Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

A vida não passa de um detalhe

Antes devia ter sido alguem, talvez tivesse uma profissão, comida favorita, time do coração, medo, mania, preferencia, afeto, desavença... Com certeza boa parte disse ele tinha, afinal ele era assim como todo mundo. Só mais um. Claro que antes isso o ofenderia, certamente ele se defenderia destacando os seus diferenciasis. Mas analisando bem o diferencial não servia para separa-lo de um grupo, servia apenas para encaixa-lo em outro. Mas ele não podia saber disso, ou talvez soube-se. Não há como saber quais eram as suas capacidades, como tambem não há como saber se ele conhecia as próprias capacidades. Não posso dizer nada dele. Com exeção do nome. Era José Carlos Medeiro.
Foi um homem, viveu relativamente pouco... Uns 47 anos. Fora isso, não sei mais nada. Algumas suposições podem ser feitas. Me parece que não era casado e não tinha filhos, porem possuia alguns amigos e era queria pela familia. São os poucos deferencias que sobraram. São diferencias comuns a muitos que lá estavam em mesma condições.
O engraçado é que não importa oque fez de sua vida, se teve ou não flihos, se viajou pra praia ou pra montanha, se gostava de amarelo, se chorou ou sorriu, setrabalha ou dava trabalho... Nada mais importa. Os sonhos e os medos que ele guardadava em segredo, se foram sem nunca terem sido ouvidos. As juras de amor que fez podem ou não ser lembradas, mas foram feitas. Penso com angustia nas juras de amor que ele jamais fará. Tenho curiosidade pelas frases que disse, mas fico triste sóde pensar nas palavras que não disse.
Não importa o porque de não ter dito, na época ele devia ter seus motivos. Mas hoje existe um motivo maior. Faltou tempo.
Cada um tem seu tempo e dentro do prazo faz sua história. Mas todo prazo chega ao fim e não importa qual qtenh sido a história, o final é monotonamente semelhante. O cemitério tem o dom de acabar com as diferenças. Na morte são todos iguais. São os memos 7 palmos, a mesma grama, o mesmo chão. Oque muda são os detalhes da decoração, capricho dos vivos. No fim não existem diferenciasis. Faça oque fizer em vida, a morte não lhe sera diferente. O corpo ao pó retorna, na mente dos vivos ainda vivera por algum tempo a lembrança.  Depois nem isso. Oque acontece do outro lado da vida não posso ver, talvez nem poderia entender.
Mais facil continuar adimirando este tumulo desconhecido. Na lapide a mesma história que se repete por todas as lapides do cemitério. Ali esta os restos de alguem, que em vida fez algo e que agora não é mais nada. Se resume a ranhuras no marmore. Ranhuras que hoje observo e entendo como sendo José Carlos Medeiro, Um homem que foi algo e hoje e só ranhuras em marmore. Como todos os outros de lá, como todos nós de cá. Oque fazemos são só detalhes frente ao universo, pequenos acertos e tropeços que vão se desgastar como as memórias que deixamos. Em algum ´nem aquele que foi José se lembrara da vida que teve, dele ela sera parte inconcienete. Recados quardados no fundo da mente. è o destino da vida de encarnado, virar apenas lembrança vaga. Pequenas ranhuras que mesmo desgastadas tentam contar uma história. Os detalhes se perdem, as cores desbotam mas elas permanecem lá. Em algum lugar da alma que partiu, entre seus atos e condutas ainda poderemos achar algum traço de personalidade que aqueles que mantem na memória as lembranças daquele que em vida conheceram ainda poderam dizer. Ali, naquele gesto ou pequeno ato esta oque podemos chamar de José Carlos Medeiro.

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