Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



quarta-feira, 30 de setembro de 2009

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Teatro de Mácaras

Do que é feita a alma do artista? É  feita de retalhos , ou couro de camaleão? É pintada de varias cores, ou muda de cor conforme a ocasião? É uma unica alma, que pode mudar para agradar a multidão? Ou é uma multidadão de almas, lutando para conseguir seu espaço dentro de um unico cidadão? Seja qual for a resposta, não importa. No fim das contas é o personagem, e não o artista, que acaba chamando a atenção.

Ao sair coloca a mascara. É agora homem sério e de poucas palavras, com ar de preocupado sempre olhando o relógio. Nunca atrasado. Monossilábico, jamais começa uma converssa. Mas encerra todas com duas ou três frases no máximo. Sempre que pode lê um livro que carrega consigo, livro grosso de título e texto complicados. Usa o transporte sempre no mesmo horario, com as mesmas pessoas, todos os dias. Não conhece ninguem. Desce sempre no mesmo ponto. Muda a mascara.
É agora um garoto curioso e animado, desce sempre a quatro quarterões do seu destino. Claro que podia continuar sentado no onibus até chegar ao ponto mais próximo de onde trabalha, mas qual seria a graça? Prefere descer antes e andar, ver as pessoas e as lojas que estão abrindo. Anda com a cabeça nas nuvens, sempre sorrindo. Distribui muitos "Bom Dia" para qualquer um que pare para olhar seu sorriso. Anda em zig-zag, pula hidrante, roda nos postes. Muitos dizem que é louco, outros só que é infantil. Ele prefere a opinião do segundo grupo, mas admite que o primeiro não esta de todo errado. Se ser feliz é loucura, é ele o maior dos loucos. Chega no seu destino em cima da hora. Comprimenta a todos pessoalemnte com grandes abraços carinhosos. Muda a mascara.
É agora curioso, que tudo sobre todos quer saber. Faz uma verdadeira investigação com todos na fila do elevador. Oque fizeram? Onde estiveram? Com quem? Por que? Faz mais pergunta que a inquisição costumava fazer aos acusados de bruxaria! Em pouco tempo já sabe tudo que todos fizeram desde a ultima vez que se encontraram. Faz alguns comentarios quando isso lhe parece necessario, mas prefere ouvir a falar. Sabe que a melhor maneira de descobrir algo sobre alguem é parecer um ouvinte confiavel. E para isso basta sorrir e ficar calado. Abrir a boca só se for para fazer novas questões. Quando o elevador chega no andar correto já sabe tudo que queria saber, tem asunto para o resto do dia. Muda a mascara.
É agora funcionario exemplar. Quarda seus pertences e se apresenta em seu local de trabalho na hora exata. Limpa oque tem que limpar, organiza oque tem que organizar. Ajuda os companheiros de trabalho a se colocarem em seus postos de trabalho. Liga as máquinas, verifica se todos estão presentes, comprimenta o chefe com um aperto de mão e uma pergunta sobre como foi o dia anterior. Nunca presta atenção na resposta. Apenas sorri e volta ao seu lugar pronto para trabalhar. Parece contar os segundos para começar o trabalho, fica quieto, a respiração fica acelerada. Fixa os olhos na tela do computador. Muda a mascara.
É agora um malandro que a todos quer agradar. Se quem atende é baiano, cliente vira "Meu Rei" Se Quem atende é de minas, força os "erres" do seu portugues. Não importa quem atenda ele sempre da um jeitinho de agradar. É incistente e não desiste enquanto não encontra uma brecha para convencer que esta no outro lado da linha que o produto que oferece é bom. Não demora e alguem acredita e resolve comprar. Se diverte com cada ligação, sempre um novo golpe a aplicar. Mas logo chega a hora do almoço. Pausa para relaxar. Muda a mascara.
É agora um guloso. Nâo perde tempo algum. Corre e chega na frente, quando todods ainda estão chegando ele já esta sentado comendo um mar de coisas. Tantas causa estranhesa em quem vê. Não para nem para respirar, não faz piada, não se distrai e não pisca. Só pensa em comer. E come se fosse a sua ultima refeição. quando todos estão na metadade do prato o dele já esta vazio e ele na cadeira, de barrga cheia, todo esparramado. Muda a mascara.
Começa agora uma rodada de conversa com os amigos. Começa tambem um festival de mascaras. Com os maloqueriros é tambem um maloqueiro. Com os estudados é tambem um estudado. Com os pensadores é tambem úm pensador. Com os engraçados é tambem um engraçado. Muda a mascara conforme a necessidade. Muda a mascara. Muda a mascara. Muda a mascara e logo o dia acaba.
Logo esta em casa, descansando. E lá não existe mascara. Lá pode-se se ver que ele é sério quando só, é criança quando entre estranhos, é curioso quando entre conhecidos, é trabalhador sem deixar de ser malandro, é um baita de um guloso e adora conversar e agradar a todos e principalmente é um grande muleque carente. Que gosta de um abraço e precisa receber carinho e atenção. Que magoa facil. Que sente saudade e que não sabe esperar. Menino mimado que não seba se expressar. Mas isso só se vê quando esta em casa, em nenhum outro lugar. De forma que é impossivel falar com este artista sem ir até lá. A vida dele é um espetaculo e é na proteção do lar que o artista sai de cena e pode mesmo que por pouco tempo descansar. Muda a mascara.
É agora um escritor de blog abandonado, desses blogs que tem uma visita por ano. Papai Noel que vem entregar carvão elegando mal comportamento do escritor...

Arte faz Parte


quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Meu Mundo


Eu queria que o mundo fosse feito de doce.
Tudo de doce.
A chuva ia ser sorvete de todos sabores.
A água ia ser suco de todas as cores.
Na arvore ia ter bala, chiclete e pirulito.
Em todo lugar ia ter bombom, bolo e suspiro.
Ia ter tanto doce que todo mundo
ia ficar cansado de tanto comer.
E cansado nimguem ia brigar.
Ia ficar todo mundo abraçado, brincando e
comendo que nem o papai do céu mando.
Eu queria que o mundo fosse assim,
e acho que um dia vai ser.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Naruto



"Não me interessa contra quem terei que lutar.
 Se ele arrancar meus braços, eu chutarei até ele morrer.
 Se ele arrancar minhas pernas, eu morderei até ele morrer.
 Se ele arrancar minha cabeça, eu vou encara-lo até ele morrer.
 E se arrancar meus olhos eu vou amaldiço-lo do além.
 Mesmo que eu esteja em mil pedaços, eu vou vencer esse cara."

