Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Qual é seu o preço? E o seu vício?


Tempo ocioso me faz mal. Em pouquíssimo tempo eu enjoo de qualquer tipo de divertimento barato. Jogos, filmes, desenhos... nada disso me atrai por mais de algumas horas seguidas. Nada tão fútil conseguiria me entreter por dias. Estou de saco cheio de esperar. Muito embora tenho fama de ser calmo, com certeza não sou paciente. Mesmo tendo quem confunda as duas coisas. È assim mesmo,somos feitos da mistura de fatores mutáveis e imutáveis. Tudo em nós é feito dessa mistura, teu corpo, teu intelecto e teu senso moral é feito, limitado e moldado por fatores mutáveis e imutáveis Essa regra nos permite fazer algumas afirmativas sobre a condição humana. Graças ao meu tempo ocioso e a minha resistência ao entretenimento fútil eu cheguei a algumas conclusões que considero irrefutáveis. Todo homem tem seu preço e seu vicio!Por mais integro ou trapaceiro, por mais humano ou desumano. Seguirá sempre esta lei. Vivemos em mundo mundo imperfeito, e creio que encontrei a lei fundamental que gera esta imperfeição. È dessa regra simples que proveem todos os problemas humanos. Fazemos tudo por nossos vícios e só podemos ser parados quando pagam o nosso preço. Nesse ponto a teoria fica ampla, pois alguns homens tem vícios grandiosos e outros preços exorbitantes. Agora imagine se um homem tiver essas duas características, seria imbatível, não? Bom é ai que paro com as minhas conclusões globais para lhes contar um pouco da minhas história. Não sou um homem imbatível Tenho um vicio grandioso e um preço alto, mas ainda é possível me deter. Ainda sou novo, não sei do que sou capaz. Mas em poucos anos eu e o mundo vamos descobrir de que exatamente eu sou feito. Como tonho sonhador eu espero coisas grandiosas, quero sempre mais. Odeio esperar. Para quem não me conhece, me chame de Mycow. Gosto desse nome, esse pelo menos tem significado. Bom para facilitar a minha vida (e complicar a sua) já vou dizendo que me quando me analiso encontro um pouco de Yuri Orlov. Talvez você não lembre dele, mas é o personagem principal de “O senhor Das armas”, filme brilhante com um excelente contador de histórias. Tem tudo que me atrai. Polemica, sentimentalismo, inteligencia, conflito moral, religioso e mulheres! Ah! Parte do meu preço esta relacionado com mulheres. Mas explico depois. Falemos primeiro do meu vicio, assim você vai entender melhor a tal teoria. Vicio é uma palavra que traz sempre uma sensação ruim, embora na pratica esteja ligado a momentos de prazer. Vicio é a necessidade incontrolável de encontrar prazer ao fazer algo. Os mais famosos e mencionados são os degradantes, os que destroem vidas e espalham tragédias. È dessa faceta ruim dos vícios que nascem boa parte das mazelas humanas. Mas no meu caso meu vicio não causa muito mal, no máximo me deixa exausto ou as vezes triste por não ser plenamente satisfeito. Sou viciado em gerar sorrisos. Nada é mais incontrolável em mim do que a vontade de fazer bem a alguém. Largo tudo, faço milagre, me arrebento todo. Mas se no fim das contas eu receber um riso, mesmo que sem jeito e tímido (que são os melhores, devo acrescentar) esta mais que pago o meu esforço. Um ombro amigo, um dinheiro emprestado, uma ajuda, uma ideia, um sacrifício qualquer Qualquer coisa é pouco. Tanto que quem me conhece esta acostumado a me ver em encrencas para ajudar a vida alheia, e já não estranha que eu não tenha a mesma garra na hora de cuidar da minha própria vida. Meu vicio esta no riso alheio e não em meu próprio sorriso. Preço caro? Vicio não tem preço! È a busca incansável pelo apogeu da felicidade, mesmo que duro pouco. No meu caso, no máximo, alguns minutos. Se bem que há quem fique tão grato que sempre que me vê sorri! Minha alma faz carnaval ao receber tamanho carinho! Vicio é oque motiva sua vida, é a sua razão e maldição. Nada é capaz de te afastar do seu vicio. Alias, quase nada. Para descobrir qual seu vicio basta responder a questão: “Oque te faz feliz a ponto de você deixar todo o resto do mundo de lado?” A resposta dessa pergunta será o seu vicio! A exceção que lhe incomodara intimamente ao responder a questão será ao seu preço. Sempre existe algo maior que seu vicio. Algo que nem sempre é tão valorizado, mas que você jamais arriscaria perder. Esse conflito entre preço e vicio