Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Milk Shake de Morango



Tem muita coisa nesse mundo que eu acho que entendo, mas tem uma coisinha que eu realmente não entendo: Crianças. Eu gosto delas, convivo, brinco, levo para passear, compro doce... sou super querido pelas crianças, mas não as entendo. Não sou muito bom em cuidar delas. As vezes eu exagero nos cuidados e acabo chateando elas, as vezes eu relaxo e elas acabam se machucando... impossivel encontrar o meio termo. E entre todas as crianças do mundo tem uma em especial que me dá muito trabalho.
Não pensem que o garoto é um desses monstrinhos que só podem ser vistos nos programas record de audiencia da super nany, o garoto é até educadinho. Respeita os mais velhos, pede permissão para brincar, fica quieto quando pedem, divide tudo com todos, gosta de ajudar... o garoto é um anjo! Quase que litralmente, mas tem um defeitinho que me atormenta, é MUITO impaciente.  Ele não é de pedir nada, mas se lhe prometem algo ele quer na hora.
Certa vez lhe prometeram um jacaré de pelucia, ele falou desse jacaré diariamente por meses! Até a pessoa que prometeu ter condições de dar o tal presente. E não adianta falar, explicar, desenhar... ele não consegue entender que tem que esperar! Na verdade até entende, mas fica com uma cara de cachorro molhado que é de cortar o coração. è ai que começa o meu tormento, não consigo ver ele assim.
O camaradinha é meu amigo, ta sempre por perto, me escuta, me ajuda e me diverte. Gosto muito dele, ve-lo com cara  de choro me deixa sem ação. Eu odeio ver alguem chorar, se esse alguem for mulher eu farei tudo para faze-la parar de chorar, se esse alguem for uma mulher bonita eu farei de tudo e mais um pouco para faze-la parar de chorar, mas se esse alguem for um criança eu vou vender minha alma pro diabo, fazer os 12 trabalhos de hercules, matar 13 gigantes, decorar o nome de dom pedroII de tras para frente... não importa! Eu vou fazer a criança parar de chorar. E é ainda mais grave quando falamos desse meu pequeno amigo.
O bom é que ele quase nunca tem motivos para ficar emburrado, como eu disse ele é um anjinho que não exige mais que um pouco de atenção... mas tem uma exceção. Sorvete!
Digo sorvete mas pode generalizar para qualquer doce gelado, se for cremoso, doce, gelado e de preferencia de morango ele fica louco. Creio que ninguem possa dizer que já viu uma criança que gosta mais de sorvete de morango que ele. O garoto pula de felicidade sempr que lhe apresentam um sorvete de morango! E eu não estou usando figura de linguagem, ele pula MESMO. Com direito a gritinhos: Sorvete! Morango!
É uma mania meio constrangedora, mas no fim ninguem acha estranho... é só uma criança!
Uma criança que vira um monstrinho quando unimos esses dois pequenos defeitos dele:
Impaciencia + Sorvete de Morango = Criança Fora de Controle
É terminantemente proibido prometer um sorvete de morango a este garoto! Se alguem quiser dar sorvete pra ele, vai lá e dá! Na hora!!! Jamais prometa para outra oportunidade, nem que seja para daqui a cinco minutos. Não que ele fique enchendo o saco ou coisa assim, na verdade até parece que ele não deu importancia a promessa. Mas se após os 5 min ele não ganhar o sorvete pronto! Ele emburra, não fala mais com ninguem, o olho fica cheio de lagrima e a cara dele lambra a fisionomia dos setenciados a cadeira elétrica. Coisa que eu não aguento.
Ese fim de semana foi assim, no meio de uma brincadeira prometeram a ele um milk shake de morango. Oque pra ele não passa de sorvete mechido com colher. E vamos adimitir ele não esta nada errado. O fato é que na fila para pegar o milk shake o atendente disse que de morango não tinha! Pronto... ele não quis nem ouvir as outras opções, emburrou na hora. E eu fico perdidinho gando isso acontece, não tenho impedir que ele emburre, mas fico desesperado para faze-lo feliz de novo. Tentei dar outro doce, distrai-lo com a decoração, passear... nada! Só encontrando um milk shake mesmo.
O pior é que ele não gosta que perguntem o por que dele estar emburrado, finge que vai chorar, faz drama... e quanto maior o drama mais gente quer saber oque se passa. E eu fico sem saber se vou procurar oque ele quer, se cuido dele ou se mando os curiosos a merda! Fico perdidamente bravo e confuso!
No caso do milk shake eu sai com ele rodei o shoping atras de um milk shake de morango, ignorando os curiosos e o bico do garoto.
Comprei o milk shake e ele tomou feliz, oferecendo para Deus e o mundo! E pra variar não conseguiu beber tudo por que já estava de barriga cheia, sem contar que ficou com dor de cabeça por beber rapido demais!
Não consigo entender crianças, muito menos esse garotinho. O triste é que eu não posso simplismente deixar ele em algum lugar, devolver para os pais ou sei lá mais oque eu costumo fazer com as crianças alheias que eu encontro nos meus dias. Esse garoto esta sempre comigo. Este garoto sou eu, não como um todo, mas parte. Mimado e teimoso embora bonzinho. Sou eu!

domingo, 27 de dezembro de 2009

Minha "Metade"



Que as duvidas que tenho
Não sufoquem meus pulmões
Que o peso dos erros que cometi
Não me impeçam de continuar caminhando
Por que metade de mim é batalha
Mas a outra metade é cansaço
Que meus sentimentos sejam cinseros
Mesmo que não seja apropriado
E que eles comandem meus atos
Sem jamais ceder a censura da razão
Por que metade de mim eu mostro
Mas a outra metade eu escondo
Que minhas palavras não sejam verdades absolutas
Nem mentiras completas
Que minha opinião seja respeitada
Não por ser correta, mas por ser cinsera
Poque metade de mim é história
Mas a outra metade é ficção
Que encontre nos teus braços abrigo
Mesmo que temporario
Que o medo do "mesmo erro"
Não faça nossa distancia almentar
Por que metade de mim é fortaleza
Mas a outra metade é saudade
Que o perdão venha  sempre que necessario
Partindo primeiro de mim
Que a lembraça do que fui
Não estrague oque um dia serei
Por que metade de mim é mudança
Mas a outra metade é cobraça
Que apenas um sorriso amigo já baste
Para me devolver a força da fé
E que o preconceito dos tolos
Não me faça desconfiar dos sábios
Por que metade de mim é certeza
Mas a outra metade é interrogação
Que eu aprenda o valor do silencio
Sempre que ele for necessario
E que minhas palavras sejam suaves
Mesmo quando o asunto for grave
Por que metade de mim é serenidade
Mas a outra metade é espetaculo
Que minhas histórias mostrem um caminho
Mesmo que eu não conheça
Que eu possa ajudar quem precisa
Mesmo quando estiver precisando de ajuda
Por que metade de mim vive em mim
E a outra metade esta nos outros
Que minha loucura seja perdoada
Sendo ela fruto dos mais nobres sentimentos
Por que metade de mim é amor
E a outra metade tambem...

(minha versão da musica "metade" de oswaldo monte negro)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Conto de natal

Um musico frustado pelas dificuldades da profisão toca musicas na rua. Homem de roupas surradas, barba por fazer e cabelos despenteados tocava naquela tarde. Versões de musicas famosas adapidatas ao seu violino. Para valorizar o espetaculo cantava a letra com sua melhor voz, tentando aconpanhar a bela melodia. Dizia: -"Children don't stop dancing. Believe you can fly. For awa, for away..."
Dez centavos, uma miséria! Mas a senhora que uvia o violinista na calçada só tinha aquela moeda. A moeda faz barulho ao se chocar com outras tantas no chapéu do pedinte, este sorri e agradece a pequena doação. A senhora, que agora não possui mais moeda alguma atravessa a rua sem olhar. O motorista do taxi, entretido com a conversa descontraida com o passageiro, desvia por pouco da velha senhora. O passagerio assustado com o a quase colisão parece parece acordar da distração da conversa e percebe que faltam apenas dois quarteirões para chegar ao seu destino. Lá chegando desce do veiculo, paga o motorista e anda alguns passos até a porta do apartamento. Esperando na esquina o trombadinha corre e com um rapido movimento leva a carteira daquele senhor e corre sumindo na outra esquina. Correndo para não ser pego o garoto vira a esquina sem olhar e acaba trombando com uma rapaz, mas não se incomoda e continua a corrida. O rapaz se vira e começa a correr atras do garoto, porem é impedido pela bela jovem que o acompanhava. A jovem com os olhos cheios de lagrimas diz que o seus sentimentos são mais importantes que um incidente bobo, e começa um curto discurso onde defendia a ideia que a violencia não leva a nada. Um celular toca, é da bolsa da garota que vem a melodia. Ao atender uma voz gorssa pergunta a ela que horas pretende chegar em casa. Do outro lado da linha um pai preocupado tenta descobrir se sua filha chegara a tempo ou não da ceia de logo mais, recheando a conversa de ofensas ao namorado. Ouvindo o pai exaltado , sentado em uma poltrona perto do pai, um garoto resolve sair par passear. Ao passar pela casa do vizinho acena para ele.O vizinho que colocava as ultimas lampadas na borda do telhado, termina a colocação, mas ao responder o aceno se desequilibra a cai batendo a cabeça no chão. Tudo fica escuro.
Quando a luz começa a voltar a imagem esta borrada, mas logo o foco retorna e ele pode ver sua familia a sua volta. O médico sorri e diz que ele vai ficar bem. O doutor se despede da familia e corre para o vestiario onde troca sua roupa branca por algo confortavel. Esta atrasado para as festividades. Uma vez no transito fica parado na entrada da ponte. O transito não anda e ele não tem para onde ir, tenta entender oque esta acontecendo e percebe que algum maluco esta tentando se matar. O maluco por sua vez se acha cheio de razão e de juizo, teve um pessimo ano e a felicidade desta epoca foi de mais para ele. Resolveu que a morte seria algo melhor que mais um ano de sofrimento.  a sua volta alguns curiosos tentavam convence-lo a não pular, porem as autoridades não haviam chegado. Afinal o transito estava parado!
Um dos curiosos, homem de roupa surrada, barba por fazer e um velho chapéu faz um movimento discreto com a mão. Um barulho de metal caindo é ouvido e uma pequena luz prateada é vista no chão. O suicda se distrai com a luz, olha para o chão e é derrobado pelo homem que jogara a moeda no chão. Logo o violinista de rua tinha dominado o louco da ponte e as autoridades puderam leva-lo para um hospital e liberaram o transito. O violinista sorrindo, se sentindo util como nunca andou até onde sua moeda tinha caido da ponte e observou as aguas frias lá embaixo. Dez centavos! Olhou para o céu e sorrindo pensou: Uma miséria monetária, uma grande riqueza humanitaria! Lá no céu Deus tambem riu, embora faça milagres o tempo todo, cruzando o destinos de um com o o destino de todos, sempre achou graça que só percebam isso uma noite por ano. E das nuvens  disse:
Feliz Natal!