Depois me perguntam que graça eu vejo nesse desenho besta!
A graça é se reconhecer em frases toscas como essas.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A resposta tava no manual !!!

Quantas vezes eu mesmo já não pensei que o amor devia ter um manual. Que o criador de tudo e todos podia ter nos dado uma dica que como cultivar e tratar o amor. E hoje esbarrei por acaso com as respostas.
Quem inventou o amor deixou tudo bem explicadinho. Só que escreveu no meio de um grande manual de boa conduta, livro que nem todos lêem inteiro. Escreveu na biblia. Esta em "1 Coríntios 13", e as palavras são mais ou menos assim:


Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e não tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.


Esta ai a explicação! Amor é extamente oque parece. Não foi feito para ser facil, mas foi projetado para ser essencial. Esta acima da fé, da ciência e de tudo mais. Pois aos olhos do criador nada se cria sem amor. Releiam estas palavras até se convencerem de que entenderam tudo. Linha por linha, com calma. Respire fundo e tente lembrar tudo que passou até o dia de hoje. Vasculhe suas lembranças e vejam se em algum lugar vocês conseguem encontrar esse sentimento que a bíblia descreve como amor. E se o encontrarem em alguma lembrança busquem-o, lutem por ele. Pois sem ele nada serão. E talvez estes anos que se passaram na procura pelo amor só foram infrutiferos por falta de uma descrição exata do que procurar... Como tambem é bem capaz que você já tenha achado, só não soube como cuidar. Seja como for está ai a explicação. Foi passada a informação. Faça dela bom uso. Desejo-te sorte. E lembre-se do óbivio, duvidas sobre como utilizar um algo? Leia o manual! As vezes o óbivio é o mais dificil de se ver... Só não sei por que, mas deve estar em algum canto do manual. Mas cá entre nós... eu tambem tenho preguiça de ler.

O Anjo

O lápis passeava lentamente pelo papel. A principio os rastros deixados pelo grafite não eram mais que rabiscos na papel branco. Mas não demorou muito para essas linhas jogadas ao acaso começarem a um retrato. Aqueles traços perdidos aos poucos foram formando o esboço de um rosto. E quanto mais definido ficava o desenho, mais cuidadoso se tornava o desenhista.
Um por um cada fio de cabelo foi cuidadosamente desenhado, com um caimento perfeito. E com um cuidado cirurgico escolheu um ou outro fio par ficar rebelde, fugindo do penteado, afinal a perfeição da obra é vista nos mais delicados defeitos. O capricho era tão grande e a qualidade tão impecavel que ao soprar uma brisa dava a impressão que os cabelos da gravura iam se movimentar.
Os traços que esboçavam o rosto foram sendo definidos. O lápis deslizava pelo papel com a mesma delicadeza de quando acariciamos o rosto de quem amamos. Um rosto simples, calmo e como todo resto do desenho delicado. O artista parecia não respirar, tamanha a concerntração. O lápis bailava pelo papel deixando para trás um rastro de gafite, fino e delicado, que formava cada linha daquele belo rosto.
Houve uma pausa, o desenhista respirou fundo e com uma expressão pesada, de quem está prestes a fazer algo dificil, doloroso ou ariscado começou a desenhar os lábios. Dotados de uma sensualidade casual, descompromissada, natural. Não traziam sinal de maquiagem, não esboçavam nenhuma intenção de seduzir. Mas mesmo assim era facisnantes.Hipnotizantes. O próprio desenhista paraou para adimira-los. Exerciam uma atração incrivel.
O criador de tão difina opra já demonstrava senais de estar cansado. Suas pequenas pausas ficaram mais longas e deus traçoz cade vez mais eram retocados. Ainda assim a garota que se foamava no papel era perfeita. E parte de problema era que o desenhista sabia disso.
Por uns instantes pareceu que ele ia abandonar o trabalho inacabado. Levantou, deixou o desenho de lado, deu algumas voltas pelo quarto. Parecia etsar preocupado ou indeciso. Passava a mão pelos cabelos frenéticamente. Parou.
Respirou fundo. Voltou para a ultima parte ainda não finalizada. Os olhos.
Com traços determinados começo a traçar os olos da garota. Eram olhos grandes e comoventes. E desenhados nos minimos detalhes. A cada passada de grafite eles ganhavam mais emoção e mais intensidade. E começava a ficar claro qual o problema.
Quandoterminou os olhos, dando um retoque nos cílios. Deixou um deles caido reste a olho, mais um pequeno detalhe que mostrava a qualidade do artista. Ao final da obra O resultado foi imprecionante. Um rosto simples, delicado, natural. Sei que nenhum homem é capaz de produzir algo perfeito, mas este artista de quem falo chegou perto. Ele mesmo parecia espantado com o resultado do trabalho. Ela parecia viva, tinha um sorriso amavel, desses que desmancham qualquer coração gelado. Mas oque mais chamava atenção eram os olhos, grandes olhos negros, profundos como o universo. Cheios de sentimento, de carinho e... Mais alguma coisa. Escondiam algo que eu jamais pude descobrir. Alias nem eu e nem o autor da obra.
Fiquei desatento enquanto olhava o retrato. Perdido no infinito daqueles misterioso olhos de mulher. E não vi que mais uma vez estava o desenhista rodando pela sala e passando a mão nos cabelos. Só voltei a realidade quando ouvi a voz do desenhista:
-Porque você não diz logo oque teus olhos já não podem esconder? Cada linha, cada detalhe, cada traço, tudo te entrega! Então por que?
Tive dificuldade em entender as palavras dele, eu acabara de o conhecer. Era um grande artista. Não é atoa que ficou famoso, mas os motivos podiam ter sido outros.
Ele disse aquelas palavras quando de costas para mim e para o retrato, gritou de frente para a janela. E pulou. Fui atras dele para tentar salvar aquele tão talentoso artista, mas nada pude fazer. Estava longe demais.
Mais cedo naquela noite uma garota de sorriso amavel, olhos grandes, lábios hipnotizantes e cabelos perfeitos tinha decidido dormir mais cedo. E em sua prece habitual pediu a deus que envia-se um anjo para proteger o homem que ela amava, mesmo sem jamais admitir para as pessoas que a cercavam.
Rapidamente seu pedido subio aos céus e eu fui enviado para guarda-lo.
Quando cheguei na residencia do homem que deviria proteger, vi que era um desenhista. Parecia estar calmo e começava os primeiros traços de uma obra prima.
Nâo devia ter olhado. Mas olhei e assim como o artista me encantei com o rosto que vi. Pena que o artista encontrou o chão antes de encontar a confirmação do amor que sentia em seu coração. E o retrato perfeito da linda garota foi roubado pelo evnto que invadio o apartamento e deve ter se desfeito, como se desfez o enigma dos olhos da garota. Quando no noticiario da manhã seus olhos viram o final trsite de sua amado, e todo aquele amor guardado jorrou na forma de lágrima e ficou impresso na forma de rugas.
O choque levou dela a beleza. Aquela mulher mais anjelical que os anjos agora só existe naquele retrato. E eu que me apaixonei por ela não volto para o céu sem antes encontra-lo.

