Creio que ninguem possa dizer que já viu uma criança que gosta mais de sorvete de morango que ele. O garoto pula de felicidade sempr que lhe apresentam um sorvete de morango! E eu não estou usando figura de linguagem, ele pula MESMO. Com direito a gritinhos: Sorvete! Morango!
É uma mania meio constrangedora, mas no fim ninguem acha estranho... é só uma criança!
Uma criança que vira um monstrinho quando unimos esses dois pequenos defeitos dele:
Impaciencia + Sorvete de Morango = Criança Fora de Controle
É terminantemente proibido prometer um sorvete de morango a este garoto! Se alguem quiser dar sorvete pra ele, vai lá e dá! Na hora!!! Jamais prometa para outra oportunidade, nem que seja para daqui a cinco minutos. Não que ele fique enchendo o saco ou coisa assim, na verdade até parece que ele não deu importancia a promessa. Mas se após os 5 min ele não ganhar o sorvete pronto! Ele emburra, não fala mais com ninguem, o olho fica cheio de lagrima e a cara dele lambra a fisionomia dos setenciados a cadeira elétrica. Coisa que eu não aguento.
Ese fim de semana foi assim, no meio de uma brincadeira prometeram a ele um milk shake de morango. Oque pra ele não passa de sorvete mechido com colher. E vamos adimitir ele não esta nada errado. O fato é que na fila para pegar o milk shake o atendente disse que de morango não tinha! Pronto... ele não quis nem ouvir as outras opções, emburrou na hora. E eu fico perdidinho gando isso acontece, não tenho impedir que ele emburre, mas fico desesperado para faze-lo feliz de novo. Tentei dar outro doce, distrai-lo com a decoração, passear... nada! Só encontrando um milk shake mesmo.
O pior é que ele não gosta que perguntem o por que dele estar emburrado, finge que vai chorar, faz drama... e quanto maior o drama mais gente quer saber oque se passa. E eu fico sem saber se vou procurar oque ele quer, se cuido dele ou se mando os curiosos a merda! Fico perdidamente bravo e confuso!
No caso do milk shake eu sai com ele rodei o shoping atras de um milk shake de morango, ignorando os curiosos e o bico do garoto.
Comprei o milk shake e ele tomou feliz, oferecendo para Deus e o mundo! E pra variar não conseguiu beber tudo por que já estava de barriga cheia, sem contar que ficou com dor de cabeça por beber rapido demais!
Não consigo entender crianças, muito menos esse garotinho. O triste é que eu não posso simplismente deixar ele em algum lugar, devolver para os pais ou sei lá mais oque eu costumo fazer com as crianças alheias que eu encontro nos meus dias. Esse garoto esta sempre comigo. Este garoto sou eu, não como um todo, mas parte. Mimado e teimoso embora bonzinho. Sou eu!

domingo, 27 de dezembro de 2009

Minha "Metade"



Que as duvidas que tenho
Não sufoquem meus pulmões
Que o peso dos erros que cometi
Não me impeçam de continuar caminhando
Por que metade de mim é batalha
Mas a outra metade é cansaço
Que meus sentimentos sejam cinseros
Mesmo que não seja apropriado
E que eles comandem meus atos
Sem jamais ceder a censura da razão
Por que metade de mim eu mostro
Mas a outra metade eu escondo
Que minhas palavras não sejam verdades absolutas
Nem mentiras completas
Que minha opinião seja respeitada
Não por ser correta, mas por ser cinsera
Poque metade de mim é história
Mas a outra metade é ficção
Que encontre nos teus braços abrigo
Mesmo que temporario
Que o medo do "mesmo erro"
Não faça nossa distancia almentar
Por que metade de mim é fortaleza
Mas a outra metade é saudade
Que o perdão venha  sempre que necessario
Partindo primeiro de mim
Que a lembraça do que fui
Não estrague oque um dia serei
Por que metade de mim é mudança
Mas a outra metade é cobraça
Que apenas um sorriso amigo já baste
Para me devolver a força da fé
E que o preconceito dos tolos
Não me faça desconfiar dos sábios
Por que metade de mim é certeza
Mas a outra metade é interrogação
Que eu aprenda o valor do silencio
Sempre que ele for necessario
E que minhas palavras sejam suaves
Mesmo quando o asunto for grave
Por que metade de mim é serenidade
Mas a outra metade é espetaculo
Que minhas histórias mostrem um caminho
Mesmo que eu não conheça
Que eu possa ajudar quem precisa
Mesmo quando estiver precisando de ajuda
Por que metade de mim vive em mim
E a outra metade esta nos outros
Que minha loucura seja perdoada
Sendo ela fruto dos mais nobres sentimentos
Por que metade de mim é amor
E a outra metade tambem...