(eu tentei... mas não sei se consegui. Isso é o mais proximo que eu consigo chegar de escrever um conto de natal)

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A vida não passa de um detalhe

Antes devia ter sido alguem, talvez tivesse uma profissão, comida favorita, time do coração, medo, mania, preferencia, afeto, desavença... Com certeza boa parte disse ele tinha, afinal ele era assim como todo mundo. Só mais um. Claro que antes isso o ofenderia, certamente ele se defenderia destacando os seus diferenciasis. Mas analisando bem o diferencial não servia para separa-lo de um grupo, servia apenas para encaixa-lo em outro. Mas ele não podia saber disso, ou talvez soube-se. Não há como saber quais eram as suas capacidades, como tambem não há como saber se ele conhecia as próprias capacidades. Não posso dizer nada dele. Com exeção do nome. Era José Carlos Medeiro.
Foi um homem, viveu relativamente pouco... Uns 47 anos. Fora isso, não sei mais nada. Algumas suposições podem ser feitas. Me parece que não era casado e não tinha filhos, porem possuia alguns amigos e era queria pela familia. São os poucos deferencias que sobraram. São diferencias comuns a muitos que lá estavam em mesma condições.
O engraçado é que não importa oque fez de sua vida, se teve ou não flihos, se viajou pra praia ou pra montanha, se gostava de amarelo, se chorou ou sorriu, setrabalha ou dava trabalho... Nada mais importa. Os sonhos e os medos que ele guardadava em segredo, se foram sem nunca terem sido ouvidos. As juras de amor que fez podem ou não ser lembradas, mas foram feitas. Penso com angustia nas juras de amor que ele jamais fará. Tenho curiosidade pelas frases que disse, mas fico triste sóde pensar nas palavras que não disse.
Não importa o porque de não ter dito, na época ele devia ter seus motivos. Mas hoje existe um motivo maior. Faltou tempo.
Cada um tem seu tempo e dentro do prazo faz sua história. Mas todo prazo chega ao fim e não importa qual qtenh sido a história, o final é monotonamente semelhante. O cemitério tem o dom de acabar com as diferenças. Na morte são todos iguais. São os memos 7 palmos, a mesma grama, o mesmo chão. Oque muda são os detalhes da decoração, capricho dos vivos. No fim não existem diferenciasis. Faça oque fizer em vida, a morte não lhe sera diferente. O corpo ao pó retorna, na mente dos vivos ainda vivera por algum tempo a lembrança.  Depois nem isso. Oque acontece do outro lado da vida não posso ver, talvez nem poderia entender.
Mais facil continuar adimirando este tumulo desconhecido. Na lapide a mesma história que se repete por todas as lapides do cemitério. Ali esta os restos de alguem, que em vida fez algo e que agora não é mais nada. Se resume a ranhuras no marmore. Ranhuras que hoje observo e entendo como sendo José Carlos Medeiro, Um homem que foi algo e hoje e só ranhuras em marmore. Como todos os outros de lá, como todos nós de cá. Oque fazemos são só detalhes frente ao universo, pequenos acertos e tropeços que vão se desgastar como as memórias que deixamos. Em algum ´nem aquele que foi José se lembrara da vida que teve, dele ela sera parte inconcienete. Recados quardados no fundo da mente. è o destino da vida de encarnado, virar apenas lembrança vaga. Pequenas ranhuras que mesmo desgastadas tentam contar uma história. Os detalhes se perdem, as cores desbotam mas elas permanecem lá. Em algum lugar da alma que partiu, entre seus atos e condutas ainda poderemos achar algum traço de personalidade que aqueles que mantem na memória as lembranças daquele que em vida conheceram ainda poderam dizer. Ali, naquele gesto ou pequeno ato esta oque podemos chamar de José Carlos Medeiro.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O motivo

Ninguem foi capaz de explicar ou entender a atitude dele naquela noite. Todos estavam confusos, os fatos que forçaram a antecipação da ida ainda não eram claros. Mas nem toda aquela confusão podia explicar por que ele estava chorando de costas para o mar. Muitos acharam que era trsitesa pelo fim das festividades daquela noite. Todos sabiam o quanto o garoto estava empolgado com a festa e ser obrigado a ir antes da hora era sim um choque. Mas nãoera só para ele que ir significava abandonar um momento especial, mas ele era de longe o mais transtornado.
Alguns tentaram falar, consolar, abraçar... Todos os esforços foram em vão. Ele chorava sem conseguir explicar o por que. Enquanto todos tentavam faze-lo mudar de humor. O clima era tenso, inseguro e a paz estava por um fio. A ultima coisa que precisavam naquela noite era um homem chorando como se fosse o fim do mundo. E lá estava ele, sentado na areia, de costas para o mar.
Após algumas tantativas um dos que tentavam faze-lo parar conseguio, bastou lembrar ao garoto que ve-lo chorar iria desanimar ainda mais seus companheiros de viagem. Todos estavam infelizes de ter que ir tão cedo.
O garoto se levantou, e uma vez de pé passou a adimirar o mar.  Enquanto o encerramento das festividades aconteia o garoto não tirava os olhos cheios de lagrima do escuro e infinito mar noturno que podia observar ali da areia. Parecia imovel, completamente petrificado, nada se movia... ou quase nada, pois se alguem se preocupa-se em observar com cuidado veria que ele movia a boca. Com dificuldade cantava a cantiga com seus amigos.
Alguns perceberam que ele estava passando por mals bucados, que aquela despetida doeu mais nele do que em qualquer outro. Procuraram falar, faze-lo entender a lei cruel que rege as fatalidades da vida, tentaram trazer-lhe esperança, tentaram e tentaram em vão... Não podiam ajuda-lo pois não conseguiam entender.
E lá permaneceu até o ultimo momento, parado, cantando mecanicamente a linda cação, olhando o mar. As vezes entre soluços ele parecia sorir e dde seus olhos ainda fugiam algumas lagrimas. Nunca aquele garoto feliz e exagerado tinha tomado uma aparencia tão triste e solitaria.
Parado de pé, de frente para o mar noturno, sem expressar reação ou fazer nada. Parecia estar vendo algo que ninguem mais via, parecia entender algo que ninguem mais entendia... parecia estar louco. Quando todos já tinham se retirado para preparar a volta para casa é que ele se moveu. Andou até o grupo e tentou agir normalmente, porem com um esforço sobre humano. Um esforço nitido, convem lembrar.
E nem na volta para casa, nem no desembarque, nem nas conversas posteriores sobre aquela noite... Ninguem jamais perguntou o motivo dele ter ficado lá sozinho olhando fixamente para o mar, entre o silencio e o choro descontrolado. Alguns se contentaram em dizer que era tristeza, outros que era orgulho ferido, outros que era só frustação perante o infortunio que interrompeu as festividades, outros que era imaturidade... todos se contentaram com as explicações que criaram e ninguem perguntou oque motivou aquela cena.
Mas a resposta estava na cena, bastava escutar oque a cançãodizia. O garoto chorava pela despedida, por ter que abandonar o mar sem ter tocado na agua salgada, sem ter molhado os cabelos especialmente preparados para aquele dia, sem ter sentido o gosto salgado da agua e a força das ondas. Chorava por se afastar do mar. Sabia que assim que o mar sumisse da paisagem a saldade voltaria a lhe castigar pela partida. Sentiria saldade e a distancia e a rotina não lhe permitiriam sanar esta dor. O som das ondas iria lhe aconpanhar pelo resto de sua vida e o cheiro do mar sempre seria o primeiro aroma do seu dia. Tudo sempre conpira para lhe almentar a saudade do mar.  Era a aflição de não poder tocar aquela agua a tanto esperada, e entre as lagrimas a confissão disso tudo ele cantava naquela noite. .Se alguem tivesse tentado analizar melhor as atitudes do menino veriam que as lagrimas e os soluços só se faziam presentes quando ele dizia:
Seus filhos que moram longe, não podem vir todo dia.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Céu e Inferno

