Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O dia que não raiou



Os bares , após horas de muita festa e bebedeira, fechavam as portas.  As padarias ,após o dencanso dos funcionarios, se preparavam para abrir. Os onibus começavam a rodar pela cidade. Os malandros chegavam em suas casas, os trabalhadores siam para seus empregos e afazeres. Todos estavam se preparando para um novo dia. Mas este dia não veio. Aqueles que estavam bebados juraram parar de beber, os que estavam sóbrios juraram começar. Muitos foram os absurdos que aconteceram aquela manhã. O maior deles foi que o sol não nasceu aquele dia. Uns diziam que era o fim do mundo, outros que o sol merecia mesmo um dia de folga e outros não falaram nada, ficaram boquiabertos olhando para o céu. Os galos não cantaram, na verdade um ou outro até cometeu suicidio por se sentir inutil sem ter o sol para anunciar todas as manhas. Teve gira-sol que se enterrou por vergonha, pois sem o astro rei ele seria só uma flor estranha e sem graça.
A lua fazia o possivel para iluminar a apisagem, esta brilhante como nunca, teve seu dia de estrela.
O frio foi aos poucos dominando a cidade, se aproveitando da ausencia do seu grande inimigo o callor solar.
E em meio todo essa confusão onde nada mais fazia sentido existia, como existe sempre em todo evento caótico, um casal que não notou a falta do sol. O frio que cobria a cidade os unia, a escuridão da noite escondia seus receios e vergonhas, a luz a lua inpirava-os pensar em bons momentos, a ausencia do sol fez com que o momento, mesmo que ilusório, durasse mais.
Não disseram uma palavra, não se olharam, jamais irão comentar aquela noite que para eles pareceu longa demais. Que para o mundo foi realemente longa demais. Ficaram lá abraçados, encolhidos, adimirando hora o céu, viam a lua brilhar como uma estrela prateada, hora o chão, curvados de frio.
Mas o sol não podia folgar para sempre e resolveu que bastava um dia para descançar. E assim que raiou o dia, a luz iluminou a cidade. Padeiro fez pão, bebado foi deitar, galo cantou, gira-sol abriu, tudo voltou ao normal. Já não havia mais casal.

Um comentário:

Unknown disse...

isso eh propaganda de carro mano...