Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



domingo, 14 de março de 2010

Valsa Dos Clowns - Minha Valsa, Minha Vida



"Em toda canção
O palhaço é um charlatão
Esparrama tanta gargalhada
Da boca pra fora
Dizem que seu coração pintado
Toda tarde de domingo chora"

Na minha canção
O palhaço tenta não ser charlatão
Tambem esparrama gargalhada
Porem com sua própria alegria
Mas tem um coração remendado
Que vez ou outra vacila 

"Abra o coração
Do palhaço da canção
Eis que salta outro farrapo humano
E morre na coxia
Dentro do seu coração de pano
Um palhaço alegre se anuncia"

Abrindo o coração
Do palhaço da minha canção
Eis que salta um garoto medroso
Que tenta ter valentia
Desse coração de criança
É que vem a sincera alegria

"A nova atração
Tem um jovem coração
Que apertado por estreito laço
Amanhece partido
Dentro dele sai mais um palhaço
Que é um palhaço com um olhar caído"

Esta nova atração
Tem com ela um atrapalhado coração
Que torpeça nos laços da vida
Amanhece todo quebrado
Dentro dele o menino fica mais asustado
Mas o palhaço não se abala com isso

"E esse charlatão
Vai cantar sua canção
Que comove toda a arquibancada
Com tanta agonia
Dentro dele um coração folgado
Cantarola uma outra melodia"


Ele não pasa de um charlatão
Que salta, pula e dança
Levando a platéia a euforia
Mas lá no coração remendado
O menino se esconde
Com medo das quedas da vida

"Em toda canção
O palhaço é um charlatão
E esse charlatão
Vai cantar uma canção"

Até nessa canção
O palhaço é um grande charlatão
Pois o coração remendado
Sorri, mas tem medo da vida

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