Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

O motivo

Ninguem foi capaz de explicar ou entender a atitude dele naquela noite. Todos estavam confusos, os fatos que forçaram a antecipação da ida ainda não eram claros. Mas nem toda aquela confusão podia explicar por que ele estava chorando de costas para o mar. Muitos acharam que era trsitesa pelo fim das festividades daquela noite. Todos sabiam o quanto o garoto estava empolgado com a festa e ser obrigado a ir antes da hora era sim um choque. Mas nãoera só para ele que ir significava abandonar um momento especial, mas ele era de longe o mais transtornado.
Alguns tentaram falar, consolar, abraçar... Todos os esforços foram em vão. Ele chorava sem conseguir explicar o por que. Enquanto todos tentavam faze-lo mudar de humor. O clima era tenso, inseguro e a paz estava por um fio. A ultima coisa que precisavam naquela noite era um homem chorando como se fosse o fim do mundo. E lá estava ele, sentado na areia, de costas para o mar.
Após algumas tantativas um dos que tentavam faze-lo parar conseguio, bastou lembrar ao garoto que ve-lo chorar iria desanimar ainda mais seus companheiros de viagem. Todos estavam infelizes de ter que ir tão cedo.
O garoto se levantou, e uma vez de pé passou a adimirar o mar.  Enquanto o encerramento das festividades aconteia o garoto não tirava os olhos cheios de lagrima do escuro e infinito mar noturno que podia observar ali da areia. Parecia imovel, completamente petrificado, nada se movia... ou quase nada, pois se alguem se preocupa-se em observar com cuidado veria que ele movia a boca. Com dificuldade cantava a cantiga com seus amigos.
Alguns perceberam que ele estava passando por mals bucados, que aquela despetida doeu mais nele do que em qualquer outro. Procuraram falar, faze-lo entender a lei cruel que rege as fatalidades da vida, tentaram trazer-lhe esperança, tentaram e tentaram em vão... Não podiam ajuda-lo pois não conseguiam entender.
E lá permaneceu até o ultimo momento, parado, cantando mecanicamente a linda cação, olhando o mar. As vezes entre soluços ele parecia sorir e dde seus olhos ainda fugiam algumas lagrimas. Nunca aquele garoto feliz e exagerado tinha tomado uma aparencia tão triste e solitaria.
Parado de pé, de frente para o mar noturno, sem expressar reação ou fazer nada. Parecia estar vendo algo que ninguem mais via, parecia entender algo que ninguem mais entendia... parecia estar louco. Quando todos já tinham se retirado para preparar a volta para casa é que ele se moveu. Andou até o grupo e tentou agir normalmente, porem com um esforço sobre humano. Um esforço nitido, convem lembrar.
E nem na volta para casa, nem no desembarque, nem nas conversas posteriores sobre aquela noite... Ninguem jamais perguntou o motivo dele ter ficado lá sozinho olhando fixamente para o mar, entre o silencio e o choro descontrolado. Alguns se contentaram em dizer que era tristeza, outros que era orgulho ferido, outros que era só frustação perante o infortunio que interrompeu as festividades, outros que era imaturidade... todos se contentaram com as explicações que criaram e ninguem perguntou oque motivou aquela cena.
Mas a resposta estava na cena, bastava escutar oque a cançãodizia. O garoto chorava pela despedida, por ter que abandonar o mar sem ter tocado na agua salgada, sem ter molhado os cabelos especialmente preparados para aquele dia, sem ter sentido o gosto salgado da agua e a força das ondas. Chorava por se afastar do mar. Sabia que assim que o mar sumisse da paisagem a saldade voltaria a lhe castigar pela partida. Sentiria saldade e a distancia e a rotina não lhe permitiriam sanar esta dor. O som das ondas iria lhe aconpanhar pelo resto de sua vida e o cheiro do mar sempre seria o primeiro aroma do seu dia. Tudo sempre conpira para lhe almentar a saudade do mar.  Era a aflição de não poder tocar aquela agua a tanto esperada, e entre as lagrimas a confissão disso tudo ele cantava naquela noite. .Se alguem tivesse tentado analizar melhor as atitudes do menino veriam que as lagrimas e os soluços só se faziam presentes quando ele dizia:
Seus filhos que moram longe, não podem vir todo dia.

2 comentários:

Unknown disse...

O.O
o que aconteceu?
depois vc me conta ¬¬

Applegirl disse...

=/