Desde muleque eu nunca gostei desses dois nomes. Me diziam que se eu me comporta-se eu iria para o céu, mas se fizesse algo de errado era passaporte carimbado para o inferno. Sem mais nem menos! E o engraçado é que diziam que isso era um julgamento. Que raio de julgamento é esse onde o réu não se defende e onde a pena já esta pronta antes mesmo do réu chegar? E ainda atribuiam esse julgamento torto a figura de Deus, Deus este que sempre me foi dito que era bondoso, misericorioso e justo. Mas esse julgamento jamais me pareceu refletir a imagem desse Deus. Muito pelo contrario, é um julgamento tirano, opressor e pelas regras e leis rigidas, sejamos francos, ninguem poderia ir para o céu. Afinal quem nunca cometeu um pecado capital? Só a gula e a preguiça já servem pra mandar praticamente todo mundo para o inferno! E nem precisaria dos outros 5. Não tinha alguma coisa errada nesa teoria, com certeza tinha. E não era preciso ter mais de 10 anos para perceber.
Não me parece justo que eu tenha que sofrer por toda a eternidade só por que minha vó faz o melhor doce de abóbora do mundo!Com certeza isso não parece decisão de um Deus justo e coerente. Se ele criou todos na intenção que vivessemos felizes e na morte fossemos morar com ele, por que ele colocaria regras tão rigidas que nos afastassem dele de maneira irremediavel por toda eternidade. Cade a misericórdia e a bondade nisso tudo? Setenciar qualquer um a um sofrimento eterno e escolher alguns para a felicidade eterna não parece algo digno de Deus, é coisa dos homens que são impacientes e julgam os atos antes de conhecer as razões.  Não podia ser assim. Minha cabeça não podia entender como ninguem mais notava esses pequenos absurdos.
Por exemplo se uma criança morre ao nascer, ela vai para o céu! Afinal nem deu tempo da coitada pecar.
Mas uma pessoa que tenha vivido a vida inteira nas leis de Deus, lá no fim começa a pecar por gula e acaba morrendo de alguma doença devida a má alimentação. Esse cara vai para o inferno! Mesmo ele tendo vivido 75 anos nas regras, um simples deslize e ele perde o direito a felicidade eterna. Já o bebe que citei antes teve sorte! Alem de não ter passado pelas provações da vida na terra, conseguiu um passaporte para o céu sem ter feito nada para merecer. Assim uma passagem para o céu me parece mais um bilhete de loteria sorteado do que um premio por merecimento. Não me parece nada justo, mas quem sou eu para dizer alguma coisa?
Com certeza não sou deus! Estoumuito longe disso na verdade, oque já me faz perder o cargo de santo tambem. Não sou nenhum doutro em religião, e na verdade ainda entendo muito pouco de diversos asuntos dessa tematica. Mas mesmo sendo talvez o mais leigo dos leigos, acho que isso esta errado.
A justiça divina não pode ser uma rifa! Com certeza que não. Deus é conhecido por suas obras complexas e perfeitas sempre basiadas em mudanças cuidadosamente equilibradas para que tudo funcione em harmonia. O céu e o inferno da maneira que me eram apresentados não pareciam conter esse toque milagroso e delicado da mão de Deus.
E o tempo foi passando, eu fui crescendo e minhas duvidas se multiplicando. Cada vez mais eu a me incomodando com as explicações sobre esses temas, entre outros. Foi então que comecei a formular a minha teoria. Que alias só falo que é minha por que quando comecei a monta-la eu ainda não sabia que muitos já haviam pensado como eu, e montado teorias próprias como eu.
Para mim Deus não criaria um lugar separado onde ele privaria o infeliz de procurar felicidade ou daria felicidade eterna a quem nada fez para merecer. Ele deve ter criado um mundo onde oque você fez da sua vida influencia sim no seu destino no pós vida, mas sem excluir ninguem do convivio com ele, Deus!
Me parece mais justo que na morte nós passemos um tempo relembrando nossas faltas e fracassos terrenos, seria esse o verdadeiro castigo divino. Ter que rever nossas faltas até estarmos prontos para supera-las e nos libertarmos do peso que essas faltas geram em nossas conciencias. Mas após o término do castigo creio que Deus nos daria uma novachance de mostrarmos que podemos fazer coisas boas. Assim a cada defeito superado nós estariamos mais perto de Deus. Sendo assim o céu seria a contentação de poder ser digno de estar com Deus e o inferno verdadeiro seria a vida que deu errado. Pois quanto mais erros cometemos mais tempo iremos perder tentando superar nossas faltas e conseguir perdoar a nós mesmos.
Assim o céu ou o inferno não dependem do julgamento de deus, já que este é carinhoso e misericordioso demais para se colocar no papel de juiz. O Céu e o inferno estão na conciencia de cada um e é antes da morte que nós escolhemos para qual dos dois queremos ir. Se pensarmos no nosso bem e no bem do próximo teremos poucos erros para lamentar e logo seremos dignos de sentarmos perto de Deus. Mas se fizermos algo que agrida o proximo ou a nós mesmo, só poderemos estar com Des quando nos arrependermos do fundo do coração e superarmos nossas faltas, não as esquecendo, mas aprendendo a sermos mais nobres através delas.
Esse pra mim é o verdadeiro pós vida... mas fazer oque se jamais me deixaram anexar minhas idéias a uma edição da biblia. Aposto que algumas crianças que pensam demais imas gostar da minha versão!

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Toda vez que eu dou passo...



O mundo sai do lugar! Mas bem que parece que eu sou o unico a perceber ou me preocupar. Vivo ouvindo o povo falando que tem coisa nesse mundo que nunca vai mudar. Mas sera que ninguem ve que sempre que tentamos algo, mesmo que não conseguindo atingir o alvo, algo muda. Alias tudo muda o tempo todo. O sol que vai raiar amanhã já não é o mesmo que raiou hoje ou ontem. Tentar e falhar não é o mesmo que nunca ter tentado. Mesmo que a situação não mude, você mudou, falhou, errou aprendeu, sofreu sorri, chorou... não importa quão pequena foi a reação. O importante é que algo mudou. Só o simples ato de dar um passo já faz com que você não esteja no mesmo lugar! è você que escolhe se vai sorrir ou vai chorar. Se algo não esta conforme você gostaria, vá lá e mude. Você não tem nada a perder, talvez nem tão pouco a ganhar. è só uma questão de mudar. O medo vai acabar fazendo você ficar preso, quieto, largado nesse canto em que está! Claro que esse papo de mudança nem sempre é de agradar. Afinal quem começa a mudança somos nós, mas nunca sabemos exatamente oque é que vai mudar. As tentando ser feliz podemos nos machucar. Mas o contrario tambem é valido, se serve pra consolar. Se teu coração sofre de falta, procure oque esta a lhe faltar! Mas não há garantias de que seu sofrimento vai acabar. Mas a verdade é que você só descobre se vai ser ou não feliz depois de tentar. Se algo em tua vida não esta a te agradar. Procure uma alternativa para este fato mudar. Claro que existe a chance da coisa toda pioar. Como tambem existe a chance da coisa melhorar. Em resumo tudo nessa vida dá pra gente mudar. O segredo é tomar cuidado pois não é todo passo que dá pra voltar atras. E mesmo que você volte, jamais vai ser pro mesmo lugar. Não tenha medo de falar, agir e ser quem você é. Pois mesmo que você fique parado o mundo não vai parar pra te esperar. E toda vez que der um passo o mundo vai sair do lugar.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Oque te leva a beber café amargo?

Todos os dias um velho chegava a padaria e pediu um chicará de café bem forte e sem açucar. Era sempre servido prontamente. Mas jamais bebia o café de imediato. Observava o liquido,cheirava, mechia a chicara. E a cada geto fazia uma careta estranha, como se tivesse nojo da tal bebida. E após um verdadeiro festival de caretas de tentativas interrompidas ele bebia o tal café. Bebia rápido e com um acareta ainda masi feias que as anteriores. apósterminar agradecia, deixava o dinheiro no balcão e saia apressado, quase correndo.
Por meses esse foi o ritual. Pedia café, fazia careta, bebia o café, fazia mais careta e no fim corria para fora da padaria. Os funcionários ficaram intrigados com as reações do velho. No começo acharam que podia ser algo no café, trocaram então o pó do café. Nada mudou. Trocaram então o responsavel pelo café. Nada mudou. Trocaram a cafeteira, o coador, a temperatura da água, a gualidade da água, compraram café importado,trocaram as chicarás... Nada mudou. O velho continuou a vir todos os dias de menhã, pedia seu café forte e sem açucar, fazia suas caretas e corria embora após pagar. Por vezes os funcionarios e até mesmo os fregueses da padaria tentaram começar uma conversa com o velho, inultimente. E o fato foi se repetindo por meses, até que ninguem mais se espantava com as atitudes estranhas do velho. De fato alguns nem notavam as tais caretas. Mas entre os freguentadores do bar se encontrava um homem, gordo, careca de que tinha o péssimo habito de começar o dia com uma dose de pinga. Digo péssimo habito por que aquela dose era sempre a primeira mas nunca a ultima. Para ser bem direto, é do bêbado da madrugada que falo, aquele homem que mesmo antes da padaria abrir já esta ele na prta. Bêbado! E este bêbado em especial tinha a caracteristica de ser curioso e, como todo bêbado, insistente. Cansado de ver o velho naquele estranho ritual todos os dias ele resolveu tentar descobrir qual era o motivo do fenomeno. Pasou a observar o velho de perto, de fato sentava-se ao lado de velho todos os dias. Tentava conversar, se esticava para sentir o aroma do café, por vezes até pediu uma chicara para experimentar... mas nada descobriu. Chegou a tentar seguir o velho quando este estava de saida, sempre correndo, mas o velho corria mais que o bêbado. E com a vantagem de correr em linha reta.
Certo dia, seja por ter cansado de não saber o motivo do velho ou seja pelo exceso de alcool no sangue, o bebado impediu o velho de sair após jogar o dinehiro no balcão. O qual foi o espanto de todos ao verem que o velho alem de gritar para que o bebado o soltasse chorava feito criança.  Com o susto e a vergonha da cena o velho acabou perdendo o equilibrio e caiu aos pés do bebado. Este ajudou o velho a se sentar numa banqueta e os funcionarios fora ver como o velho estava.
O bebado foi logo pedindo desculpas, dizendo que a curiosidade tinha levado ele a segura-lo. o velho tudo escutava calado, ainda ofegante do susto. Após um breve silencio se pos a explicar.
Disse que meses atras sua mulher, companheira de 40 anos de casados,morreu. Deixando o pobre velho sozinho em casa. Segundo ele foi dificil se acostumar com a falta que a velha lhe fazia. Sintia falata da comida, das conversas, das brias, dos passeios... de tudo! Menos do café, ela o obrigava a beber uma chicara por dia.Todos os dias ela acordava mais cedo e fazia uma jarra bem cheia de café, com todo amor e zele do mundo. Ele odiava café! Com o tempo a falta foi diminuindo, ele foi se acostumando com a vida de viuvo mas algo lhe faltava. E após algum tempo ele veio perceber que sentia a falta do café.
Todas as manhãs ele acordava inquieto, como se estivese esquecendo de almo e essa sensação demorava a passar. Com o tempo ele notou que oque lhe faltava era o café, ele sentia que esteja onde estivese a sua querida esposa ela estaria brava pois ele já não tomava mais o tal café. Resolveu tentar fazer o café em casa mas ele ficava ainda pior que o da sua mulher, parecia água suja.Foi ai que veio a idéia de beber café na padaria da esquina. oque ele não esperava é que toda vez que bebesse café ele lembrasse da mulher, oque lhe rendia algumas lagrimas de saudade. Lagrimas que o envergonhavam e o faziam correr para casa para que pudesse chorar em paz. E após dizer estas palavras, enquanto todos estavam emocionados em saber os motivos das caretas do velho senhor, o bebado começou a rir. E quando perguntaram por que ria dos sentimentos do velho ele disse num tom quase sério.
-É que essa é nova! Eu já vi muita gente beber de tudo para esquecer, de pinga a veneno! Mas beber pra lembrar é a primeira vez!
O episidio passou e com o temoo o velho tambem veio a falecer. O bebado que naquele dia causou o evento que acabou por revelar o segredo do velho ainda continua lá. Depis daquele dia o velho fez com ele amizade, deu a ele conselhos e um emprego de entregador na empresa do filho. Hoje ele esta mais arrumado, não consome mais alcool, não importuna ninguem. Tomou jeito na vida! Mas todos os dias ele vai até a padaria , pede um café bem forte e sem açucar, assim que a chicara lhe é entregue ele começa a rir sem parar e levantando a chicara ele pergunta aos céus:
-Tem certeza que isso é melhor que pinga?
Bebendo em seguida todo o conteudo da chicara. Deixando o dinheiro no balcão e sainado andando firme, com os olhos cheios de lágrima. Para o espanto de um taxista, que trabalha de noite e passa na padaria no final do espediente. Hoem muito estressado, severo, briguento. De coração desgastado de tanto infarto, mas mesmo assim homem curioso. Homem que não iria desistir antes de saber o por que daquele ritual estranho do tal senhor que ria para o cafe todas as manhas...