é de onde vem a segunda parte das mazelas encontradas no nosso globo. Homens lutando para proteger oque lhes é mais caro! Enquanto outros homens lutam para pagar o preço e controlar o vicio de terceiros. O meu preço, assim como meu vicio é afetivo. O meu preço tem sempre roupagem feminina, delicada, atenciosa e é o motivo dos meus risos bobos e dos meus sonhos loucos. Amor! Mas o amor apaixonado e caloroso de casal!!! Eis meu preço. A mulher que me ama controla meu vicio! Pois graças ao amor que me oferece ela garante que entre todos os sorrisos no mundo será o dela o mais precioso sorriso! Claro, que em uma vida (mesmo curta como a minha) se experimenta diversos paixões. Umas mais curtas que outras. Mas é ai que esta o segredo do meu preço. Só vendo meu vicio por amor verdadeiro. Se ele se desgastar a ponto de se tornar apenas amor de amigo, já não paga o preço. O sorriso desvaloriza e passa a ser só mais um sorriso. Sabendo meu preço e meu vicio fica quase óbvio me entender, me torno previsível. Será assim com qualquer um, basta descobrir qual o preço e o vicio e terá facilidade em entende-lo. Mas não para ai. Existe mais um detalhe. O detalhe que explica por que se encontra no mundo pessoas que parecem não ter determinação, com vícios sem limites ou sem código moral. O vicio é constante. Sempre existirá, podemos atenua-lo, amenta-lo, perder o controle totalmente ou (com muita força de vontade, oque torana esse caso raro) até muda-lo. Mas sempre teremos um vicio! E o preço? Ah! Existem muitos homens que desconhecem o seu preço, são tidos como destemidos até encontra-lo. Como também existem os homens que por descuido, descontrole ou erro imperdoável perdem oque lhes é mais caro. São pessoas sinistras, que vivem seus vícios mais intensamente que os destemidos. São muito mais incontroláveis e em muitos casos extremamente perigosos. Os homens que não tem nada a perder. O preço é oque controla o vicio, quando perde-se aquilo que paga o preço o vicio passa a ser a única motivação da vida desse homem. SE a sociedade tiver sorte esse homem irá apenas se destruir. Mas inúmeros são os casos que essas pessoas destroem varias vidas antes de colocar um fim a sua existência incontrolável Em alguns casos, na correria auto-destrutiva acabam encontrando algo de que aprendem a valorizar. Ganham um novo preço para controlar um velho vicio. Psicólogos estão ai para facilitar isso (estou sim puxando sardinha). Voltando ao meu exemplo é oque ocorre quando fico na iminência de perder o amor da minha mulher. O desespero, a vontade de mante-la por perto e a dor antecipada de talvez perder oque me é mais caro me consomem em velocidade assustadora. Sério. Em poucos minutos eu chego a um estado deprimente.Incapaz até mesmo de promover sorrisos. E com a solidão de não ser amado busco incontrolavelmente consolo nos sorrisos alheios. Antes da solidão eu ajudo aqueles que me pedem ou que eu encontro, por acaso, precisando. Com a solidão eu passo a vagar por ruas escuras e becos tristonhos buscando desesperados que precisem de mim, arriscado e desgastante. Minha saúde mental, física e espiritual ficam comprometidas. È o descontrole de quem não tem nada a perder destruindo uma vida. Mas graças a Deus eu não passo mais por isso. Hoje tenho comigo uma jóia rara que me ama e é estupidamente amada! Que me apoia na minha busca por sorrisos, mas não me deixa abusar de mim mesmo para consegui-los. Sou um homem harmonizado pois tenho um vicio que não me faz mal e um preço, louvável, que só me faz bem! Tendo a esta teoria como verdade esta é a receita da suprema felicidade. Faça com que teu vicio seja engrandecedor e que teu preço seja algo ainda maior e mais puro. Assim sera uma pessoa de bom caráter e com fé e força para vencer. Espero que tenha entendido esta teoria. Para mim clara, mas temo que para você confusa. E tire uns minutos para pensar qual teu vicio e qual teu preço. Talvez esteja ai a solução para os problemas que você não sabe solucionar. Não custa tentar... E se precisar de ajuda me chama! Tenho tempo livre e odeio ficar sem ter oque fazer, tentando inutilmente me entreter sozinho. Mas é bom avisar: Irei sim tentar te ajudar, mas pode ser que tenha que esperar um pouquinho. Caso a senhora do mais belo sorriso venha a precisar de mim, sou sincero em dizer, que terá que esperar. Só um pouquinho!