Ah...E la vai ele novamente. Um pobre e velho marinheiro agonisante. Sempre que esta em terra é a mesma cena lastimavel. Alguns anos atrás esse hoem não passava nem perto da porta dessa espelunca. Era um jovem marinheiro, cheio de sonhos e virtudes. TInha gosto pela vida!!! Ah se tinha! Era entusiasmado, apaixonado pelo mar.Me lembro bem daquela época, esse cais vivia lotado de gente. Gente de todo mundo parava por aqui, eram navios, barcos, caravelas, esleres, jangadas... tinha de tudo por aqui. E foi numa dessas embarcações que ele veio para esse fim de mundo! Tristão é o nome do figura. Esse foi o primeiro porto que desembarcou em sua primeira viagem. Ia as indias, todos iam. Menos os piratas esses preferem sempre buscar o mar aberto. Mas aquele ali não tinha nada que servisse para compara-lo com um pirata. Era honesto, ingenuo, prestativo... E hoje é essa ruina que esta vendo. Sempre que passa por aqui é a mesma coisa, senta no mesmo lugar e bebê do momento que chega até o a hora de zarpar! Já faz tanto tempo que a cena se repete que já nos acostumamos a chamaraquele canto perto da janela de casa do Tristão. Ahahahah... E lá vai ele de novo. Pedindo mais uma garrafa. Já são cinco, seis com a que esta indo, mas tenho certeza que ele nem se dá ao trabalho de contar quantas são. Tem gente que bebê para esquecer, outros para criar força, outros ainda bebem pelo prazer de beber... Mas esse doido é diferente. Ele tenta afogar seus sonhos nesse alcool barato.No fundo daquele caneco esta o rosto da cigana mais bela que já passou por estas terras, e não duvido que seja ela a mais bela em qualquer terra. è ela que ele tenta afogar naquele conhaque, Mas sempre que seca o caneco ela esta lá no fundo! Se digo isso é por que já o ouvi dizer isso muitas vezes por aqui. O nome dela era Dubia. Se conheceram no dia em que ele veio para cá pela primeira vez. Ele se encantou com a beleza dela, ela com a ingenuidade dele. Ninguem sabe ao certo de onde ela veio e oque veio fazer aqui. Simplismente surgiu do nada e pediu para se apresentar aqui. É, isso já foi um lugar bem ovimentado, eu juro que sim! Dubia Dançava como devem dançar os anjos, mas tinha nos olhos um fogo dos diabos. Qualquer marinheiro que he olhasse fundo nos olhos morreria de amores, como se ouvisse o canto de sereia. e tristão não só foi um desses tolos, como foi o maior deles. A principio ela o ignorou, mas o rapaz tinha seus truques. Enquanto todos eramsempre iguais, mandando mensagens ousadas, flores roubadas e jóias falsas ele a surpriendeu. Deu a ela uma desenho. E naquele retrato ela era um anjo dançando no céu ao fim de tarde. Ela com certeza não epserava isso de um marinheiro. Alias ninguem esperaraia, são poucos os homens do mar que fariam um agrado tão delicado. EU diria até que foi uma tolice da parte dele, mas seja como for a tolice funcionou. Nauela noite ela fez uma rapida apresentação e se sentou na mesa do Tristão e lá ficaram até o sol raiar. Ali mesmo, naquela cadeira vazia que ele não para de adimirar, se bem que a uma hora dessas ele deva estar vendo três ou quatro cadeiras. Vazias todas! Para almentar a trsitesa do pobre homem. Ah sim, continuando a história. Conversaram a noite inteiracomo crianças, beberam muito, falaram alto. Eu mesmo achei que ali um casal se fromaria. Por isso não posso culpar Tristão de ter achado tambem. Eles se abraçaram, acariciaram, mas quando o romance estava mesmo começando a ganhar seriedade. Já era dia! O barco estava para partir. Os companheiros dele viram busca-lo e ele as pressas se dispidiu dizendo que em breve voltaria e que ela deveria espera-lo pois só na volta ele lhe daria um beijo. Ele estava empolgado com a partida do barco que mal se dispediu da cigana. Saiu dizendo que este beijo seria o mais gostoso dos beijos, pois assim como a boa bebida sera incrpado com o tempo! Tolo. Foi no momento que a porta fechou que ele selou sua maldição. A cigana de cabelos negros e olhos expresivos tinha tambem um genio dificil e não adimitia ser deixada para trás. Foi ao mar sem respeitar uma das mais importantes tradições dos velhos homens do mar. Não se deixa a terra sem sua mulher beijar, pois pra marinheiro que se presa o beijo é uma reza que dá forças pra voltar! Huahuahau ... assim dizia um bardo que passava por aqui a alguns anos atras, deve estar morto o pobre diabo! Que deus o tenha! Mas voltando ao Tristaõ e sua triste sina. Dias depois da partida dele dubia se foi, lembro que não me deu nenhuma explicação. Apenas partiu deixando comigo um lenço e pedindo para que eu entregasse ao pobre rapaz. Foram 8 meses até o retorno do rapaz. Lembro como se fosse hoje o sorriso jovem se transformar naquele rosto velho e enrugado que esta ali tetando se matar em conhaque. A velhice e o desgaste da vida vieram em um segundo, quando normalmente demorariam anos. No lenço estava um beijo de batom e um recado a tinta. Você se foi por que ouviu o mar chamar, eu fui por que tinha muita terra desconhecida para visitar. Mas deixo aqui teu beijo curtido para que possas apreciar. É! O amor tem suas regras. E a primeira delas é jamais amar duas mulheres. Ele amou Dubia e o mar.. Desde então ele retorna a mesma cadeira e bebê até o amanhecer, sai daqui arrastado para o barco e retorna sempre que pode. E dizem que por onde vai ele procura por ela. Dubia , a mulher que não soube esperar ou que sentiu que teu homem a traiu com o mar! Mas quem sabe Deus lembra desse canto do mundo um dia e vê esse pobre homem e realiza o sonho dele. Que hoje já não é ter sua tão amada Dubia pela vida inteira... Não não. Ele só quer o gosto pela vida! Gosto que ele acha que deve estar escondido naquele beijo. O beijo que é a reza que hoje ele espera para poder descansar em paz!
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