Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



quarta-feira, 19 de maio de 2010

O Império das 4 Torres- Versão do Leste - Parte 1

O Despertar

Mais uma vez acorda de maneira repentina, olhos arregalados, ofegante. Novamente o passado lhe interrompeu a noite turbulenta e semi-insone. Já se passaram trinta ou quarenta anos e ele ainda acorda todos os dias assustado. O cansaço lhe cai sobre os ombros e as olheiras que carrega já se tronaram parte do rosto, tanto que ele jão não se lembra de como era sem elas. Com a mão ele bagunça os cabelos enquando murmura palavrões e reclamações,costume de uma vida inteira. Com dificuldade se arrasta ao banheiro onde joga uma água no rosto e com dificuldade começa recobrar a lucides, deixando aos poucos as imagens do passado para tras. Olhando sua imagem no espelho ele começa a se lembrar do persente. É Um homem de meia idade, que não se lembra exatamente quantos anos tem. Cabelos e barba parcialmente grisalhos. Pele morena,ultimamente com um tom mais palido, por falta de sol. Muitas marcas de expressão e um cansaço estampado no rosto. Uma ruina que se chama de homem. Mas essa ruina tem muito oque fazer neste dia e aos poucos vai recobrando a energia que lhe é a marca registrada. O peso do passado é esquecido e seus ombros se erguem soberanos. Sua espressão cansada se esconde em um rosto sério e determinado. Com um riso ironico ele diz com " Só mais um dia". Se arruma, com um pouco mais de calma que de costume. Pela primeira vez parece estar esquecendo a agenda lotada que possui, parece esquecer que tem uma nação para controlar. A ultima e unica nação do mundo. Veste um de seus ternos, todos quase iguais. Vermelho escuro, quase vinho. Camisa preta, gravata preta com caveiras vermelhas. Super cafona admito, mas ele se sentia bem com aquele "uniforme". No mar de tristesas que era a mente daquele homem seus trajes fora do comum eram uma pequena alegria. Ele termina de ajeitar a gravata, pernde as abotuadurase enquanto se distrai nisso seus olhos encontram o móvel de madeira escura do outro lado do quarto. Aquele sorriso ironico volat a face. "Só mais uma vez". Ele diz para si e caminha até a gaveta do movel. Abre a gavela e tira de lá uma velha caixa de madeira, simples demais quando comparada com o luxo do quarto em que se encontra. Dentro da caixa uma fotografia, uma pistola banhada a ouro e algumas lembranças tristes. O pesadelo volta a mente do ditador atormentado. Tudo comaça com a grande explosão! O tempo e os traumas roubaram certos detalhes daquele dia fatidico, mas o gigantesco cogumelo que surgio após o clarão ficou gravado na memória. Num segundo toda a sua cidade natal se foi, seus pais, amigos e amores. Tudo. Os poucos que sobraram estavam ali a seu lado. Eram apenas cinco naquela ocasião. Xand, Rafa, Liz, Victor e ele. Maycon. Amigos que choravam juntos a perda de suas vidas e histórias. Sua terra natal acabara de se tronar apenas uma vaga lembrança e toneladas de cinzas. Aos 20 anos de idade eles perderam tudo. Tudo que eram e tudo que sonhavam ser. Daquele momento em diante Eles seriam apenas vingança. A guerra chegou sem avisar, a maior potencia do mundo havia decidido tomar o mundo todo. Bombas foram lançadas, muitas cidades sumiram do mapa. Era o inicio da 3ª guerra mundial. E do ódio na vida daqueles cinco. De desabrigados a guerrilheiros foi um pulo. Passarm fome, roubaram, saquiaram,queimaram e mataram. Os rostos de cada soltado exterminado abria um sorriso no rosto do garoto que hoje é este homem mal tratado pelo tempo. Foram muitos combates rumo ao norte, ao pais que desafiou o mundo. E enquanto os combates aconteciam o garoto foi deixando cada dia mais a inocencia e a fé de lado e acriditando apenas na lei do mais forte.Segurando a fotografia ele revê o dia em que estavam prestes a cruzar a fronteira. Era a ultimo descanso antes das batalhas finais no território inimigo. Esse dia ele jameis esqueceu. Para ele a explosão que matou sua familia e aquele dia eram fatos en seguencia. Como um dia após o outro. Grandes traumas que tiravam a impostancia de qualquer outro acontecimento. O coração que já batia rapido pela perda dos pais e da mulher que amava, transformados em nada sem prévio aviso pela poderosa bomba, agora estava quase infartando. Aquele que já não tinha nada teve que perder inada mais. Perdeu ali, na fronteira da guerra, pouco antes da vitória, mais um amigo. Após tantos anos uma unica lagrima percorreu o rosto de ditador.

Parte 2

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