domingo, 22 de novembro de 2009

O homem perfeito!



Só um video engraçado que eu trombei pela net e resolvi postar.

sábado, 21 de novembro de 2009

A Saga do Template

Faz tempo que eu queria mudar a aparencia do blog. Para ser sincero nunca estive feliz com a aparencia do meu blog, mas minha falta de conhecimento sempre foi uma barreira para mudanças. Não entendo quase nada de computador, programação, html, flash... Eu mal sei como postar. Vou aos poucos arriscando uma coisa ou outra e a cada tentativa de aprendizado vão ficando erros e problemas por todo lado. Quando comecei eu não sabia nada, mas nada mesmo. Fui fazendo tudo na base do improviso. Primeiro consegui fazer abris o blog, depois a primeira postagem já com imagem, depois mudar a aparencia, um pouco de cor, fundo simples, as coisas foram mudando aos poucos. Claro que cada nova mudança gera um novo problema. Texto pequeno demais, cor que dificulta leitura, link que não funciona, video que não roda. Numa dessas mudanças até bloquiei os comentarios sem saber! E como já disse em outro texto, demorei muito para descobrir que estavam bloquiados. A saga do contador de visitas foi outra encrenca, era um contador novo a cada mês. Todos paravam de funcionar e eu demorei a descobrir que existiam contadores que alem de mostrar o numero de visitantes ainda podiam levantar diversos dados estatisticos sobre meus visitantes. Hoje eu sei quantas pessoas acessam o site por dia, a que horas e de que cidade do mundo! Alias convem comentar que eu tenho um visitante da arabia saudita!!! Toda vez que vejo os acessos pelo mundo eu dou uma risada alegre para aquele unico acesso da arabia saudita. É uma pena que provavelmente tenha sido um acesso por engano de alguem incapaz de ler oque eu escrevo. Mas que eu tenho um acesso da arabia saudita eu tenho! Em portugal e nos estados unidos até que sou bem recebido tambem. Isso tudo fruto de muito tempo dedicado a tentar entender como funcionam as ferramentas do blog. Mas cada pequena mudança foi sempre feita com cuidado e muito medo. Se eu por acidente estragar o blog e perder tudo não sei oque faria. Não aprendi a fazer backup do blog. Mas já ouvi falar de programas que podem não só fazer o backup como tambem aproveitam e analizam a organização do mesmo dando notas de organização, acessibilidade e dicas para a melhora do blog. Só naõ testei ainda por achar isso tudo muito complicado ainda. Prefiro ir com calma, uma coisa de cada vez. Quando começo a dominar um ponto é que eu começo a tentar aprender outro. Tudo com muita calma. E hoje foi um desses meus longos dias de aprendizado. Após alguns meses atras de um template legal, porem sem encontrar nada de meu agrado. Acabei por chegar a solução óbivia. Se você quer algo que combine com você, faça você mesmo. O problema é que eu não sabia como fazer, nem por onde começar! Isso seria um grande impedimento a alguns anos atras, quando não saber fazer algo era praticamente sinonimo de não poder fazer algo, mas as coisas mudaram. E hoje existe o google, que te ensina de tudo. De nó de gravata a bomba caseira, tem de tudo. E foi ao google que recorri para aprender a criar um template. Apóes passar por alguns tutoriais complicados, técnicos ou em linguas que eu não entendo acabei por encontrar um outro blog que ensinara como alterar os tamplates padrões do blogger de maneira "simples". Coloco aspas por que para mim não foi tão simples. Levei um dia inteiro para fazer uma ou duas modificações definitivas. Embora tenha feito bilhões de testes e já tenha visto esse blog mudar de cara inumeras vezes hoje. Quando ele simplesmente não sumia, graças a uma linha de comando errada. Com esforço tudo se resolve. Mesmo que os defeitos não parem de aparecer. Meu primeiro desafio foi entender o código do template, nada muito dificil pois tive nossões de programação na faculdade, uma ou outra diferença. Principalmente na hora de gerar novas variaveis. Depois foi o desafio de conseguir dominar minimamente um editor de imagem decente, já que até ontem meu unico editor de imagem era o Paint. Depois foi um tal de ampliar e reduzir figura aqui, alterar tonalidade e resolução ali, mudar um contorno, defenir cor de linha e no final... meu querido blog tava parecendo um carnaval. Muitos elementos chamativos que dificultavam demais a visualização. Resultado? Começar tudo de novo. Trocar o fundo mais chamativo por outro mais neutro, trocar cores claras por escuras, imagens cheias de detalhes por imagens mais simplificadas, diminuir o numero de margens, contornos e linhas. Em resumo, deu trabalho. E para falar a verdade ainda não terminei... No meu dessa baderna toda a discrição do blog ficou sem ter pra onde ir e eu não encontro onde coloca-la. Mas com o tempo a coisa se arranja. O importante, e que deve ser frisado, é que eu consegui. Sei que é coisa simples, no final acabei optando por manter muita coisa da maneira antiga simplismente por já estar acostumado com o blog como estava. Muitas mudanças fizeram meu blog parecer de outra pessoa, uma sensação super estranha! Mas mesmo mantendo muito do antigo e mudando só algumas coisinhas no fundo eu consegui. Tenho um template que gosto e que ninguem mais tem! E o mais gratificante, fui eu que fiz! Eu que perdi um sabado de folga para montar um template novo par emu querido blog. Pintei cada pena, escrevi cada linha de código, criei cada erro, consertei a maioria deles, recortei, colei, li, pesquisei, surtei... Mas valeu a pena. Agora o "Colecionaor de Histórias" ficou com uma cara bem mais séria. Parece um blog respeitavel, e não um improviso qualquer. Querendo ou não valorizou muito o blog. Deu uma imagem nova, bem acabada. Tem sim algumas coisinhas que eu vou continuar mudando, mas o resultado foi bom. Comparado com o antigo ele chama bem mais atenção. Claro que eu podia ter colocado um fundo bem mais trabalhado, imagem de anjos em sombreados incriveis e um menu cor de sangue que ficou incrivel. Mas simplicidade é mais o estilo do blog. Ainda etou pensando em diminuir o numero de penas... Exagero no visual não é o objetivo por aqui, até por que os textos já sobrecarregam a imagem por si só! O importante é que se algum dia eu quiser fazer algo mais chamativo eu sei, aprendi a mudar a cor, estilo e localização de cada linha desse blog. Para algo feito em um dia esta de bom tamanho.
Fica aqui a dica, não importa oque, não importa por que, se você realemente quiser e se dedicar vai conseguir fazer!
(se quiserem criticar o visual fiquem avontade)

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Não sei oque, quando e para quem.

Eu bem que queria escrever... mas admito não saber sobre oque devo escrever. Não quero falar de nenhuma história, não quero demonstrar sentimentos, nem inventar contos, nem fazer piada... Não quero nada. Apenas escrever e ponto. Talvez pelo som das teclas, talvez pelo calor que me impede de dormir, talvez por um motivo que eu simplimente não consiga expressar por palavras. Fico chateado de estar gastando meu tempo e o seu escrevendo estas frases sem rumo, Mas não posso impedir. Desejo ver onde isso vai dar.
Em boa coisa não há de ser, pois escrever sem ter porque me parece um tanto deprecivo, mas vai saber. Tenho em mente varias musicas, histórias e figuras que me renderiam bons textos... Mas não quero um bom texto. Quero este aqui. Estas palavras são as unicas que estou disposto a escrever, mesmo que não possa explicar o porque de escrevelas.
Me acaba de ocorrer que talvez seja a falta de algo que me detelha. Se algo ou alguem me obrigasse a não escrever talvez eu não estaria aqui escrevendo bobagem. Mas na falta de um agente externo que me controle fico livre. E por pura liberdade escrevo. Pura idiotce, não faz sentdo.
Só mais uma forma de chamar atenção. É isso que me parece. Só mais algumas palavras sem valor é oque irto é. Juro que tinha melhores planos para hoje. Escreveria sobre o senhor janela, ou sobre as rosas cor de carmim, ou sobre os chineses... alias não esqueci que a meses prometi escrever sobre todos os chineses. Acontece que infelizmente eu não gosto de escrever, então acabo escrevendo só oque tenho vontade e na hora em que a vontade vem. Mania que me leva agora a escrever este louco monólogo.
Pode ter sido aquele abraço inesperado, os numeros faltando, o presente finalmente terminado, a conversa sobre as coisas do passado, a ideia de ser palhaço ou qualquer outro fato do dia que tenha me perturbado tanto. Não sei dizer. Mas algo hoje me deixa inquieto.
Falta algo. Sei que não falta asunto, mas falta motivo. No fim é isto. Escrevo pois existe a vontade, mas não existe motivo. Sendo a alta de motivo a causadora da falta de asunto no meu texto. No fundo é bem isso. Estou desmotivado. Não que eu esteja reclamando das fiéis almas que passam por estas paginas com a frequencia que podem. Nâo é de platéia que eu sinto falta,é de suporte. EStou inquieto como nunca, comendo besteiras e correndo pelo mundo. Sem rumo como estas palavras que escrevo.
Tudo sem motivo.  Seria como sair para procurar sem saber oque deseja encontrar. A velha saudade do desconhecido, só que desta vez ela esta enlouquecida. Tirando meu sono e minha razão. E parece que a uica forma de diminuir o nivel desse sentimento e falta é escrever. Mas como não sei de que sinto falta fica dificil saber sobre oque escrever. E como fica dificil escrever eu resolvo parar isso por aqui... não que a angustia tenha passado, mas é que esse esforço de me entender acabou me dando sono. Pelo menos um ponto positivo... Acho que agora posso dormir. Quem sabe em sonho eu consiga encontrar uma forma de espressar as coisas que sinto que tenho que dizer. Só não sei oque, quando e para quem.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Amigos Nunca Dizem Adeus