 

(Qualquer semelhança com a realidade É mera coincidencia!)

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Brincando de Bola

Numa tarde quente de céu azul e pouco vento os parques da cidade ficam muito convidativos. Mas para a infelicidade de quem gosta de paz e tranquilidade, muitos penssam assim e logo os parques ficam a barrotados de gente. E sempre que estamos em um lugar publico cheio de gente corremos o risco de conhecer alguem que normalmente não conheceriamos. Pessoas muito deferentes de nós mesmos, com costumes e idéias diferentes. E no caso dessa história pelo menos uma coisa em comum, ambos achavam os parques atrativos em dias quentes.
Nosso primeiro personagem estava trajando uma roupa razoavelmente diferente das roupas normais de se usar em um parque. Estava de camisa e calça branco, cinto preto, sapato branco e um chapéu de aba branco de faixa vermelha. Esta figura estava jogado debaixo de uma arvore, completamente relaxado fumando seu cigarro e olhando o povo a caminhar. Entre um trago e outro ria sozinho, tentando imaginar oque leva uma pessoa a ir para um parque em dia quente e ficar caminhando no sol quando existia tanta sombra disponivel. Estava lá pensando nos problemas da vida, no transito e nas contas a pagar. Já havia fumado guase um maço de cigarros e só lhe restava um. Tentava manter a calma e a tranquilidade, mas parecia que era exatamente esse o problema. Sua cabeça usava essa calmaria para se entreter de pensamentos ruins.Ficou um bom tempo em sua ocupação desocupada até que foi interrompido.
Aposto que vocês acham que é aqui que entra a segunda personagem! Mas não é aqui, ela entra alguns segundo depois. Primeiro entra a bola. De onde veio esta bola? Foi exatamente oque o homem de chapéu branco perguntou após ser atingido por ela. Na verdade ele disse vários palavrões em quanto fazia a pergunta, mas não me convem escreve-los.
O fato é que quem veio primeiro foi a bola, acertando em cheio a face direita do rosto do homem de branco e roubandolhe o cigarro, que foi arremessado para longe dali. Já a bola pingou uma três vezes e parou a alguns passos do senhor de sapatos brancos. Ele levantou num pulo e se virou rapidamente querendo saber quem tinha sido a infeliz criatura que jogou a tal bola , mas não viu nada. Só pessoas passando. O covarde fugiu, foi oque pensou. Estava duplamente enganado!
O dono da bola não era covarde e nem tão pouco fugiu, era apenas pequeno demais e estava perto demais. Coisa que o homem de cinto preto logo iria perceber.
Sentiu um leve puchão em sua roupa e ao olhar para baixo viu um menino. Macacão azul, camiseta amarela e sapatos vermelhos. Na cabeça um bonezinho branco. O garoto continuou puxando a roupa do homeme de chapéu com faixa vermelha até que o homem falou:
-Oque foi garoto?
Com os olhinhos cheios de lágrima, dessa lágrimas de criança que surgem e somem do nada, ele respondeu, aos soluções:
-Moço desculpa eu?
O homoem de branco sorriu para o garoto, nenhuma raiva sobrevive a choro de criança. Ele andou até a bola, pegou-a e devolveu para o menino dizendo:
-Não foi nada! Vai brincar.
-Brigado moço!
E o garoto se virou e saiu andando. O homem voltou ao seu lugar, se sentou e quando ia voltar a relaxar uma voz infantil perguntou:
-Oque o senhor esta fazendo?
-Tentando relaxar. E você não ia brincar com a bola.
-Nâo, já brinquei. Mas por que você quer relaxar?
-Por que a vida de adulto deixa a gente nervoso. Cade seus pais?
-Estão lá. O senhor quer minha bola emprestada?
-Não, to velho demais para brincar de bola. Lá onde?
-É por isso que o senhor ta nervoso, não brinca mais de bola.
-Eu não to nervoso,mas estou ficando. Vai brincar com sues pais.
-Eles não querem brincar, disseram que vieram aqui para relaxar. Todo mundo vem aqui para relaxar?
-Sim. Os mais sortudos até conseguem.
-E vieram relaxar por que estão nervosos?
-Sim. Por causa dos problemas de gente grande.
-Mas eu vim aqui e não estou nervoso, nem quero relaxar. Vim brincar de bola.
-Você é criança, não entende essas coisas vai brincar.
-Oque eu não entendo é por que ninguem ta brincando de bola. Eles não tem uma?
-É! Eles não brincam de bola por que ninguem tem bola. Agora vai brincar.
-Mas eu empresto.
-Ninguem quer brincar de bola, só querem relaxar. Mas ta dificil!
-Claro que tá dificil. Vocês vem até aqui, não fazem nada e querem ficar relaxados? Deviam brincar de bola!
-E por que brincar de bola deixaria alguem  relaxado?
-Por que pelo que o senhor falou eu sou o unico relaxado aqui e eu brinquei de bola.
Os pais apareceram e levaram o garoto. Mas o homem de chapeu branco de faixa vermelha, camisa e calça branca, sapatos brancos e cinto preto ficou lá parado pensativo. E no fim da tarde se levantou e foi para casa ainda meio pensativo. No Próximo dia de sol foi visto no meso parque, mas estava irreconhecivel. DE tênispreto, meia branca, bermudão azul, regata azul claro e cabelo bagunçado. Corria entre as crianças do parque com um riso de orelha a orelha. A adivinha oque estavam fazendo?