(minha versão da musica "metade" de oswaldo monte negro)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Conto de natal

Um musico frustado pelas dificuldades da profisão toca musicas na rua. Homem de roupas surradas, barba por fazer e cabelos despenteados tocava naquela tarde. Versões de musicas famosas adapidatas ao seu violino. Para valorizar o espetaculo cantava a letra com sua melhor voz, tentando aconpanhar a bela melodia. Dizia: -"Children don't stop dancing. Believe you can fly. For awa, for away..."
Dez centavos, uma miséria! Mas a senhora que uvia o violinista na calçada só tinha aquela moeda. A moeda faz barulho ao se chocar com outras tantas no chapéu do pedinte, este sorri e agradece a pequena doação. A senhora, que agora não possui mais moeda alguma atravessa a rua sem olhar. O motorista do taxi, entretido com a conversa descontraida com o passageiro, desvia por pouco da velha senhora. O passagerio assustado com o a quase colisão parece parece acordar da distração da conversa e percebe que faltam apenas dois quarteirões para chegar ao seu destino. Lá chegando desce do veiculo, paga o motorista e anda alguns passos até a porta do apartamento. Esperando na esquina o trombadinha corre e com um rapido movimento leva a carteira daquele senhor e corre sumindo na outra esquina. Correndo para não ser pego o garoto vira a esquina sem olhar e acaba trombando com uma rapaz, mas não se incomoda e continua a corrida. O rapaz se vira e começa a correr atras do garoto, porem é impedido pela bela jovem que o acompanhava. A jovem com os olhos cheios de lagrimas diz que o seus sentimentos são mais importantes que um incidente bobo, e começa um curto discurso onde defendia a ideia que a violencia não leva a nada. Um celular toca, é da bolsa da garota que vem a melodia. Ao atender uma voz gorssa pergunta a ela que horas pretende chegar em casa. Do outro lado da linha um pai preocupado tenta descobrir se sua filha chegara a tempo ou não da ceia de logo mais, recheando a conversa de ofensas ao namorado. Ouvindo o pai exaltado , sentado em uma poltrona perto do pai, um garoto resolve sair par passear. Ao passar pela casa do vizinho acena para ele.O vizinho que colocava as ultimas lampadas na borda do telhado, termina a colocação, mas ao responder o aceno se desequilibra a cai batendo a cabeça no chão. Tudo fica escuro.
Quando a luz começa a voltar a imagem esta borrada, mas logo o foco retorna e ele pode ver sua familia a sua volta. O médico sorri e diz que ele vai ficar bem. O doutor se despede da familia e corre para o vestiario onde troca sua roupa branca por algo confortavel. Esta atrasado para as festividades. Uma vez no transito fica parado na entrada da ponte. O transito não anda e ele não tem para onde ir, tenta entender oque esta acontecendo e percebe que algum maluco esta tentando se matar. O maluco por sua vez se acha cheio de razão e de juizo, teve um pessimo ano e a felicidade desta epoca foi de mais para ele. Resolveu que a morte seria algo melhor que mais um ano de sofrimento.  a sua volta alguns curiosos tentavam convence-lo a não pular, porem as autoridades não haviam chegado. Afinal o transito estava parado!