Na verdade escreveria sobre rosas brancas e rosas cor de carmim, mas na minha busca pela imagem que ilustraria o texto das rosas encontrei este video que eu procurava a um tempo. Sou um fã de desenhos infantis e este é um dos meus favoritos. Dois amigos, uma aventura ariscada e pouco juizo. Uma vida que eu invejo. Desenho bem feito, boas musicas, boas piadas... enfim tudo de bom. Eu gosto muito. Mas uma das frazes que mais gosto é o refrão da musica do video acima. "Amigos nunca dizem adeus"
Uma belissima frase, cheia de ironia e otimismo aparente. Dizer que amigos nunca dizem adeus não é dizer que amigos nunca se separem. Eles se separam, brigam, nunca mais se falam. Porem nunca dizem adeus!
Na verdade, creio que nunca dizemos adeus. Ou pelo menos não da maneira que deveriamos utilizar. Não importa se falamos com amigos, amores ou com seja lá oque for. Adeus nunca é utilizado com o significado que esperamos desta palavra. Adeus é a despedida eterna, sem volta. Ou pelo menos deveria.
E eu, que perco muito do meu tempo estudando certas palavras ao acaso, imagino como deve ser frustante para o criador do significado da palavra saber que ela não é utilizada da maneira esperada. Mas no caso de "adeus" fica mesmo dificil  utiliza-la da maneira correta. Adeus é forte demais para a vida humana.  Ninguem vive para sempre, nada em nosso mundo é eterno, tudo muda o tempo todo. Uma despedida eterna e irremediavel é simplismente distante demais da nossa realidade. Nossa mente limitada não entende eterno ou imutavel. Teos mentes limitadas que fazem o possivel, mas não deixam de ser limitadas.
Quando nos separamos de um amigo não dizemos adeus pois amizades normalmente não se rompem com palavras, e quando se rompem com palavras são em sua maioria brigas sem muito sentido cheias de acusações, intrigas , mentiras... jamais um adeus. Nos romances o adeus é utilizado com mais frequencia.
Porem nesses casos ele pode ter dois significados, mas nenhum desses significados é o verdadeiro significado da palavra. Um deles é o mais ironico possivel, dizemos adeus a pessoa que amamos na esperança de que esta pessoa desista de partir. O segundo significado é ainda mais diverso, utilizamos quando queremos convencer a pessoa que ouve de que a despedida é eterna, porem sabendo que a tal pessoa ficara eternamente em nossas lembranças. Desta forma o adeus não pode ser uma despedida, já que carregaremos a pessoa conosco por toda a vida. Pensei em diversas cenas nas quais o adeus é comum e em nenhuma encontrei ele no seu real significado. E mesmo na mais classica delas, quando eu pensei ter encontrado, falhei.  Nem mesmo na frase suicida mais classica. O famoso : "Adeus mundo cruel".
Se analizarmos o fato, sim é a despedida eterna. Mas falo do significado colocado na palavra. E nesse caso são inumeros os significados. O adeus neste caso tem em si o resumo dos motivos que levaram o suicida ao seu triste fim. E por mais absurdo que possa parecer o unico caso em que o adeus poderia ter o seu significado respeitado é exatamente aquele no qual não é utilizado. Já que amigos nunca dizem adeus, mas amizades desfeitas não voltam atras de forma alguma, nunca e por toda a aternidade. è o triste fim da amizade. Como a canção o video ilustra bem, motivos para o fim de uma amizade são sempre inumeros e desemportantes. "Todo rio segue o leito" Fim de amizade é algo que acontece de maneira natural, calada, fria. Uma seriedade que não pode ser expressa por nossas mentes limitadas. Talvez por isso que apenas o silencio da despedida é capaz de expressar o verdadeiro Adeus! Amigos nunca dizem... Adeus...

sábado, 14 de novembro de 2009

Um Dia Normal

Acordei atrasado, meu relógio resolveu dormir até mais tarde. Eu não tive a mesma sorte. Minha avó que nunca me deixa na mão usou sua mão para me acordar na base da pancada. Sai correndo. Lembrei de tomar minha chicara de café quando já estava pendurado na porta do onibus lotado. A cobadrora  do onibus infelizmente não tinha como me servir café, mas riu gostoso com meu tolo pedido. Este onibus não ia exatamente para o lugar que eu desejava ir, mas quando eu estou atrasado invento novos caminhos. Muitas vezes caminhos que exigem uma grande parcela de correria e muito senso de direção. Este não foi diferente. a ideia era cortar caminho pelo vale do anhangabau. Saindo da praça do correio e correndo até o inicio da brigadeiro. Admito não ser o melhor caminho, mas era o melhor que eu podia fazer naquele momento.
Assim que desci do onibus me coloquei a correr na direção escolhida, mas meus planos nunca saem como o planejado. Parte do vale estava interditada, máquinas, construtores, gritaria, meio palco montado, todos tão atrasados quanto eu. Qualquer pessoa normal, atrasada e séria iria se irritar e rapidamente contornar a confusão. Mas eu nunca fui normal e nem sério, atrasado eu até estava, mas atraso é atraso portanto 5 minutos não me fariam falta.
Premeiro tentei entender oque era aquilo, a resposta lógica foi "um show". Depois parei para analizar melhor a cena. Praça publica, sem bloqueio, nenhum tipo de aviso de desvio de transito ou guardas para dar informação de rotas alternativas. Conclusão o show seria aberto ao publico. Faltava descobrir quem faria o show, quando faria e o mais importante... se eu poderia estar presente.
Parando o primeiro organizador que vi recebi as respostas. Tocariam bandas alternativas que eu nunca ouvi, na noite do mesmo dia e sim era realmente aberto a qualquer um.
Botei na minha cabeça que saindo do trabalho iria direto para lá. Alias, para sair do trabalho antes eu devei entrar! Me despedi e passei a correr novamente. Horas de ligações desemportantes no meu querido emprego chato transformaram a manhã em tarde e o show distante em realidade. Oque esperar do tal espetaculo? Não fazia idéia. Mas convidei todos meus amigos, tirando um ou outro que por motvos diversos estão brigados comigo. Nenhum foi. Não desanimei, fui só. Chegando lá rapidamente retirei o "só". Meia duzia de gatos pingados foi oque encontrei quando cheguei. Todos em volta de um grupo de teatro de rua, mas de um em um logo eramos 10. Depois 20, 32, 46... a Tv mais tarde naquela noite divulgaria algo em torno de 200 pessoas. Tinha gente o suficiente para que ninguem pudesse estar só. Todos acabaram descobrindo que o show era só o inicio de algo maior, e com 10 metros de altura era uma surpresa realmente grande. Mas se é para ser surpresa eu a deixarei para o final. Falemos do show.
Some um nordestino repentias com alguns velhos musicos com seus instrumentos de sopro e dê a eles um pouco de ritimo, improvisação e literatura de cordel. Esta feita a festa, musica divertida, dançante e inteligente. Falavam da fome e da morte da mesma forma que falavam da vida e da fartura, sempre alegre. A platéia no inicio timida logo passou a dançar. Eu mesmo mudei de parceira tantas vezes que não seria exatamente capaz de descrever todas. destaque para a garota de olhos cor de mel e para a moça de vestido negro. Dançavam bem, bebiam muito, riam mais que bebiam e o que mais me agradou elogiaram meu cabelo. Oque nesse momento é algo incrivel já que não corto ele há uns 5 meses! Mas voltemos ao show. Os descolhecidos continuaram cantando e logo subiu ao palco artistas mais conhecidos. O publico que já estava animado faltou enlouquecer. Com excluindo os que já estavam bem loucos, seja lá por qual motivo.
Uma cena que gravou foi o eco de um refrão. Os prédios do centro velho gritando na vós de 200 pessoas.
Ê MARACATU PESA UMA TONELADA!!! Ada... Ada.. Ada... Ada... E todos lá embaixo em silencio ouvindo o eco ecoar.A dispedida foi marcada pelo pedido de bis, negado pelos organizadores. Respeitado pelos artistas. Cantaram mais umas 3 musicas. E nos convidaram para a o verdadeiro espetaculo que estava para começar. A gigantesca surpresa! Mas cabe antes um explicação. Anos atras nosso pais fez um acordo cultural com a França para dar inicio a uma série de intercambios. Este acordo foi marcado na época com a ida de nossos artistas a frança onde fizeram varios espetaculos por um ano. Já neste ano foi a vez dos franceses retribuirem o favor, passaram um ano espalhados pelo Brasil fazendo arte. E este show que narro de maneira resumida, creio que até reumida demais, foi a despedida do ano da frança no brasil. Ou como me informou o organizador naquela manhã:
- É a festa da despedida da frança.
Eu corri atrás de noticias mais claras por que a frase dele me deixou mesmo curioso. Afinal para onde ia a Fraça? Paises não costumam levantar e sair andando do nada, são preguiçosos demais. É oque eu acho. Mas bem, de qualquer forma era esse o motivo da festa e a surpresa gigante que estava para se levantar para o espanto dos ocupantes do vale naquela noite era obra francesa pintada por brasileiros e idealizada por pensamento sem patria, até porque pensamentos jamais devem ter patria. São livres por natureza. Coisa que o gigante que dormia lá no vale não era, estava amarrado, adormecido. Mas logo iria acordar. Uma criança, com cara de adulto e 10 metros de altura. Estava acordando e não iria entender o mundo que veia, nem os 200 anões que sorririam para ele e nem os fatos que iriam acontecer. Era ele um estrangeiro. O Estrangeiro era tambemo nome dele. Um mago num balão sobrevoou o vale e deu dia a criatura, esta uma vez de pé era uma vizão austadora e bela. Era eu da altura do pé do gigante. O mago foi na frente, o gigante foi seguindo. Ao lado dele uma fanfarra e as pessoas dançando e rindo ao redor de tudo isso. Foi muita festa, dançamos com o gigante , corremos por de baixo dele e muitas vezes fomos pisoteados e esmagados. Era ele feito de ar, asustadoramente grande e inofensivo. Tenho muitos amigos assim, me dei bem ocom o novo grandalhão. O espetaculo foi acontecendo e o grandão foi descobrindo que nem tudo na vida era festa. Veio uma mosca que atormentar, uma cobra lhe atacar, uma coruja lhe ajudar e logo a estava ele cansado querendo voltar a deitar. Eu tambem já estava esgotado, tinha nas costas um garoto que sem minha ajuda pouco veria do espetaculo dos gigantes pois o vasto largo do anhangabau se tornou estreito devido a grandiosidade numerica do publico. Certeza que eram mais que 200. Mas seja lá qual for o numero real, o fato é que o garoto estava sentado no meu ombro para poder ver o show. E o velho que o acompalhava estava a segurar a minha mochila, como ditava a regra do nosso acordo. Ao fim da festa, sob uma chuva de papéis azuis e brancos que tingiram o céu escuro da noite com a tonalidade do céu azul do meio dia, me despedi de tudo e todos e segui meu caminho até minha casa. Fui me arrastando pelos becos do centro e em uma ou duas curvas vi uma mágica incrivel. De mais de 200 que eramos, passou a ser só eu. Sorri. Tinha começado o dia assim, sozinho pelas ruas do centro, e terminei da mesma maneira. Vi que mesmo só muito me diverti e pelo meu cansaço pensei foi facil imaginar que acordaria atrasado, iria entrar no onibus lotado, ia correr até o traabalho... e no meio disso tudo algo ia acontecer. Afinal eu só planejo o necessario, pois a vida nos impoem o inesperado. E a unica regra que convem aceitar e a que diz que tudo pode acontecer.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Nada faz sentido!!!