Arte faz Parte

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Grande Hospedaria

Numa época distante. Onde a vida era mais dificil, o ar mais puro e as pessoas mais simples existiu um sábio. Ele caminhava pelo seu pais buscando novas soluções para antigos problemas e novos probelmas sem solução. Por onde passava tentava mudar a vida das pessoas de forma positiva e deixava que essas pessoas tambem pudessem mudar sua vida de forma positiva. Em resumo, este era um homem que sabia demais.
Certo dia andando por uma longa planice verde avistou um castelo. Sabendo que o rei daquelas terras não era muito cordial e não gostava nada de viajantes pensou bem antes de continuar sua caminhada. Ele foi até a beira da estrada e sentou-se numa pedra. E lá meditou sobre os riscos e possiveis ganhos de se atrever a andar pelas terras de um rei que não aceitaria sua presença. Sentado, ficou meditando por horas. E lá pelo fim da tarde, já cansado, ouviu o barulho de cavalos.
Pela estrada estava vindo a escolta real e no meio desses cavaleiros vinha o rei em seu próprio cavalo. Ao se aprosimarem do ponto onde estava o sábio sentado na pedra o rei ordeu que todos paracem. E se dirigindo ao cavaleiro da sua direita disse:
-No meu reino não são permitidos os mendigos.
E ao ouvir isso o cavaleiro desceu de seu cavalo e com a espada em punho caminhou até o sabio, mas antes que pudesse falar ou fazer algo o sabio falou.
-Não sou mendigo. Sou apenas um viajante que esta a caminho daquela grande hospedaria.
Disse isso apontando para o castelo. O rei sem olhar para o sabio dise:
-Homem tolo, não vê que aquele é meu castelo.
_pois para mim parece uma grande hospedaria. Disse o sabio assim que o rei terminou suas palavras. Nesse instante o cavaleiro já estava muito perto mas parou ao ouvir seu monarca.
-Insolente! Como ousa insultar meu palacio?
Disse o rei descendo de seu cavalo e anadndo a passos rápidos até o sabio. Tinha a face vermelha e grande raiva no olhar. Mas o sabio que já sabia que a vaidade é a fraquesa dos ricos continuou.
-E você vai me dizer que aquilo não é hospedaria?
O rei tirou sua espada da bainha e foi na direção do sabio com intenção de feri-lo. Mas as palavras do sabio foram mais rapidas.
-Você é o dono do local, estou certo?
-Sim, sou o rei dessas terras e você vai se arrepender de ter ofendido o palacio real.
-Mas antes de você quem era o dono de lá?
-Meu pai! É claro.
-E onde está seu pai? Esta lá dentro?
-Claro que não, meu pai esta morto.
O rei havia parado sue ataque para responder as perguntas do sabio, pois este sabia que outro defeito dos ricos é não perder a chance de se gabar de suas posses e suas origens.
-E antes dele quem era o dono do local?
-Meu avô, um grande conquistador!
-E seu avô  esta lá agora?
-Não tambem morreu. É claro!
-Então suponho que antes de seu avô o lugar era de seu bisavô. Estou correto?
-É claro que esta seu tolo! Onde quer chegar com estas perguntas sem cabimento?
-Estou tentando entender você. Me disse que aquilo era uma castelo, mas me descreve uma hospedaria!
-Não descrevi coisa alguma, velho louco!
A raiva voltava pouco a pouco a corar a face do rei. Mas nesse momento o sabio colou um fim na discusão.
-Seu bisavô, seu avô, seu pai foram donos daquilo que você chama de castelo. Mas ao morrerem não puderam levar consigo a construção. Eles vieram a vida, aqui passaram alguns anos e se foram ao morrer. E para mim um lugar onde nós chegamos, permanecemos por algum tempo e saimos sem levar nada é uma hospedaria. Não concorda?
O rei ficou paralizado ao ouvir a simples lógica do sabio. Toda a arrogancia e a imagem de poder sumiram de sua face. Ele soltou a espada, estendeu a mão ao sabio e disse:
-Vamos amigo, você esta convidado a passar esta noite em minha grande hospedaria.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

EU JURO


Farei tudo para que hoje eu me torne um homem mais forte do que fui ontem.
Embora sempre mais fraco do que serei amanhã.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Vida de Pelucia

Os dias passam cada vez mais devagar. Nunca me ensinaram a contar, mas sei que já faz um tempão. è triste mas parece que é sempre assim. As crianças estão fadadas a crescer. Os adulltos estão fadados a esquecer. Não que eu esteja reclamando, tenho uma vida tranquila. Passo os dias e as noites jogado no meu canto. Nimguem me importuna. Vivo em paz aqui no meu cantinho. Mas acho que eu tambem estou crescendo um pouco. Crescendo não é bem a palavra. Estou envelhecendo.
Estou com saudades do tempo em que minha vida era mais movimentada. Cada dia num canto. As vezes me deixava ao sol. Aprendi a gostar do sol. Me fazia muito bem aquele calor todo. Me sentia quase vivo. Diziam que eu brilhava ao sol. Saudades.
Ah, bons tempos. Lembro quando resolvia mudar meu penteado. Bagunçava toda minha juba. Era um penteado pior que o outro. Mas era gostoso ver seu riso de criança quando acabava de pentear. E quantos foram os penteados estranhos? Sei que foram muitos, mas sinto que poderiam ter sido mais. Nunca mais bagunçou meu cabelo.
Na verdade nem me lembro quando foi a ultima vez que olhou para mim. Normalmente passa sem me perceber. Mas estou sempre lá, olhando para você. Não te culpo nem um pouco. Não é mais criança para brincar comigo. Não existem mais monstros no seu quarto para mim espantar. Não existe mais noites escuras nas quais lhe fazia bem me abraçar.
Mas sinto sua falta. Sinto falta do abraço, do penteado, do sol, da noite escura. E tantos outros momentos que já não se repetem a tanto tampo que eu já estou começando a esquecer. Eu que te ouvia tocar piano, vi teus desenhos inocentes se tornarem os quadros que hoje enfentam as paredes, eu que te vi sorrir , eu que te vi chorar, eu que foi teu amigo e quardiaõ por tanto tempo... hoje sou apenas eu. E tenho mais laços que me liguem a você.
É dura a vida de um animal de pelucia. Estou ficando velho, estou perdendo a cor. Fui abandonado num canto. E nada disso foi culpa minha. Foi só azar da minha parte. Fui dado de presente a uma alegre criança. Mas não tenho espaço na vida dessa ocupada mulher. Quem sabe o tempo me poupe e eu viva para ver outra criança nessa casa nascer. Assim passarei a ela, como herança. E brincarei com ela como hoje gostaria de brincar com você.