Um dos curiosos, homem de roupa surrada, barba por fazer e um velho chapéu faz um movimento discreto com a mão. Um barulho de metal caindo é ouvido e uma pequena luz prateada é vista no chão. O suicda se distrai com a luz, olha para o chão e é derrobado pelo homem que jogara a moeda no chão. Logo o violinista de rua tinha dominado o louco da ponte e as autoridades puderam leva-lo para um hospital e liberaram o transito. O violinista sorrindo, se sentindo util como nunca andou até onde sua moeda tinha caido da ponte e observou as aguas frias lá embaixo. Dez centavos! Olhou para o céu e sorrindo pensou: Uma miséria monetária, uma grande riqueza humanitaria! Lá no céu Deus tambem riu, embora faça milagres o tempo todo, cruzando o destinos de um com o o destino de todos, sempre achou graça que só percebam isso uma noite por ano. E das nuvens  disse:
Feliz Natal!

(eu tentei... mas não sei se consegui. Isso é o mais proximo que eu consigo chegar de escrever um conto de natal)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A vida não passa de um detalhe

Antes devia ter sido alguem, talvez tivesse uma profissão, comida favorita, time do coração, medo, mania, preferencia, afeto, desavença... Com certeza boa parte disse ele tinha, afinal ele era assim como todo mundo. Só mais um. Claro que antes isso o ofenderia, certamente ele se defenderia destacando os seus diferenciasis. Mas analisando bem o diferencial não servia para separa-lo de um grupo, servia apenas para encaixa-lo em outro. Mas ele não podia saber disso, ou talvez soube-se. Não há como saber quais eram as suas capacidades, como tambem não há como saber se ele conhecia as próprias capacidades. Não posso dizer nada dele. Com exeção do nome. Era José Carlos Medeiro.
Foi um homem, viveu relativamente pouco... Uns 47 anos. Fora isso, não sei mais nada. Algumas suposições podem ser feitas. Me parece que não era casado e não tinha filhos, porem possuia alguns amigos e era queria pela familia. São os poucos deferencias que sobraram. São diferencias comuns a muitos que lá estavam em mesma condições.
O engraçado é que não importa oque fez de sua vida, se teve ou não flihos, se viajou pra praia ou pra montanha, se gostava de amarelo, se chorou ou sorriu, setrabalha ou dava trabalho... Nada mais importa. Os sonhos e os medos que ele guardadava em segredo, se foram sem nunca terem sido ouvidos. As juras de amor que fez podem ou não ser lembradas, mas foram feitas. Penso com angustia nas juras de amor que ele jamais fará. Tenho curiosidade pelas frases que disse, mas fico triste sóde pensar nas palavras que não disse.
Não importa o porque de não ter dito, na época ele devia ter seus motivos. Mas hoje existe um motivo maior. Faltou tempo.
Cada um tem seu tempo e dentro do prazo faz sua história. Mas todo prazo chega ao fim e não importa qual qtenh sido a história, o final é monotonamente semelhante. O cemitério tem o dom de acabar com as diferenças. Na morte são todos iguais. São os memos 7 palmos, a mesma grama, o mesmo chão. Oque muda são os detalhes da decoração, capricho dos vivos. No fim não existem diferenciasis. Faça oque fizer em vida, a morte não lhe sera diferente. O corpo ao pó retorna, na mente dos vivos ainda vivera por algum tempo a lembrança.  Depois nem isso. Oque acontece do outro lado da vida não posso ver, talvez nem poderia entender.