Comemoram a queda de um muro. Lamentam a queda de 2 prédios. Não se lembram das bombas que riscaram cidades do mapa. Brigam pelo direito de fazer mais bombas. Prometem não utilizar as tais bomas.
Não as uzam, mas fabricam. Se matam por ideologias inexplicaveis. Escrevem livros e momtam ceitas para tentar justificar, jamais explicar. Brigam por diferenças de cor. Não aceitam dautonicos no exercito. Guerras matam muitos inocentes. Violencia urbana mata mais que guerra. Motorista bebado perde o controle do carro e atropela ex-combatente em praça publica. Toda noite uma bala perdida é encontrada alojada na nuca de um inocente. Não há mais inocencia. Crianças cantam o kama sutra. Tem mais gente nua no horario nobre que na play boy. Alias na play boy só tem propaganda de terno, relógio e perfume. Uma puta sacanagem. Programas educativos todo dia na teve.Vão ao ar antes da audiencia acordar. Todos parecem estar dormindo. Qualquer um conhece Obama mas ninguem sabe quem foi gandhi. Ambos falam de paz.
Um passou fome para tentar convencer o mundo,o outro só ganhou uma eleição. Não conseguimos a paz.
Ironicamente é justamente a justificativa das guerras. Lutam por paz. A sociedade esqueceu oque é sociedade. São nomades independentes lutando até a morte por espaço. Falta espaço. Somos tão pequenos e o mundo tão grande. Derrubamos arvores, mudamos o relevo, matamos animais. Não há como viver sem eles. Muitos dizem que vivemos em uma sociedade suicida. Muitos morrem por dizerem isso. Qualquer motivo parece bastar para sentença de morte. Vivo em um pais onde esta pena não é aplicada. Pessoas morrem todo dia por que alguem resolveu fazer justiça com as proprias mãos. Mas hoje em dia ninguem uqer fazer mais nada. Tudo é terceirizado. Falta emprego. Não sobram produtos. Nunca se consumiu tanto.
Os tempos mudaram. As pessoas vivem mais. As idéias vivem pouco. Cada nova geração faz questão de negar tudo que pertencia a antiga geração. Casar não é mais sonho, é pesadelo. Ninguem confia em ninguem. Relacionamentos duradouros duram 2 meses. Não se mamdam mais rosas. Se namora por email.
As cidades estão abarrotadas e todos reclamam de solidão. Não há mais sentimentos de fraternidade e carinho. Todos fazem questão de se manterem separados. Cada um na sua ideologia, religião, crença, time de futebol, cor favorita. Defendem suas escolhas até a morte. Morrem sem ter escolha alguma. São todos iguais, unidos por um ideal superior. Fazem questão de negar a verdade. Preferimos nos afastar a correr o risco de se afeiçoar. Voltamos a ser animais indepentendentes e hostis. Marcamos território. Não adimitimos invazões. Tenho raiva pois no mundo falta amor. Mesmo assim, comemoram a queda de um muro. Eu comemoro junto, mas sei que existem muitos outros. Nem todos de alvenaria.

Amizade


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Um coelho na lua!


Normalmente eu não perderia meu tempo olhando pro céu estrelado quando estou tão cansado, mas de uns dias pra cá tudo mudou. Antes eram apenas algumas estrelas no firmamento, comandadas pelo brilhante satélite natural do planeta. A Lua! Mas hoje tudo mudou, enontrei no céu algo que chamou minha atenção. Encontrei nela muito de mim mesmo. Para não correr o risco de dizer algo cedo demais me contentarei em dizer:
Eu vi um coelho na lua!

(amanhã ou depois escrevo o texto que por hora irei omitir)

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A equilibrista e o palhaço

As luzes se apagaram, um unico canhão de luz iluminava o centro do palco. Da escuridão surge ela, graciosa.
A delicadesa de uma bailarina, a flexibilidade de uma boneca de pano, a coragem de uma adestrador de leões e um soriso de anjo. Assim era ela aos olhos dele, palhaço. Que naquele momento não passava de mais um espectador ancioso para ver a próxima atração. Pobre palhaço.
Pendurada em simples lençois coloridos a delicada equilibrista foi erguida no ar. Enrolada nos lençois ela fazia mil acrobacias, se enrolava e desenrolava, subia e descia. E sempre sorria.
Mas lá no chão alguem sofria. Cada vez que ela sobia um coração batia mais devagar, quando desci batia mais rapido. A cada giro ousado um certo par de olhos tentavam se fechar, mas nunca conseguiam por medo de perder alguma pose dela. A cada soriso os olhos do palhaço brilhavam.
Ela lá em cima, linda e iluminada, dançava no ar. Ele lá em baixo , no escuro e meio de ldo, imitava o seu dançar. Era como se estivessem dançando juntos abraçados, mas cada um no seu lugar.
Ela soria, posava e acenava para todos que lá estavam. Ele só tinha olhos para ela, nem piscava. Coitado.
Ele olhava ela com olhos apaixonados. Via um anjo. Ele, mesmo no chão, parecia estar nas nuvens. Bailava leve, lentamente, aconpalhando os movimentos da equilibrista.
Ela , mesmo lá em cima, dançava com firmeza e energia. Bailava determinada, sobera, como se nada pudesse lhe empedir de dançar. 
Ele parecia desejar poder voar, ou de alguma forma poder alcançar a equilibrist que bailava no ar. Ela parecia ser natural de lá, parecia ter nascido assim, flutuando no ar. Na mento louca do palhaço ele podia ver ela ainda bebê angatinhando no ar.
No fim da apresentação ela descia de ponta cabaça, deslizando pelos lençois. E só quando tocava o chão é que o palhaço voltava a respirar. O picareiro de iluminava e ele entrava correndo para ver como ela estava. No seu rosto via-se a mistura de orgulho e alivio, na forma de um riso infantil. Risada de palhaço.
No caminho até ela um tropeço, ensaiado. Cai de cara, aos pés da moça e lhe estende uma flor de pano. Ela , que toda noite ganha a mesma flor, agradece. Não a ele, a platéia.  E vai saindo ligeirinho do picadeiro.
Ele lá no chão fica fazendo graça, levanta de um jeito torto, limpa a poeira da roupa, busca o chapéu que rolou pelo palco. Pega com o pé, joga para cima e coloca na cabeça. Fazendo assim muitos risos surgirem na platéia. E um deles é especial. É o da equilibrista que se adimira em ver a facilidade que ele, pobre palhaço, tem em trazer alegria. Não precisa se espor as riscos, não precisar treinar mil poses, basta cair no chão e se levantar.
E ela fica lá nos bastidores vendo as graças do charlatão. Adimirando cada piada e cada desengonçado trupicão. Riso a cada gesto exagerado, a cada história inventada e cada piada. Quase sempre a mesma piada.
Mas ela jamais deixa que ela a veja, para não adimitir que se diverte e acha graça. E a vida no circo vai seguindo sempre assim. Noite após noite. Quando um esta no picadeiro o outro esta a adimirar. Adiferença é que o palhaço, que tem fama de se esconder atras da pintura e da fantasia, não se escnde. Quem se esconde é a equilibrista, famosa por se mostrar.
Mas no circo é sempre assim, sempre acontece aquilo que ninguem podia esperar.