sábado, 12 de setembro de 2009

Caminhos do Mar

Rainha do mar
Yemanja Odoiá Odoiá
Rainha do mar


O canto vinha de longe
De la do meio do mar
Não era canto de gente
Bonito de admirar


O corpo todo estremece
Muda cor do céu do luar
Um dia ela ainda aparece
É a rainha do mar


Yemanja Odoiá Odoiá
Rainha do mar
Yemanja Odoiá Odoiá
Rainha do mar

Quem ouve desde menino
Aprende a acreditar
Que o vento sopra o destino
Pelos caminhos do mar

O pescador que conhece
as historias do lugar
morre de medo e vontade
de encontrar Yemanjá

Yemanja Odoiá Odoiá
Rainha do mar
Yemanja Odoiá Odoiá
 
( Achei o começo da música que a anos eu canto... muito bonita. Não comentarei mais que isso... não quero que meu monitor veja um marmanjo chorar)

No beco dos aflitos

Fiquei parado encarando a faxada. Era a mesma igreja do passado, escura e fria. O mesmo beco sujo, o mesmo vento estranho. Os poucos que estavam na travessa pareceram ignorar minha presença.
A porta de madeira velha, a parede cinza e desgastada, a pouca pintura que resistiu ao tempo, era a mesma daquela noite fatidica. A mesma daquela manhã de grande estupidez. O mesmo frio na espinha, o mesmo arrepio. Posso estar ficando louco, mas o beco sorriu alegremente ao me ver entrar. 
Andei até as grades, li os recados que lá estavam. Também eram os mesmos que lá estavam no passado. 
Mentalizei oque tinha a dizer e comecei a falar. Com calma, dessa vez tinha que ser direito, para não ficar nada inacabado. Me desculpei pelas brincadeiras do passado. Me apresentei como um homem mais maduro e ciente das consequencias dos meus atos. A cada palavra parecia que o beco ria, mais e mais. Agradeci a oportunidade que os erros que lá cometi me deram para melhorar a amadurecer. Me despedi e ao sair a igreja parecia tambem me dizer obrigado.Meu ultimo pensamento antes de sair foi: "Não adinata tentar bargalhar milagres, só podemos ter aquilo que, com nosso esforço, fazemos por merecer." E posso dizer que até senti uma despetida do tipo:
"Volte Sempre".Não devo voltar mais, igrejas católicas não fazem meu estilo. Mas é um bom lugar, talvez algum dia passe pela porta e mande um olá para aquele velho beco. Um amigo. Hoje sei que eu e aquela igreja temos algo em comum. Não somos exatamente oque se espera de um bem feitor, mas ajudados da maneira que nos for possivel.  

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

"Você precisa de alguem que te dê segurança, se não você dança"

(Frase de um comercial de televisão que eu não vi. No quarto ao lado a tv ta ligada e deu par ouvir uma propaganda cantada que continha essa frase. Achei poética. quem sabe não escrevo algo com ela ... )

A falta da goroa

Vejo as ruas frias de minha cidade cheias de pobres apaixonados. Verdadeiras multidões de enamorados. Porem solitarios. Vejo numa esquina um longo beijo, que logo sera só mais um. Noutra esuina vejo só mais uma briga sem sentido, que como tantas outras, sera a ultima. Vejo muita gente fingindo ser oque não. Como tambem posso ver muita gente que quando diz estar fingindo esta sendo oque é. As loucuras do amor mecheram com o juizo da metrópole. A modernidade invadio a cidade. A garoa, charmosa e romantica, já não cobre as ruas, já não molha o rosto dos apaixonados. Uma onde de vulgaridade explicita tentou varrer o romantismo dessas ruas. Mas o amor ainda tenta sobreviver nas esquinas de são paulo. E para tanto teve que se adaptar, teve que acompanhar certas mudanças.
Hoje existe amor no bar. Não na forma de choro de bebado quando perde a amada. O amor aprendeu a viver no fundo do copo, e só pode ser encontrado nu fim de uma disputa de "vira" com a garota que acabou de conhecer. O amor aprendeu a dançar na rua, em qualquer festividade publica, do ano novo ao carnaval. Aprendeu não só a dançar, como a entrar na dança, pois nem sempre se esconde na primeira musica. Cabe a quem o procura ficar trocando de par até encontrar. E tambem encontrou abrigo nas livrarias, afinal o amor e os livros são velhos conhecidos. E entre uma espiada e outra no conteudo dos livros, pode-se encontrar alguem que lê o mesmo que você, oque sempre é um bom sinal.
O amor aprendeu a viver, mais do que nunca, nas pequenas coisas. Vive na grama do parque onde os casais se deitam, no galho das arvores onde os casais tiram fotos. Aprendeu a nadar no lago, na foram de patos, ganços e garças. Tomou tambem a forma de carpas, de todas as cores e tamanhos. Se mostrou nas mais varidas formas de pinturas e esculturas. Frequennta hoje os bares, dos mais limpos aos mais sujos.Aprendeu a entrar no bate cabeça e a pagar pebidas fortes, amor que convive com fortes emoções.
Esta presente nos pequenos mimos e favores. Um chamado em horario inoportuno do outro lado da cidade, uma parede que necessita de mais uma mão de tinta. Se meteu em tudo! Tem amor na culinaria, matemática, filosofia, artes plasticas, brigas de rua, jogo de cartas, computadores, cursos de linguas... Mas mesmo ele estando em todo lugar. Parece que não esta em lugar nenhum.
Pois as ruas continuam frias e os apaixonados continuam só! E eu não sei bem o por que. Pois o amor esta em todos os cantos, mas parece que todos querem fingir não ver. Muitos são aqueles que me dizem que esse papo de amor não ta com nada, mas as escondidas essas mesmas pessoas estão procurando a felicidade assim como eu. Muitos são aqueles que negam seus sentimentos, por medo, insegurança ou sei lá mais oque. Vivemos sozinhos por opção inconciente. Temos tudo para dar certo, mas prefeimos sofrer com a falta a passar pela dor da perda. A cada dia mais e mais pessoas desiludidas vem a publico para dizer que o amor morreu. E a cada dia mais e mais apaixonados se deixam enganar.
Já são poucos aqueles casias meigos que passeiam nos parques. São poucos os casais que saem abraçados após um violenta festança num bar. São poucos os casais que ficam parados a frente de uma pintura, observando a obra calados, em quanto um faz carinho na mão do outro. São poucos os casais que, ao pintar a parede, acabam não resistindo e pintando o rosto um do outro. São poucos que sabem que o sabor do sorvete melhora quando você esta com alguem especial. São poucos aqueles que ainda sabem o quanto é bom ter alguem com quem dividir os bons e maus momentos da vida. São poucos os beijos de para o tempo. E não posso deixar de pensar que tudo isso é a falta da garoa. Não sei se ela tinha  dom mágico de disolver as barreiras que criamos entre nós e a nossa felicidade. Mas na época da garoa esta cidade estava cheia de pobres apaixonados, mas naquela época eles ficavam aos pares, agarradinos. Talvez fosse só o frio da garoa....Ou talvez com a garoa nublando a noite o amor não precisasse se esconder, e agia livre e desenpedido. De uma forma ou de oura, faz falta a tal garoa.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Cuidado! Assim você vai acabar quebrando!

