Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A chacara encantada!!!

Um dia desses eu me peguei pensando no por que de eu ser eu mesmo...
Uma analize complicada, longa e muito ofenciva. Me revirei inteiro, procurei a resposta canto por canto... percorri todo meu confuso arquivo celebral e encontrei a resposta.
Estava numa gaveta emporirada e escondida, dessa gavetas que só guardam memórias esquecidas.
E foi lá que eu encontrei um arquivo com a resposta. Um episódio muito importante da minha vida e o titulo que podia ser lido era "Chacara encantada".
Ahhh... com certeza um nome bonito, mas para uma quase trajedia é um nome ironico. Mas a vida é cheia de ironias, essa foi só mais uma... bem na verdade foi uma grande ironia que me marcaria para sempre. Mas ironia é ironia, não vem ao caso ficar medindo o tamanho da ironia!Como em toda grande tragédia, tudo começou na mais tranquila paz e alegria.
Eu era uma criança no jardim da infancia e etava entrando no onibus que nos levaria a um passeio esperado o ano inteiro! A chacara encantada, quem já tinha ido queria voltar e quem não tinha ido mal podia esperar para chegar!!!
Todos sempre comentavam da chacara... ao chegar no pré, lá prara novembro, voce ia a chacara.
Todos no bairro falavam dela e todos gostavam muito dela.
E eu estava a algumas horas de conhecer esse local mistico, magico, fantastico... e sei la mais oque. oque eu sei é que ela era tudo que tinham me dito e mais um pouco. A tragédia fica na parte do "mais um pouco".
Logo que chegamos lá vimos um mundo construido de sonhos. Pode parecer bobagem, mas foi extamente oq que passou pela minha cabeça.Casas coloridas e tortar, de mil formas diferentes e mil brincadeiras escondidas em seu interior.
Grama super verde e macia. E muita água! Muita água mesmo!!! Meu Deus quanta água!!!
Eh... nem tudo é perfeito, mal começamos a brincar e desbravar o local e a chuva chegou. Na verdade chamo de chuva por que naquela época não conhecia um nome melhor, mas hoje conheço!Oque presenciei aquele dia foi uma tempestade.
Com fortes ventos laterais e alto indice pluviométrico, coisas que para uma criança podem ser traduzidas como uma "chuvona".
Com a chegada Das águas todos foram reconhidos, contados e agrupados no refeitório local.
Para alguns foi uma tristesa, mas para a maioria foi uma alegria sem tamanho.
A comida era feita pra criança, colorida, gostosa, musical e principalmente regada a refrigerante e sorvete! Comemos, cantamos e escondemos uns bolinhos nos bolsos! Uma perfeita refeição de criança.
Mas embora tenhamos perdido um bom tempo com isso, assim que ficamos satisfeitos nossas distraidas mentes infantis se lembraram que a chuva estava estragando nosso passeio.
E lá veio a tristesa e as reclamações...
Que não duraram muito, pois um saci, um curupira e uma cuca vieramespantar o baixo astral!
As folcloricas figuras eram engraçadissimas e diseram que nos levariam a presença de um velho indio que sabia tudo sobre a historia do lugar!
E derepende um estouro de crianças se aglomerou em um pequeno galpão decorado com temas indiginas que ficava sobre o rio que cortava a propriedade!
Um lugar super legal e bem feito, parecia um forte portugues. (Isso tambem é um termo colocado agora, crianças normais não sabem reconhecer a arquitetura dos fortes portugueses)
O tal pajé ficou lá falando dos nativos que tinham sido banidos daquela terra e falando sobre tupã , uma entidade capaz de se expressar através de raios!
E naquela tarde tupã estava falante por demais!
A chuva ficava cada vez mais forte e os ventos cada carregavam partes desemportantes da paisagem.
Foi então que o indio se levantou e começou a dançar uma dança de boas vindas! Um monte de gritos estranhos e uns passos bebados que terminaram em um pulo alto e uma batida sonora de pés no chão!
E derrepende eu me senti voando no ar, e fui atingido por algo gelado e molhado e o mundo parecia estar se desfazendo ao meu redor.
E de certa forma estava. O local desabou e a grande maioria das crianças foram parar bem no meio da correnteza!
Não sei se voce ja percebeu, mas eu não me lembro de muitos detalhes daquele dia. O tempo e o susto do dia apagaram muito da minha pobre memória infantil.