Mais facil continuar adimirando este tumulo desconhecido. Na lapide a mesma história que se repete por todas as lapides do cemitério. Ali esta os restos de alguem, que em vida fez algo e que agora não é mais nada. Se resume a ranhuras no marmore. Ranhuras que hoje observo e entendo como sendo José Carlos Medeiro, Um homem que foi algo e hoje e só ranhuras em marmore. Como todos os outros de lá, como todos nós de cá. Oque fazemos são só detalhes frente ao universo, pequenos acertos e tropeços que vão se desgastar como as memórias que deixamos. Em algum ´nem aquele que foi José se lembrara da vida que teve, dele ela sera parte inconcienete. Recados quardados no fundo da mente. è o destino da vida de encarnado, virar apenas lembrança vaga. Pequenas ranhuras que mesmo desgastadas tentam contar uma história. Os detalhes se perdem, as cores desbotam mas elas permanecem lá. Em algum lugar da alma que partiu, entre seus atos e condutas ainda poderemos achar algum traço de personalidade que aqueles que mantem na memória as lembranças daquele que em vida conheceram ainda poderam dizer. Ali, naquele gesto ou pequeno ato esta oque podemos chamar de José Carlos Medeiro.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O motivo

Ninguem foi capaz de explicar ou entender a atitude dele naquela noite. Todos estavam confusos, os fatos que forçaram a antecipação da ida ainda não eram claros. Mas nem toda aquela confusão podia explicar por que ele estava chorando de costas para o mar. Muitos acharam que era trsitesa pelo fim das festividades daquela noite. Todos sabiam o quanto o garoto estava empolgado com a festa e ser obrigado a ir antes da hora era sim um choque. Mas nãoera só para ele que ir significava abandonar um momento especial, mas ele era de longe o mais transtornado.
Alguns tentaram falar, consolar, abraçar... Todos os esforços foram em vão. Ele chorava sem conseguir explicar o por que. Enquanto todos tentavam faze-lo mudar de humor. O clima era tenso, inseguro e a paz estava por um fio. A ultima coisa que precisavam naquela noite era um homem chorando como se fosse o fim do mundo. E lá estava ele, sentado na areia, de costas para o mar.
Após algumas tantativas um dos que tentavam faze-lo parar conseguio, bastou lembrar ao garoto que ve-lo chorar iria desanimar ainda mais seus companheiros de viagem. Todos estavam infelizes de ter que ir tão cedo.
O garoto se levantou, e uma vez de pé passou a adimirar o mar.  Enquanto o encerramento das festividades aconteia o garoto não tirava os olhos cheios de lagrima do escuro e infinito mar noturno que podia observar ali da areia. Parecia imovel, completamente petrificado, nada se movia... ou quase nada, pois se alguem se preocupa-se em observar com cuidado veria que ele movia a boca. Com dificuldade cantava a cantiga com seus amigos.
Alguns perceberam que ele estava passando por mals bucados, que aquela despetida doeu mais nele do que em qualquer outro. Procuraram falar, faze-lo entender a lei cruel que rege as fatalidades da vida, tentaram trazer-lhe esperança, tentaram e tentaram em vão... Não podiam ajuda-lo pois não conseguiam entender.
E lá permaneceu até o ultimo momento, parado, cantando mecanicamente a linda cação, olhando o mar. As vezes entre soluços ele parecia sorir e dde seus olhos ainda fugiam algumas lagrimas. Nunca aquele garoto feliz e exagerado tinha tomado uma aparencia tão triste e solitaria.
Parado de pé, de frente para o mar noturno, sem expressar reação ou fazer nada. Parecia estar vendo algo que ninguem mais via, parecia entender algo que ninguem mais entendia... parecia estar louco. Quando todos já tinham se retirado para preparar a volta para casa é que ele se moveu. Andou até o grupo e tentou agir normalmente, porem com um esforço sobre humano. Um esforço nitido, convem lembrar.
E nem na volta para casa, nem no desembarque, nem nas conversas posteriores sobre aquela noite... Ninguem jamais perguntou o motivo dele ter ficado lá sozinho olhando fixamente para o mar, entre o silencio e o choro descontrolado. Alguns se contentaram em dizer que era tristeza, outros que era orgulho ferido, outros que era só frustação perante o infortunio que interrompeu as festividades, outros que era imaturidade... todos se contentaram com as explicações que criaram e ninguem perguntou oque motivou aquela cena.