Hei! Cuidado! Suas palavras afiadas podem acabar quebrando eles. São bonitos, mas delicados. Tome muito cuidado ao tratar deles. Por favor, cuidado. Se eles se quebram fica dificil de colar, e é quase impossivel fazer outro igual. Sempre muda alguma coisa quando a gente tenta fazer de novo, nunca fica assim perfeito. Então por favor não fique brincando com eles entendeu?
Como assim "Com eles quem"? Com meus ideais, com meus sonhos. São frageis os sonhos. Uma palavra mais afiada, um tropeço ou um delize e pronto! Já perdi muitos sonhos assim.
Doi de mais quando um sonho se quebra, sabia? Principalmente se você se cortar em um dos cacos. E sempre sobra muitos cacos. Os sonhos se vão e ficam os cacos! Muitos cacos, se espalham por todos os cantos da vida e fica dificil de limpar. Sempre que você acha que acabou acaba se cortando em um novo caco. Dá um trabalhão.
Então por favor cuidado. Sei que eles são bonitos, enigmaticos, atrativos. Da mesmo voltade de fazer alguma coisa com eles. Mas por favor não mexa neles. São os unicos que tenho. E esta cada dia mais dificil encontrar um sonho novo. Você deve me entender, tambem tem os seus não é?
Eu posso ver daqui. Parecem bonitos. Mas não se preocupe, não vou nem chegar perto dos seus. Sei bem o trabalho que dá proteger um sonho.
Eu mesmo já não sei oque fazer para proteger os meus. Todo dia acontece alguma coisa. É uma pedra no caminho, é uma farpa na palavra, é um tropeço da vida ou até uma simples gota de lagrima. Os sonhos se quebram por nada. É preciso ter cuidado. Muitas vezes eu acabo me machucando para manter o sonho intacto.
Sou eu quem leva pedrada, se corta nas farpas, cai de cara nos tropeços e sofre com o frio da lagrima. Tudo para manter o sonho inteiro. Então não dificulte as coisas. Por favor não os ataque. Pode admirar, mas não toque por favor.
Sei bem que um sonho não passa de um molde onde vamos acomulando vitórias e boas energias até que tenhamos o bastante para encher o molde e criar, apartir do sonho, uma belissima realidade. Mas não convem me apressar.
Já disse que são delicacos os sonhos, e um pequeno descuido pode quebra-los. Trate meus sonhos com o mesmo carinho que trata os seus. E antes de fazer alguma coisa lembre da complicação que é ter um sonho despedaçado. E se mesmo assim continuar tentado a mexer nos meus sonhos, então o faça! Mas com cuidado.
Por mais que pareça um sonho sem importancia, numa pratiheira cheia de sonhos grandiosos, tente manter na cabeça que nós podemos ter valores diferentes. Assim oque você considera banal para mim pode ser de extrema importancia.
Sei bem que esta tentando ajudar, mas não posso abandonar meus sonhos assim. Mesmo que alguns deles realmente parecem estar quase rachando. Sei que posso me cortar. Mas tenho esperança que com mais um pouco de carinho ele possa sobreviver tempo o bastante para fazer a realidade que tanto espero.
E as realidades são bem mais resistentes que os sonhos! Se conseguir a minha realidade não vou mais precisar cuidar dos sonhos. Mas por enquanto tenho que cuidar muito bem deles.
Então, ao agir, pense bem. Não vá falando ou fazendo oque der na telha. Pode acabar quebrando algo que não tera como consertar e muito menos como pagar pelo prejuizo. Tenha cuidacdo com meus sonhos, saõ lindos porem delicados e se por um acaso algum deles acabar despedaçado. Sera uma realidade feliz a menos na minha vida. E isso fará uma falta que eu não terei como contornar.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Valeu a pena esperar

Já faz tempo, muito tempo que eu estava esperando ouvir uma certa frase. Não sabia muito bem oque era, não entendia seu significado e muito menos sua importancia. Mas prcisava ouvi-la. Não me lembro quando começou e muito menos o por que, mas esse sentimento estranho foi crescendo com o passar dos anos.
Fica dificil de explicar, mas como diz o cançoneiro popular:
"...meu vicio de insistir nessa saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi."
É basicamente isso. Sinto falta, sinto saudade de uma frase que eu nunca ouvi. Que eu jamais formulei ou proferi. Mas hoje a coisa mudou. Eu ainda posso dizer que sinto falta da frase, embora hoje já possa dizer que a ouvi.
Foi um momento estranho, quase inoportuno. Se mais alguem ouvisse a frase eu me veria num momento constrangedor. Mas ninguem ouviu. Por um segundo o mundo desapareceu, ficando apenas eu, a dona da frase e uma distante janela, lá longe, no 8º andar de um hotel.
Aquela janela que eu nunca toquei ou passei perto tem significados importantes para mim. Faz parte do meu mais lindo plano, da minha maior prova de carinho, do mau mais louco absurdo. Faz parte de um momento mágico, que já passou. E a vida quis que não fosse diante daquela janela.
Mas mesmo assim sempre que passo perto deste hotel vem ao meu rosto um sorriso que diz: Seria mesmo a perfeição!
Ontem não foi diferente, assim que olhei para a tal janela sorri, e ao me ver sozinho com a garota lhe disse qual o significado da tal janela. Um plano complicado que terminaria com um amanhecer dourado, em que poderiamos ver toda grandiosidade do parque ibirapuera. O maior parque da região central, dourado pelos primeiros raios de sol que estariam discipando a neblina azulada da madrugada. Um espetáculo perfeito para fechar uma noite perfeita. Tudo sobre o nome de "pequeno mimo" para quem se gosta.
Veriamos o fim do espetáculo com um café da manhã igualmente perfeito, cheio de morangos e chocolates. Os nossos sabores preferidos.
Ao ouvir isso, um riso bobo se formou na face da garota. Foi como se recebesse um elogio galante ou mesmo um presente singelo. Ela me olhou com uma admiração bonita, que sempre me faz bem e disse de maneira solta. Completamente descomppromissada.
"-Não podia esperar menos de você."
Era essa a frase! Era exatamente essa. Dessa maneira e nessa circunstancias. Para ela a frase não foi importante, creio eu. Provavelmente hoje não se lembre que disse isso. Mas para mim foi tudo.
Após anos fazendo milagres, absurdos e as mais inusitadas peripécias só para trazer a tona um riso ou alguma paz de espirito para alguem que precise eu ouvi oque mais queria. Perfeição é oque se espera de mim.
Claro que meus planos tolos dão errado, eu sempre me atrapalho e muitas vezes fico bravo quando algo acontece sem ter sido previsto... perfeição não pode ser feita por um ser imperfeito. Mas mesmo assim eu sempre quis ouvir algo que elogiasse minha mania de tentar.
Jamais serei perfeito, mas nã desisto de tentar. E parece que de alguma forma, existe alguem no mundo que percebe isso. E parece gostar de ver eu me esforçar.
Eu finalmente ouvi a frase que tantas vezes esperei, parado, olhando no fundo daqueles olhos negros. Mas agora já ouvi fica outra saudade. Saudade dela dizendo a frase. E essa , por erros e mal entendidos, talvez nunca poderei sanar. Mas o perfeito seria poder voltar a ouvir a tal frase, e se é perfeição que eu procuro... sou a pessoa certa para tentar! E nem foi eu que disse isso...