Mas as partes que eu não lembro eu completo com piadinhas! Só pra almentar a curiosidade antes de contar qual a conclusão da história e qual é o meu verdadeiro eu!!!
Voltando a história... onde eu estava mesmo? Ahh sim!
Eu estava no fundo do rio sendo arrastado pela correnteza, as nuvens eram negras como a noite e nos poucos momentos que eu podia ver fora d'água só via mato e mais água vindo do céu!
Eu que sempre morri de medo de me afogar estava em estado de panico! Me debatendo e lutando prara tentar sair de lá!
Foi quando eu bati forte em algo, não pensei duas vezes, me abracei com todas as minhas forças!
Era uma pedra, uma simples pedra para qualquer um que esteja lendo mas para mim é algo tão importante como minha propria vida! (não sei explicar o meu sentimento sobre aquela pedra)
E foi agarrado lá que eu passei pelos maiores dilemas da vida.
O primeiro veio logo depois de eu ter batido contra a pedra. Eu estava em panico, chorando e morrendo de medo de ser arrastado novamente.
Foi quando eu a vi, mnha namoradinha etsava vindo em minha direção! Estava meio afundada e não estava gritando, parecia afogada!
Eu não tive tempo de pensar e me joguei para pega-la! Ela etava mesmo se afogando e talvez tivesse mesmo se afogado se eu não tivesse oltado minha tão amada pedra para pega-la.
O fato é que eu troquei de lugar com ela, consegui joga-la na pedra mas acabei sendo arastado rio abaixo novamente!
Eu nunca tinha visto esse meu lado heroi, até onde eu sabia eu era a pessoa mais egoista e medrosa do mundo, mas enfrentar a rio braviu para salvar alguem era algo inédito.

Mas heroismo aparte lá estava eu no rio novamente, e por sorte não durou muito, alguns segundos e uma nova batida! Outra pedra!!!
E quando eu subi nela, eu vi alg que me deixou trsite, feliz e preocupado.
Fiquei feliz em ver meu melhor amigo, preocupado por que ele gritava e pulava como quem tambem não sabe nadar e trsite pois sabia que era meu dever pegar ele!
Abracei a pedra e me estique para pega-lo, e por um milagre consegui!
E com a ajuda da sorte e o apoio moral deste meu amigo arrastei ele até a pedra onde ficamos a salvo.
De lá podiamos ver minha namoradinha com o rosto molhado chorando e pedindo ajuda e logo começamos a gritar tambem.
Sou obrigado a dizer que outras crianças passaram... mas eu não me senti disposto a ariscar a vida por desconhecidos...
E após um tempo que eu não sei dizer se foi longo ou curto, chegaram lá para nos buscar com cordas, boias e e hastes.
A historia depois disso não importa. Para os mais preocupados todas as crianças sairam bem!
O mais grave foi uma menina que cortou a perna e teve que ser hospitalizada, o resto só um monte de pequenos cortes, arranhões... alguns casos de afogados reanimados... mas nada que mereça ser comentado.
Se quiserem detalhes procurem na internet! Passou na globo, deve ter algo sobre o episódio em algum lugar...
o Fato é que eu descobri que não posso não ser exatamente um bom rapaz o tempo todo. Mas quando mexem com os meus amigos, afetos, amores e afins eu tiro força de onde não tenho e resolvo a parada!
Não é muito seguro ser assim, mas do fundo do meu coração... prefiro ir corenteza abaixo do que ver alguem que eu goste ir parar no fundo das aguas...
Parece bobo, mas eu sou assim!

(Atenção! para quem leu e se assustou com o texto acima clique aqui por favor. Resposta aos inseguros aqui! )

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