Mas a resposta estava na cena, bastava escutar oque a cançãodizia. O garoto chorava pela despedida, por ter que abandonar o mar sem ter tocado na agua salgada, sem ter molhado os cabelos especialmente preparados para aquele dia, sem ter sentido o gosto salgado da agua e a força das ondas. Chorava por se afastar do mar. Sabia que assim que o mar sumisse da paisagem a saldade voltaria a lhe castigar pela partida. Sentiria saldade e a distancia e a rotina não lhe permitiriam sanar esta dor. O som das ondas iria lhe aconpanhar pelo resto de sua vida e o cheiro do mar sempre seria o primeiro aroma do seu dia. Tudo sempre conpira para lhe almentar a saudade do mar.  Era a aflição de não poder tocar aquela agua a tanto esperada, e entre as lagrimas a confissão disso tudo ele cantava naquela noite. .Se alguem tivesse tentado analizar melhor as atitudes do menino veriam que as lagrimas e os soluços só se faziam presentes quando ele dizia:
Seus filhos que moram longe, não podem vir todo dia.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Céu e Inferno

Desde muleque eu nunca gostei desses dois nomes. Me diziam que se eu me comporta-se eu iria para o céu, mas se fizesse algo de errado era passaporte carimbado para o inferno. Sem mais nem menos! E o engraçado é que diziam que isso era um julgamento. Que raio de julgamento é esse onde o réu não se defende e onde a pena já esta pronta antes mesmo do réu chegar? E ainda atribuiam esse julgamento torto a figura de Deus, Deus este que sempre me foi dito que era bondoso, misericorioso e justo. Mas esse julgamento jamais me pareceu refletir a imagem desse Deus. Muito pelo contrario, é um julgamento tirano, opressor e pelas regras e leis rigidas, sejamos francos, ninguem poderia ir para o céu. Afinal quem nunca cometeu um pecado capital? Só a gula e a preguiça já servem pra mandar praticamente todo mundo para o inferno! E nem precisaria dos outros 5. Não tinha alguma coisa errada nesa teoria, com certeza tinha. E não era preciso ter mais de 10 anos para perceber.
Não me parece justo que eu tenha que sofrer por toda a eternidade só por que minha vó faz o melhor doce de abóbora do mundo!Com certeza isso não parece decisão de um Deus justo e coerente. Se ele criou todos na intenção que vivessemos felizes e na morte fossemos morar com ele, por que ele colocaria regras tão rigidas que nos afastassem dele de maneira irremediavel por toda eternidade. Cade a misericórdia e a bondade nisso tudo? Setenciar qualquer um a um sofrimento eterno e escolher alguns para a felicidade eterna não parece algo digno de Deus, é coisa dos homens que são impacientes e julgam os atos antes de conhecer as razões.  Não podia ser assim. Minha cabeça não podia entender como ninguem mais notava esses pequenos absurdos.
Por exemplo se uma criança morre ao nascer, ela vai para o céu! Afinal nem deu tempo da coitada pecar.
Mas uma pessoa que tenha vivido a vida inteira nas leis de Deus, lá no fim começa a pecar por gula e acaba morrendo de alguma doença devida a má alimentação. Esse cara vai para o inferno! Mesmo ele tendo vivido 75 anos nas regras, um simples deslize e ele perde o direito a felicidade eterna. Já o bebe que citei antes teve sorte! Alem de não ter passado pelas provações da vida na terra, conseguiu um passaporte para o céu sem ter feito nada para merecer. Assim uma passagem para o céu me parece mais um bilhete de loteria sorteado do que um premio por merecimento. Não me parece nada justo, mas quem sou eu para dizer alguma coisa?
Com certeza não sou deus! Estoumuito longe disso na verdade, oque já me faz perder o cargo de santo tambem. Não sou nenhum doutro em religião, e na verdade ainda entendo muito pouco de diversos asuntos dessa tematica. Mas mesmo sendo talvez o mais leigo dos leigos, acho que isso esta errado.
A justiça divina não pode ser uma rifa! Com certeza que não. Deus é conhecido por suas obras complexas e perfeitas sempre basiadas em mudanças cuidadosamente equilibradas para que tudo funcione em harmonia. O céu e o inferno da maneira que me eram apresentados não pareciam conter esse toque milagroso e delicado da mão de Deus.
E o tempo foi passando, eu fui crescendo e minhas duvidas se multiplicando. Cada vez mais eu a me incomodando com as explicações sobre esses temas, entre outros. Foi então que comecei a formular a minha teoria. Que alias só falo que é minha por que quando comecei a monta-la eu ainda não sabia que muitos já haviam pensado como eu, e montado teorias próprias como eu.