sábado, 5 de setembro de 2009

A Baina e a dança

Estava feliz... na verdade ainda estou, foi agora apouco. Uma sexta feira comum, o mesmo ritual de sempre. Estive sentado no mesmo banco de sempre, falei com os memos amigos de sempre, bebi a mesma bebida de sempre e ela fez mal ao meo estomago como sempre. Mas eu estava estranhamente mais feliz.
Não que normalmente eu esteja triste. Só de pisar naquele lugar eu já fico feliz, alias muito feliz. Mas hoje foi um dia especial. Eu estava mais que muito feliz! Brinquei e cantei, do meu lugar mesmo. Creio ter exagerado talvez, mas seja como for não pude me conter.
Cantei com todo meu folego! A musica hoje parecia me mover, não contra a minha vontade mas sem que a minha intenção. Meu corpo estava dançando sem me consultar. Uma sensação agradavel, minha alma estava em festa.
Quando fui chamado sai num pulo, cheguei todo contente. Nem sabia mais oque tinha mesmo de importante a dizer. Tudo tinha se tornado desimportante! Só restava a musica.
Eu bem que tentei conversar, falar de problemas, de medos... Não teve jeito. Hoje não era dia para falar de momentos infelizes. Era dia de festa. E meu corpo ainda não parava de dançar.
A minha frente estava a formosa baiana. Vestida de branco, pele morena, sorriso perfeito cheio de dentes brancos feito marfim. Uma linda mulher, forte, negra, adoravel. Parecia tambem não querer parar de dançar.
Sorrio e sem dizer nada me tirou para dançar.
Eu apaguei. A musica tomou conta e eu nada fiz alem de dançar. Passos novos, nunca vistos nem por mim. Meu corpo se mostrou criativo. Foram só alguns segundos de dança timida no nosso canto. Não queriamos transformar a cerimonia numa pista de dança. Mas nos divertimos.
A baiana ficou felicissima! Parece que a muito tempo não a tiravam para dançar. E eu meio que sem saber ao certo oque tinha acontecido só pude elogiala e me divertir com os comentarios sempre carinhosos que fez para mim!
Talvez pudesse ter dançado mais, com certeza teria gostado. Mas infelizmente uma alteração na respiração acabou me engasgando e meu ritmo se perdeu! Uma pena. Faltou concentração.
Mas muitas sextas feiras eu ainda verei em minha vida. Muitas outras chances de deixar o corpo a vontade, sair dançando e pulando. Com a baiana que bem entender.
Mas a dança de hoje eu não vou esquecer. Dancei com uma baina linda e especialmente encantadora. Que disse que com meu coração bom todos meus sonhos podem acontecer. Gentileza dela, eu sei.
Mas hoje, nessa alegria que sobrou da dança, só tenho um sonho. Que é um dia dançar com ela outra vez.
Um abraço forte baiana!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Tetro dos vampiros - Legião Urbana