sábado, 17 de outubro de 2009

Minha Maior Incapacidade

Eu sou mesmo um cara iluminado, um bom coração, uma boa cabeça, uma vida tranquila e um corpo que não me deixa na mão. Não sou do tipo esportivo, não curto correr atoa, fazer ginastica, exercitar os musculos de maneira geral. Tranquilidade é a coisa que mais valorizo. Não quero correr uma maratona, mas gosto de andar pelo menos 1 km por dia. Não quero levantar meu peso em barras, mas faço questão de fazer tudo com minha própria força. Vivo de maneira razoavelmente independente. Faço minhas próprias coisas, cuido só dos meus problemas, passo muito tempo sozinho.
Mas não é ruim. Passo meus dias pensando, pelo simples prazer de pensar. Gosto de analizar cada ação, fato e acontecimento. Me delicio com os diversos significados das frases e expreções que escuto durante o dia. Vivo cada movimento e fenomeno. Penso demais.
Oque me torna um tanto inseguro. Vejo muitas possibilidades para cada ação, um numero infinito de reações possiveis. me asusto sozinho. É ai que minha independencia fica menos absoluta. Acabo buscando em outras pessoas o abrigo e o consolo que necessito por ter medo dos pensamentos que criei. Tenho bons amigos.
Eles passam seus dias escutando os maiores absurdos e as mais descabidas inseguranças e quase nunca se irritam. Realmente, bons amigos.
No fim das contas meus defeitos e qualidades se equilibram. Sou um cara legal, realmente ilumidado. Faço minhas pequenas caridades, piso na bola, faço milagres, cometo meus erros, mas sempre acabo mais ou menos inteiro. Alias nunca estou inteiro, assim como a tranquilidade é oque eu mais admiro e desejo, a falta que eu sinto do que não conheço me atormenta. Acho que esta falta, sentimento estranho e descabido, é que me faz progredir. Na falta dela eu viveria deitado a sombra, tranquilo.
Mas meu espirito é sedento de apenas duas coisas nessa vida : Tranquilidade e Explicações. A primeira é mais ou menos simples de se encontrar, basta estar de barriga cheia, com a saude em dia e ter um pedaço de chão seco em boa temperatura para se jogar. Já as explicações, essas são complicadas. Por que toda explicação traz junto novas perguntas. 
Graças a deus que isso não chega a ser um problema a ponto de estragar minha tranquilidade. Todo problema tem solução, e para mim não é muito dificil encontra-las e entendelas. Sou inteligente, pelo menos o bastante para entender boa parte do que me disponho a tentar entender.
Entendo por que o pão cai com a manteiga para baixo. Entendo por que existem pessoas de cores diferentes. Entendo por que o foguete consegue voar. Entendo que cada pessoa tem percepções diferentes da vida. Entendo a ligação entre a musica e o humor de uma pessoa. Entendo por que um cachorro perde seu tempo urinando por todo quarteirão. Entendo que cada animal tem uma forma diferente de sobreviver neste planeta. Entendo oque leva o homem a matar. Entendo de que são feitas as leis. Entendo por que fevereiro as vezes tem um dia a mais. Entendo que basta misturar o dna de duas flores semenhantes de cores diferentes para gerar uma nova tonalidade de flor. Entendo por que as mulheres perdem seu tempo escolhendo mantanhas de roupas nas lojas. Entendo por que os homens pegam a primeira que veem. Entendo por que certos animais são fieis a sua parceira para sempre. Entenpo por que alguns animais não são. Entendo que o homem esta no meio desses dois extremos. Entendo o porque da minha vó brigar comigo por eu nunca arrumar a cama. Entendo oque faz alguem gostar de mim. Entendo tambem oque faz não gostar. Entendo como minha voz pode viajar por milhares de quilómetros através de ligações telefonicas. Entendo que os olhos são tão cegos quanto o cotovelo. Entendo que tudo na vida só a mente pode ver. Entendo que existe mais que apenas matéria, Entendo as leis divinas da natureza e da vida. Entendo quase tudo que um dia tentei entender.
Mas oque mais me incomoda é a minha maior incapacidade. Existe na minha vida um unico ponto, um pequeno detalhe na infinidade de temas que ocupam minha mente, um grão de areia num desertos de dunas gigantescas. Um unico ponto que eu não consigo entender.
Como pode alguem querer e não querer querer oque que quer? 

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O dia que não raiou



Os bares , após horas de muita festa e bebedeira, fechavam as portas.  As padarias ,após o dencanso dos funcionarios, se preparavam para abrir. Os onibus começavam a rodar pela cidade. Os malandros chegavam em suas casas, os trabalhadores siam para seus empregos e afazeres. Todos estavam se preparando para um novo dia. Mas este dia não veio. Aqueles que estavam bebados juraram parar de beber, os que estavam sóbrios juraram começar. Muitos foram os absurdos que aconteceram aquela manhã. O maior deles foi que o sol não nasceu aquele dia. Uns diziam que era o fim do mundo, outros que o sol merecia mesmo um dia de folga e outros não falaram nada, ficaram boquiabertos olhando para o céu. Os galos não cantaram, na verdade um ou outro até cometeu suicidio por se sentir inutil sem ter o sol para anunciar todas as manhas. Teve gira-sol que se enterrou por vergonha, pois sem o astro rei ele seria só uma flor estranha e sem graça.
A lua fazia o possivel para iluminar a apisagem, esta brilhante como nunca, teve seu dia de estrela.
O frio foi aos poucos dominando a cidade, se aproveitando da ausencia do seu grande inimigo o callor solar.
E em meio todo essa confusão onde nada mais fazia sentido existia, como existe sempre em todo evento caótico, um casal que não notou a falta do sol. O frio que cobria a cidade os unia, a escuridão da noite escondia seus receios e vergonhas, a luz a lua inpirava-os pensar em bons momentos, a ausencia do sol fez com que o momento, mesmo que ilusório, durasse mais.
Não disseram uma palavra, não se olharam, jamais irão comentar aquela noite que para eles pareceu longa demais. Que para o mundo foi realemente longa demais. Ficaram lá abraçados, encolhidos, adimirando hora o céu, viam a lua brilhar como uma estrela prateada, hora o chão, curvados de frio.
Mas o sol não podia folgar para sempre e resolveu que bastava um dia para descançar. E assim que raiou o dia, a luz iluminou a cidade. Padeiro fez pão, bebado foi deitar, galo cantou, gira-sol abriu, tudo voltou ao normal. Já não havia mais casal.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Uma moeda apenas...



Se você pudesse ser alguma outra coisa que não você mesmo, oque você seria?
Não sei você, mas eu seria uma moeda. Estive pensando seriamente no asunto e acho que é a melhor opção. Na verdade a vida não mudaria quase nada, mas existe uma caracteristica que a moeda tem que eu não tenho e é essa caracteristica que me convenceu que a vida de moeda é um pouco melhor que a minha.
Assim como existem muitos homens semelhantes tambem existem inumeras moedas semelhantes. Umas um pouco mais enfeitadas, outras um pouco mais grossas, algumas maiores, outras furadas... Da mesma forma que existem diverssos tipos de pessoas. Mas em ambos os casos as diferenças não discaracterizam o inividuo a ponto de exclui-lo da sua espécie, seja ele hunano ou moeda.
Todas os moedas quardam semelhanças entre si, semelhanças essas que acabam sendo muitos mais relevantes do que as diferenças a ponto de dar-mos a todas o nome de moedas. Assim como se dá na raça humana.
Outro ponto em comum é o tempo de duração de uma moeda. Não importa o quanto ela seja brilhante e imponente, o tempo sempre irá desgatar uma moeda. Com o tempo o brilho se perde e algumas marcas aparecem. Sem dizer que com o passar do tempo a informação contida na moeda acaba se perdendo.
Igualzinho acontece conosco humanos.
As moedas, assim como os homens, não se misturam com aquelas que se mostram muito diferentes. Basta uma moeda ser extrangeira que já sera tratada de maneira diferente, muito embora duas moedas de paises diferentes possam conviver jamais iram trabalhar juntas. Mesmo sendo elas da mesma espécies, compartilhando as mesmas caracteristicas e sendo ambas vitimas da degradação que o tempo lhes faz. Elas simplismente são cegas, se recusam a trabalhar em conjunto e só aceitam as moedas nascidas em sua terra.
Muito semelhante com oque os hmanos fazem.
Toda moeda veio ao mundo para trabalhar e faz tudo que é possivel  para executar esse trabalho. Viaja de carona, vai de lugar em lugar, serve a muitos sem receber elogio e continua sempre em movimento. Não são queridas por uns, são procuradas por outros. As vezes se perdem por muito tempo sem saber onde estão. Como tambem acontece de passarem por um longo periodo de trabalho duro, andando e viajando de pagamento em pagamento sem ter tempo para descançar.
E assim como os homens as moedas foram criadas por uma força maior que elas não podem imitar, ver ou entender, mas podem notar que existe por que sempre estão aparecendo novas moedas e todas seguem o mesmo modelo de estrutura.
As moedas tambem dividem com os homens a caracteristicas de poderem esconder suas ideias atras de um soriso. Se uma moeda não quer que descubram oque nela esta contido basta esconder o lado da coroa e mostrar só a cara. Com um riso falsamente cordial.
Para falar a verdade as moedas são quase iguais a sociedade atual. Não passam de um grande aglomerado que depende do seus semelhantes para sobreviver mas não entende por que existe.
Vendo assim eu até fico na duvida se deus não inventou a moeda, já que ele é quem entende desse papo de perfeição.
Digo perfeição por que as moedas tem nossas melhores caracteristicas e não possuem nossos maiores defeitos. Moedas nãs devastam florestas, não geram aquecimento global, mão caçam animais de maneira indiscriminada... Em fim as moedas são mesmo uma boa pção de vida ao meu ver.
Principalmente pela caracteristica mais importante das moedas. Elas quardam em si uma informação util e muito relevante para o convivio das moedas no mundo. Elas tem seu valor impresso de forma que todos possam ver.
Oque eu daria para ter um valor pré estabelecido. Não mais precisaria pedir atenção, carinho ou conforto. Não precisaria dessas demonstrações de acefeto, carinho, amor ou dedicação. O valor tá lá impresso , e ela já sabe desde que foi feita que ela é oque é e vale oque vale, sem ter como reclamar. 
Oque eu não daria para ser uma moeda. E não me preocupar nunca mais se alguem me da valor, por que memo as moedas de 5 centavos, que são normalmente despresada eplos homens, tem seu valor.


domingo, 4 de outubro de 2009

I am colorblind

 daltonismo (também chamado de discromatopsia ou discromopsia) é uma perturbação da percepção visual caracterizada pela incapacidade de diferenciar todas ou algumas cores, manifestando-se muitas vezes pela dificuldade em distinguir o verde do vermelho. Esta perturbação tem normalmente origem genética, mas pode também resultar de lesão nos órgãos responsáveis pela visão, ou de lesão de origem neurológica.