Para mim Deus não criaria um lugar separado onde ele privaria o infeliz de procurar felicidade ou daria felicidade eterna a quem nada fez para merecer. Ele deve ter criado um mundo onde oque você fez da sua vida influencia sim no seu destino no pós vida, mas sem excluir ninguem do convivio com ele, Deus!
Me parece mais justo que na morte nós passemos um tempo relembrando nossas faltas e fracassos terrenos, seria esse o verdadeiro castigo divino. Ter que rever nossas faltas até estarmos prontos para supera-las e nos libertarmos do peso que essas faltas geram em nossas conciencias. Mas após o término do castigo creio que Deus nos daria uma novachance de mostrarmos que podemos fazer coisas boas. Assim a cada defeito superado nós estariamos mais perto de Deus. Sendo assim o céu seria a contentação de poder ser digno de estar com Deus e o inferno verdadeiro seria a vida que deu errado. Pois quanto mais erros cometemos mais tempo iremos perder tentando superar nossas faltas e conseguir perdoar a nós mesmos.
Assim o céu ou o inferno não dependem do julgamento de deus, já que este é carinhoso e misericordioso demais para se colocar no papel de juiz. O Céu e o inferno estão na conciencia de cada um e é antes da morte que nós escolhemos para qual dos dois queremos ir. Se pensarmos no nosso bem e no bem do próximo teremos poucos erros para lamentar e logo seremos dignos de sentarmos perto de Deus. Mas se fizermos algo que agrida o proximo ou a nós mesmo, só poderemos estar com Des quando nos arrependermos do fundo do coração e superarmos nossas faltas, não as esquecendo, mas aprendendo a sermos mais nobres através delas.
Esse pra mim é o verdadeiro pós vida... mas fazer oque se jamais me deixaram anexar minhas idéias a uma edição da biblia. Aposto que algumas crianças que pensam demais imas gostar da minha versão!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Toda vez que eu dou passo...



O mundo sai do lugar! Mas bem que parece que eu sou o unico a perceber ou me preocupar. Vivo ouvindo o povo falando que tem coisa nesse mundo que nunca vai mudar. Mas sera que ninguem ve que sempre que tentamos algo, mesmo que não conseguindo atingir o alvo, algo muda. Alias tudo muda o tempo todo. O sol que vai raiar amanhã já não é o mesmo que raiou hoje ou ontem. Tentar e falhar não é o mesmo que nunca ter tentado. Mesmo que a situação não mude, você mudou, falhou, errou aprendeu, sofreu sorri, chorou... não importa quão pequena foi a reação. O importante é que algo mudou. Só o simples ato de dar um passo já faz com que você não esteja no mesmo lugar! è você que escolhe se vai sorrir ou vai chorar. Se algo não esta conforme você gostaria, vá lá e mude. Você não tem nada a perder, talvez nem tão pouco a ganhar. è só uma questão de mudar. O medo vai acabar fazendo você ficar preso, quieto, largado nesse canto em que está! Claro que esse papo de mudança nem sempre é de agradar. Afinal quem começa a mudança somos nós, mas nunca sabemos exatamente oque é que vai mudar. As tentando ser feliz podemos nos machucar. Mas o contrario tambem é valido, se serve pra consolar. Se teu coração sofre de falta, procure oque esta a lhe faltar! Mas não há garantias de que seu sofrimento vai acabar. Mas a verdade é que você só descobre se vai ser ou não feliz depois de tentar. Se algo em tua vida não esta a te agradar. Procure uma alternativa para este fato mudar. Claro que existe a chance da coisa toda pioar. Como tambem existe a chance da coisa melhorar. Em resumo tudo nessa vida dá pra gente mudar. O segredo é tomar cuidado pois não é todo passo que dá pra voltar atras. E mesmo que você volte, jamais vai ser pro mesmo lugar. Não tenha medo de falar, agir e ser quem você é. Pois mesmo que você fique parado o mundo não vai parar pra te esperar. E toda vez que der um passo o mundo vai sair do lugar.