Me sinto só. Mesmo tendo a casa cheia, ninguem vem falar comigo. As paredes ouvem tudo, mas não dizem uma palavra. Mesmo sabendo que nunca estou sozinho me sinto só. As vezes parece que só o silencio me faz companhia. Não exatamente o porque de sempre me sentir assim. Convivo comigo minha vida inteira, mas ainda não me acostumei. Não me entendo, nãconsego explicar o por que de ser assim.
Nem sei bem oque quero. Só sei do que não gosto! E é desse dias estranhos, onde nada acontece. E mesmo que acontecesse algo, ninguem alem de mim veria. São dias solitarios. Noites no deserto, dias que se passam como noites no deserto. Nada alem de vento areia e solidão.
Acho que é mesmo assim. Na vida é dificil estar contente.Poderia estar feliz... Afinal o fato de não acontecer nada não é um problema. Problema seria se algo ruim estivesse acontecendo. Nada é neutro, não faz bem nem mal. Mas as vezes eu cismo em pensar que o tempo que perco nessa tranquilidade monótona pode estar me privando de grandes oportunidades na vida. Posso estar perdendo minha grande chance!
E para pior existem os olhos, curiosos e pouco sabios, que estão sempre a vigiar a vida alheia. Não entendem minhas decisões, não entendem meus problemas, não me entendem. Mas julgam minha vida.
E para eles não importa oque eu faça, até mesmo não fazendo nada, sou sempre culpado.
É ai que me irrito."Vou sair" Mas não tenho mais dinheiro. E muito menos meus amigos, todos procurando emprego. E este parece fazer questão de fugir, se esconder. Há quem diga que emprego é espécie extinta.
E aos poucos vou vendo minha vida retroceder, estou novamente no colégio. Muita vontade de fazer algo e nenhuma oprtunidade. Como foi que voltei? Mas o espelho denuncia. Não voltei e o tempo passa rápido. 
A hora de fazer algo é agora, mas oque?
Não posso desanimar. Nem isso eu posso! Só queria poder viver tranquilo, só queria me divertir.Esquecer que perco algumas oportunidades por não me abrirem outras oportunidades. Esquecer do que me falta e viver com oque tenho. Me rendo! Volto ao inicio, descobri por que estou sozinho. É oque tenho!
Mas não sou só eu, vejo muitos! Todos iguais. Cada um com um sonho, um grupo de ideais. Juntos neste mundo de solitarios que não se falam. Neste exercito de tolos que escondem oque sentem e tentam se convencer, em massa, que é assim que tem que ser. Mas tenho fé! Um dia isso para. A tolice será sanada e eu encontrarei algum com quem possa caminhar, converçar. Alguem que vá me esperar. Ou quem sabe deseje me acompanhar?
A idéia de viver só sempre me deprime. Eu e as paredes frias e mudas nunca conseguimos fazer amizade. Não fico bem quando estou só. E quanto mais só, mas falta sinto de ter alguem ao meu lado. meu eterno sonho bom. Que invade o pesadelo da solidão e me mantem no jogo da vida.Me asusto em pensar que minha vida depende de mais alguem. Um alguem que pode ser qualquer um! Mas oque eu temo de verdae é que este alguem seja ninguem.
Vendo estas palavras percebo que não sou exatamente normal. Tenho medos, carencias e defeitos como todo mundo. Mas valorizo demais estas pequenas imperfeições. Mais uma vez afirmo: "Eu não me entendo!" E tenho a cabeça cheia de atos que fiz sem pensar e paguei caro sem querer. Desse não me esqueço, mas mesmo os revendo dia após dia...Não entendo.
A vida que planejei era bem simples, pois valorizo as pequenas coisas da vida. O amor caridoso! Riquesa que não se pode quantificar, grandesa que não se pode medir, qualidade que só se pode ter dando algo teu a outro.
Mas por que falo sobre isso tudo. Estou confuso. Cada vez mais confuso. Quanto mais procuro o sentido da vida, menos sentido encontro! Estou começando a temer que acabe por não encontrar sentido algum. Temo descobrir que não faz sentido viver. Perco o sono.
Como muitos outros. Pobres tolos.A vida não faz sentido, estão todos errados. Abandonados a própria sorte. Num mundo que a sorte abandonou. E mesmo assim, não consigo ter pena de ninguem.
(É só  um texto bobo, sem sentido... 
Só esconhi  escrever pq to meio...só.
Mas não to desiludido. To até feliz!)

Arte faz Parte

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

E tudo vai ficar pior

Um banco velho bem ao lado do portão. Nele sentedado um mal sujeito de roupas gastas e um cigarro que está sempre no fim. Em vida ele foi um matador, ladrão de bancos, prapaceiro e apostador, mas hoje em dia passa seus dias sentado ali. Tira do bolso as velhas cartas de baralho, já tão usadas. Bordas rasgadas, estampas apagadas e cheia de lembranças do seu grande fim.
Era uma noite muita boa. Um belo assalto, um tira a menos e saco de dinheiro escondido no porão. A bebida forte era perfeita pra comemorar, só não mais perfeita que a concubina do outro lado do salão. O jogo estava bom, apostas altas contra alguns bebuns, só mais uma carta e já teria o tão sonhado vinte e um.
Um sol de tiro ecoou pelo sallon, um desgraçado começou a se gabar. O tiro pelas costas atravessou o seu pulmão, ficou travado no tampo grosso da mesa do velho sallon. A queima roupa, só deu tempo de se virar e ver o rosto sorridente do desgraçado traidor.
Hoje esta sentado em seu banquinho, fumando seu cigarro e esperando bem ao aldo do portão. A toda hora chega mais um infeliz. Ele, com um sorriso, os recebe dizendo:
-Vai entrando que meu asunto não é com você. E sempre completa a frase com guspindo no chão.
Anos se passam e ele sempre ali, sempre acordado bem ao lado do portão. São muitas as almas que passam por ali, as vezes ele diz para os recem chegados que o inferno passa por super-lotação.
A vida eterna na porta do inferno seguiu sempre a mesma, sentado no seu canto. Esquecido por Deus como tudo mais que lá existia. Esperando o desgraçado que lhe enviara para casa mais cedo. O dono da pala que lhe atrevessou o pulmão antes da ultima carta, antes do jogo acabar. Ele já esperava ter uma vida curta. Mas sonhara morrer com um tiro na cara, disparado por um corno qualquer ou um tira com poucos escrupulos. Mas não um tiro traidor no meio de um jogo perfeito! E antes a concubina! O traidor ia pagar.
E lá estava ele, o traidor infeliz. Descendo o caminho que ia até o portão, velho e decrépito. Logo se via que não passava de um porco imundo metido a matador. Bons matadores tem vindas intensas e curtas! Morrer de velhice é uma vergonha.
Sorrindo, levantou finalmente de seu banquinho, jogou o cigarro no chão. E finalmente o cigarro apagou. Pegou o banquinho na mão e foi andando sorridente até o velho que a muito tempo tinha lhe enviado pro inferno. Foi andando calmamente e dizendo, de forma quase cantada as seguintes palavras:

"Faz idéia do tempo que eu esperei?
Desde o dia em que você atirou em mim.
Uma bala pelas costas, traidor!
Ter morrido desse jeito foi o fim.

E foi por isso que ansioso eu esperei
pelo teu dia de aparecer aqui.
E te mostrar o quê é que foi que eu planejei
nesse tempo todo que eu fiquei aqui.

E o diabo prometeu você pra mim!
Eu prometi que vou fazer você sofrer.
Eu tenho a eternidade toda pra fazer.
Isso daqui ficar pior!

Mas uma coisa é boa, eu devo admitir.
Nessa vida quando morre é de uma vez.
Daqui do inferno não tem jeito de fugir.
Vou te explicar agora o que você me fez.

Eu tava bem naquela mesa de saloon,
com um maldito jogo bom na minha mão.
Mais uma carta então fazia vinte e um...
Mas não com a bala atravessando o meu pulmão."

Com a banqueta arrebentou o nariz do infeliz. Com um belo soco o velho foi parar no chão.As velhas cartas fez o velho engolir! Um chute no saco pra completar as boas vindas e pelas pernas foi arrastado para dentro do portão. E o seu carrasco após anos esperando estava gragalhando de tanta empolgação.
(Matanza-E tudo vai ficar pior)