Provavelmente você que esta lendo isto agora não da a minima para a informação que acabou de ler. Nada mais natural, eu tambem nunca me interecei pela explicação do que era daltnismo. Sempre pensei que diferença faz saber que existem pessoas que são incapazes de ver certas cores. Na verdade já ri muito de histórias de dautonicos. Mas hoje eu mudei minha opinião. Olhe a figura abaixo.




Se seus cone não sofreram nenhuma degradação ou lesão, se sua genética segue os padrões normais e se sua cabeça funciona bem você deve estar vendo um 8 nesta figura. Parabens!
Eu só vejo um monte de bolinhas coloridas. Pode parecer engraçado, admito que se não fosse comigo eu riria, mas não tem graça. Estou diante de uma figura que jamais serei capaz de ver. Eu passarei minha vida inteira sem saber onde esta o oito da figura.  Existem figuras nas quais eu não vejo nenhum tipo de alteração. E em algumas se eu forçar muito a vista, ao ponto de sentir dor de cabeça, posso identificar o numero escondido. E tambem existem os testes em que eu consigo passar. Descobri que sou dautonico, e que não sou dos piores. Uma dautonia leve ao que parece. Em breve irei a um médico para me certificar e descobrir qual o grau exato da anomalia. Pode parecer um exagero se preocupar com isso. Mas do nada, sem avisar, roubaram minhas cores!
Hoje eu descobri que as pessoas conseguem ver 7 cores no arco-iris. E eu sempre achei que esse papo de 7 cores era coisa de cientista, que na verdade só dava para distinguir 5. Hoje meu arco-iris perdeu 2 cores. Cores que eu nunca vi. Mas que agora me fazem falta. A expressão "Saudade que eu sinto de tudo que ainda não vi" ganha mais um significado em minha vida. Foi a mesma coisa quando coloquei o óculos pela primeira vez. Naquele momento eu percebi que minha visão não era como deveria. Naquele momento roubaram meu foco.
E hoje roubaram minha cores. Sob a cruel forma de uma doença sem cura. Meu mundo tem uma resolução diferente do mundo que o resto da humanidade habita. segundo consta esta desfunção visial tambem tem seu lado bom. Estou realmente triste com isso. Não que minha vida tenha mudado muito, mas mudou. Hoje eu sei que existem coisas que eu não poderei ver, não importa o quanto tente. Minha garra e minha determinação são capazes de verdadeiros milagres. Com o passar dos anos alterei muito minhas caracteristicas e hoje sou capaz de muita coisa que antes não podia. Mas agora encontrei uma barreira que eu não posso vencer. Por mais que tente, existem coisas que eu não conheço e que todos os outros conhecem. Oque é banal para todos é para mim grande mistério.
E o pior é que não há como tentarem me explicar, assim como eu não me vejo capaz de lhes fazer entender. Eu e o mundo vemos as coisas de forma diferente. Não tem jeito. Já passei quase duas horas tentando ver esse 8, mas não dá. Meus olhos até tentam me mostrar. É estranho, mas eu conheço as cores que não posso ver por se apresentarem sempre em movimento. Tudo que possui uma dessas cores que eu não vejo parace ficar vibrando, tremendo. Não parece sólido e inerte, mesmo que esteja. Parace ser feito de uma espécie de gás super condensado. Fica dificil de explicar. Só meus olhos podem ver oque eu tento agora descrever.
Mas esta explicação não importa, assim como não importa minha opinião. O destino vem e rouba de mim as cores do vida. Sem pedir ou avisar. Apartir de hoje sou dautonico. E me sentirei feliz sempre que ver um café numa chicara branca. Afinal existem seres vivos de visão monocromática, e desses eu ainda posso rir.
Mas vou rir baixinho. Por que se o destino me pega rindo por ai, é bem capaz de roubar logo o resto do foco e as cores que restaram. E se eu já estou triste por não ver algumas cores, ficarei mortalmente infeliz se algum dia não puder ver cor alguma.


quarta-feira, 30 de setembro de 2009

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Teatro de Mácaras

Do que é feita a alma do artista? É  feita de retalhos , ou couro de camaleão? É pintada de varias cores, ou muda de cor conforme a ocasião? É uma unica alma, que pode mudar para agradar a multidão? Ou é uma multidadão de almas, lutando para conseguir seu espaço dentro de um unico cidadão? Seja qual for a resposta, não importa. No fim das contas é o personagem, e não o artista, que acaba chamando a atenção.

Ao sair coloca a mascara. É agora homem sério e de poucas palavras, com ar de preocupado sempre olhando o relógio. Nunca atrasado. Monossilábico, jamais começa uma converssa. Mas encerra todas com duas ou três frases no máximo. Sempre que pode lê um livro que carrega consigo, livro grosso de título e texto complicados. Usa o transporte sempre no mesmo horario, com as mesmas pessoas, todos os dias. Não conhece ninguem. Desce sempre no mesmo ponto. Muda a mascara.
É agora um garoto curioso e animado, desce sempre a quatro quarterões do seu destino. Claro que podia continuar sentado no onibus até chegar ao ponto mais próximo de onde trabalha, mas qual seria a graça? Prefere descer antes e andar, ver as pessoas e as lojas que estão abrindo. Anda com a cabeça nas nuvens, sempre sorrindo. Distribui muitos "Bom Dia" para qualquer um que pare para olhar seu sorriso. Anda em zig-zag, pula hidrante, roda nos postes. Muitos dizem que é louco, outros só que é infantil. Ele prefere a opinião do segundo grupo, mas admite que o primeiro não esta de todo errado. Se ser feliz é loucura, é ele o maior dos loucos. Chega no seu destino em cima da hora. Comprimenta a todos pessoalemnte com grandes abraços carinhosos. Muda a mascara.
É agora curioso, que tudo sobre todos quer saber. Faz uma verdadeira investigação com todos na fila do elevador. Oque fizeram? Onde estiveram? Com quem? Por que? Faz mais pergunta que a inquisição costumava fazer aos acusados de bruxaria! Em pouco tempo já sabe tudo que todos fizeram desde a ultima vez que se encontraram. Faz alguns comentarios quando isso lhe parece necessario, mas prefere ouvir a falar. Sabe que a melhor maneira de descobrir algo sobre alguem é parecer um ouvinte confiavel. E para isso basta sorrir e ficar calado. Abrir a boca só se for para fazer novas questões. Quando o elevador chega no andar correto já sabe tudo que queria saber, tem asunto para o resto do dia. Muda a mascara.
É agora funcionario exemplar. Quarda seus pertences e se apresenta em seu local de trabalho na hora exata. Limpa oque tem que limpar, organiza oque tem que organizar. Ajuda os companheiros de trabalho a se colocarem em seus postos de trabalho. Liga as máquinas, verifica se todos estão presentes, comprimenta o chefe com um aperto de mão e uma pergunta sobre como foi o dia anterior. Nunca presta atenção na resposta. Apenas sorri e volta ao seu lugar pronto para trabalhar. Parece contar os segundos para começar o trabalho, fica quieto, a respiração fica acelerada. Fixa os olhos na tela do computador. Muda a mascara.
É agora um malandro que a todos quer agradar. Se quem atende é baiano, cliente vira "Meu Rei" Se Quem atende é de minas, força os "erres" do seu portugues. Não importa quem atenda ele sempre da um jeitinho de agradar. É incistente e não desiste enquanto não encontra uma brecha para convencer que esta no outro lado da linha que o produto que oferece é bom. Não demora e alguem acredita e resolve comprar. Se diverte com cada ligação, sempre um novo golpe a aplicar. Mas logo chega a hora do almoço. Pausa para relaxar. Muda a mascara.
É agora um guloso. Nâo perde tempo algum. Corre e chega na frente, quando todods ainda estão chegando ele já esta sentado comendo um mar de coisas. Tantas causa estranhesa em quem vê. Não para nem para respirar, não faz piada, não se distrai e não pisca. Só pensa em comer. E come se fosse a sua ultima refeição. quando todos estão na metadade do prato o dele já esta vazio e ele na cadeira, de barrga cheia, todo esparramado. Muda a mascara.
Começa agora uma rodada de conversa com os amigos. Começa tambem um festival de mascaras. Com os maloqueriros é tambem um maloqueiro. Com os estudados é tambem um estudado. Com os pensadores é tambem úm pensador. Com os engraçados é tambem um engraçado. Muda a mascara conforme a necessidade. Muda a mascara. Muda a mascara. Muda a mascara e logo o dia acaba.
Logo esta em casa, descansando. E lá não existe mascara. Lá pode-se se ver que ele é sério quando só, é criança quando entre estranhos, é curioso quando entre conhecidos, é trabalhador sem deixar de ser malandro, é um baita de um guloso e adora conversar e agradar a todos e principalmente é um grande muleque carente. Que gosta de um abraço e precisa receber carinho e atenção. Que magoa facil. Que sente saudade e que não sabe esperar. Menino mimado que não seba se expressar. Mas isso só se vê quando esta em casa, em nenhum outro lugar. De forma que é impossivel falar com este artista sem ir até lá. A vida dele é um espetaculo e é na proteção do lar que o artista sai de cena e pode mesmo que por pouco tempo descansar. Muda a mascara.
É agora um escritor de blog abandonado, desses blogs que tem uma visita por ano. Papai Noel que vem entregar carvão elegando mal comportamento do escritor...