Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



sábado, 8 de janeiro de 2011

O Império das 4 Torres- Versão do Leste - Parte 4

parte 3

O Apocalipse


Dizem que a vida é um ciclo sem fim, onde a morte de uns sempre traz vida a outros. Cruel como quase toda verdade. No alto da torre espelhada o ditador olhava pela janela de seu quarto. Não via a grande cidade triste que criará, nem o deserto cinza que a cercava. Via apenas o seu reflexo, alguns anos mais novo, sujo de poeira, suor e sangue, pasmo. Era a imagem dele no dia do apocalipse. A visão que os 4 tiveram no dia do juízo final foi terrível O céu estava coberto de espessas nuvens cinza chumbo das quais choviam gotas flamejantes como lava vulcânica Por toda parte se viam caveiras e demônios como nos antigos contos de terror, só que reais e sanguinárias Homens iluminados e anjos alados tentavam, inutilmente defender os soldados e rebeldes que fugiam para tentar salvar suas vidas. Mas não havia para onde fugir, a cena inacreditável congelou os 4 rebeldes. A vida que há muito tempo deixara de fazer sentido enlouquecerá de vez. Para os 4 que já haviam perdido tudo que tinham há muito tempo o fim do mundo deveria parecer agradável Mas não era. Ao ver a carnificina dos mortos-vivos e demônios e a guerra entre eles e os escolhidos de deus eles se sentiram encurralados. O maior dos medos tomou conta da mente de cada um, medo da morte. Mas não o medo egoísta da própria morte. A dor dos entes queridos e companheiros perdidos veio à tona na forma de um grande desespero. Não podiam perder a única coisa que restará a eles. Um ao outro. O primeiro a conseguir sair do transe de horror foi Alexander que com fúria defendeu os amigos atordoados do ataque de um demônio qualquer. Não importa se homem, demônio ou zumbi, qualquer um se abala com um corte bem feito a facão na jugular. Ao ver a cena todos entenderam iam lutar. Morrer lutando parecia heroico, como o sacrifício do Liz. Lutaram com todas as suas fibras e com todas as armas que tinam. Luta inútil. Perderiam de qualquer maneira. Eram em menor numero e de rachaduras no chão os inimigos não paravam de aparecer. Aos poucos os anjos foram caindo um por um. E os homens escolhidos de deus, homens de fé, padres e monges, eram também derrotados. Mesmo os anjos mais poderosos e os homens capazes de exorcizar com a fé foram esmagados pelo infindável exercito de bestas. Mas os 4 persistiam e quando encurralados e sem esperanças fizeram algo que há muito tempo não faziam. Eles se lembraram de deus, e sem lamentar pelas perdas e dificuldades da vida pediram uma salvação. E a sinceridade do pedido rendeu a eles uma benção. Por algum motivo deus lhes deu meios para lutar. O corpo de Alex se tornou duro feito aço e sua força sobre humana. Victor sentiu uma forte energia dentro de si e a liberou na forma de descargas elétricas semelhantes a trovões. Rafaela ganhou o poder de mover oque quisesse precisando apenas pensar. O Maycon fez tudo ao seu redor se tornar carvão e cinzas com chamas vindas do nada. Um sorriso no reflexo. O ditador parou por uns instantes e admirou a palma da própria mão. E nela surgiu uma chama vermelha quente e intensa. Foi naquele dia louco que ganhará este dom e maldição. Um homem capaz de queimar tudo que tocar, justo que seja ele o traidor. Tudo que toca vira cinzas e a cidade das 4 torres seria a próxima vitima. Voltou a olhar o vidro da janela e a lembrar do passado. Rapidamente o números de monstros na área foi reduzido a 4, somente os 4 guerrilheiros restaram. Grandes incêndios, marcas de raios, carros, e prédios tombados. Eles eram capazes de destruição sementante ao fim do mundo. E isso chamou a atenção de outros quatro guerreiros poderosos. Os cavaleiros do apocalipse. Guerreiros cadavéricos montados em ossadas de cavalos que galopavam pelo céu. Vinham com suas espadas e armaduras enfrentar os guerrilheiros. Resistentes e implacáveis não tombaram rápido. Suas espadas cortavam o ar e a carne que tocavam de raspão e seus corpos já mortos pouco sentiam os ataques dos rebeldes.
Mas nada seria capaz de pará-los. Por mais que tentassem nem os cavaleiros seriam capazes que vencer aqueles que pareciam ser a encarnação do apocalipse. O primeiro cavaleiros foi reduzido , aprisionado em uma coluna de fogo em altíssima temperatura. O segundo foi esmigalhado aos socos pelo homem que já não sentia dor. O terceiro foi também carbonizado como se tocasse fios de alta tensão e o ultimo teve todos seu corpo em pedaços, cada pedaço arremessado em uma direção, como bem quis a garota que o derrotou. E com a derrota dos cavaleiros algo no fim do mundo mudou, acabou... Os monstros ainda viventes morreram sem maior explicação. As nuvens pararam de queimar a terra e começaram a abrir espaço para um céu azul e uma coluna de luz desceu sobre os combatentes. Agitados pela batalha e ainda confusos não notaram o velho de ranco que surgirá entre os escombros da cidade e que sem se apresentar chegou dizendo profecias.
O ditador foi interrompido por um soldado que batia a porta, o café da manhã estava servido. Ele fazia questão de aproveitar a sua ultima refeição.

parte 5

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