Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Estive pensando

De que valem mil perdões se nem um deles é sincero?
De nada. É a resposta óbvia, rápida. Deus tenha dó fa humanidade, pois nos vendemos ao atraente mundo do rápido e fácil. Esquecendo que é muitas vezes no lento e laborioso que encontramos maior prazer.Algumas perguntas não são feitas para ser respondidas, esta é uma delas. Não a responda, a entenda.
Quantos perdões você já recebeu? Quanto já distribuiu? De quantos ainda necessita para dormir em paz? Quantos ainda serão necessários para que possa em fim perdoar? Dizer “te perdoou” é mesmo mais fácil que perdoar? E ao escolher o mais fácil, estria você cometendo uma falta passível de perdão?
Mais uma vez eu pergunto:
De que vale mil perdões se nem um deles é sincero?
Essa fase tem um significado diferente para cada pessoa que a lê. Em nada isso é mágica ou bruxaria, é só um reflexo dos nossos pecados ofuscando uma simples analise sintática. Nossa culpa, nosso remorso, nossa saudade... Muita coisa pode nos ofuscar a vista, nublar a consciência.
O julgamento que fazemos de nós mesmos pesa mais que qualquer corte ou juiz. E muitas vezes somos cruéis demais com nós mesmos. Por que a resposta a pergunta não pode ser “Vale pelo menos uma tentativa”? As vezes queremos mudar as coisas, concertar, mesmo sem estarmos arrependidos. Não é verdade? Nesse angulo um perdão falso, ainda é alguma coisa.
De que vale mil perdões se nem um deles é sincero?
Um falso perdão pode redimir um erro? Sendo falso o perdão é falsa a sensação do perdoado? Um perdoado após mil perdões falsos esta perdoado? Quandos estamos perdoados. Apenas alguns traumas severos, doenças graves e uns traumatismos cranianos tem o poder de apagar o que aconteceu. E mesmo assim, normalmente, apenas de um dos envolvidos. Nem a morte apaga os feitos, nem as culpas, nem as desculpas. Então quando estaremos perdoados? Quem diz o quanto vale o perdão dado? De que vale o perdão se ele não muda nada? Muda algo? Mil deles mudariam? Mesmo falsos? Sim, talvez, jamais o que passou, só o que virá... São coisas que me ocorrem. E definitivamente existe muito a se pensar sobre o assunto. Não há resposta rápida. Ou melhor, há, mas não é a melhor ou a mais correta. È apenas uma que finge que o problema esta resolvido.

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