Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Diferente!


Não vejo o por que, mas sempre me acharam diferente.

A primeira vez que eu me lembro de terem falado isso foi a muito tempo. Eu ainda estava no pré-primario!

Foi numa festa de fim de ano, onde todos os trabalhos feitos pelas crianças seriam expostos. Assim que eu e meus pais chegaram a professora correu ao encontro deles e disse que gostaria de lhes mostrar algo.

Bem, até ai eu ainda era normal e feliz, na verdade, eu ainda me sinto normal e feliz! Mas algumas pessoas sismam dizer que sou diferente!

Esta professora foi a primeira, pelo menos que eu lembre.

Ela levou meus pais até a sala onde estavam os trabalhos da minha turma, e dizendo estar muito preocuoada com meu desenvolvimento ela começou a mostrar os trabalhos.

O primeiro foi o trabalho das borboletas. Era o seguinte a professoar deu a cada aluno uma borboleta de papel branco e pedio que pintasse uma das asas da borboleta com tinta. Feito isso no´s deveriamos fechar a borboleta, e quando abrirmos as duas asas estariam pintadas! E uma vez a borboleta pronta ela dava uma folha sulfite para você desenhar uma paisagem e colar a sua borboleta.

E foi exatamente oque eu fiz! Juro! Pintei a borboleta de preto e vermelho e desenhei um cenario pra ela.

O cenario era de guerra, tinha várias explosões e a borboleta estava polsada na ponta do canhão de um tanque!

Agora só porque todo mundo resolveu fazer um parque e uma borboleta de cores claras eu sou diferente?

Do meu ponto de vista eles é que são diferentes. Eu sou só criativo!

Mas ela não parou por ai! Não... ela estava disposta a me traumatizar.

Ela levou meus pais e eu até o próximo trabalho.

Escultura com caxa de fósforo. Esse era bem simples, te davam um monte de caixas de fósforo e te mandavam encapar elas, pintar de alguma cor e montar algo com elas!

Digamos que praticamente metade da sala fez um carro, utilizano de um a tres caixas de fósforo e pintando osdetalhes como vidro e rodas.

Um quarto fez uma casa, e teve gente que usou praticamente uma fabrica de caixas de fosforo! Já que fizeram casas do tamanho de caixas de sapato!!!

O outro quarto de alunos fez uma Tv! E o esses foram os trabalhos mais caprichados, já que tinham que desenhar oque estava pasando na Tv.

Mas teve um aluno muito mais criativo, ou nas palavras da professora, diferente!

Eu! E ganhei o titulo fazendo um robô. E vou até aliviar o lado da professora, ela não reclamou do robô logo de cara como sempre fazia com meus trabalhos. O robô lhe pareceu diferente, todos meus trabalhos retravam senas de violencia e destruição, mas o robô parecia inofencivo.

Até ela perguntar pra que servia o meu robô. E eu respondi:

"Para destruir a cidade!"

Ela tentou me corrigir, disse que não! Que o meu robô servia para proteger a cidade.

Mas quem ela tava achando que era pra falar qoue o MEU robô faz ou deixa de fazer? Eu teimei, disse que não, que ele destruia a cidade sim. (Pô tinha até roubado 4 tampas de cola Tenaz ppara colocar como mísseis nas costas do robô! Como um robô gigante com misseis poderia ser bonzinho?)

Ela então me perguntou se eu não me procupava com as pessoas que moram na cidade. E eu respondi que me preocupava sim, que gostava muito das pessoas,mas que o robô não tava nem ai! ele queria mais é destruir tudo mesmo!

A professora tentou dar uma de esperta e perguntou se eu não podia falar pro robô mudar de opinião.

Então eu disse pra ela que o robô era de mentirinha, e portanto, ele não falava!

Ela ficou hororizada.

Mas voltando a exposição.

Após mostrar todos os meus trabalhos super criativos, ela me afastou e foi falar com os meus pais.

Mas eu fui atras e fiquei ali perto ouvindo. Foi ai que eu vi a palavra diferente no seu mais malévolo significado!

A professora falava que eu era diferente, mas meus ovidos entendiam como louco, perigoso, problemático...

E eu nunca tinha feito nada de mau pra ninguem!

Ela sugeriu um monte de coisas pros meus pais, mas eles não quiseram ouvir, ficaram bravos e mandaram a louca a merda! (eu tenho muito orgulho desse decisão, afinal alguem tinha que me ver como o genio artistico que eu era.)

Mas com o tempo eu vi que essa milha criatividade era mesmo diferente. Não aquele "diferente" maldoso que a professora falou.

Não... era um diferente... diferente! Enquano todo mundo pensava igual, eu pensava diferente. As pessoas chegavam a uma solução para determnado problema e eu chegava a uma solução diferente.

Todo mundo seguia a vida pelo mesmo caminho, já eu... seguia por um caminho diferente.

Comecei a perceber que vejo a vida de uma maneira diferente. Uma maneira livre de regras ou grandes iposições.

Uma maneira muitas vezes mais pratica e outras vezes muito complicada. Uma maneira sem discriminação e outras vezes tão preconceituosa. Uma maneira... parecidissima com a maneira que todo mundo vê o mundo, só que diferente!

Mas olha que interesante. Eu que sempre fui tão diferente, acabei sendo muito parecido com todo mundo.

E aposto que você que é muito parecido com todo mundo, se parar para observar, vai se ver completamente diferente.

Isso parece estranho. Errado.

Mas não etá errado não! Não da maneira que você está pensando.

O erro não esta na questão de que eu ou você somos diferentes do todo. O erro é pensar que existe um todo.

O erro esta numa palavra que não foi abordada com cuidado até agora. O erro está no igual!

Não existe igual! Não na nossa vida pratica. O igual pertence as ciências fisicas e matemáticas.

Não se aplica ao social ou biológico. Não existe um ser igual a outro.

E pode se ofender se quiser, mas ouso dizer:

-Somos todos diferentes! Eu sou diferente! Você é diferente! E todos os outros tambem são diferentes!

É melhor você adimitir logo, e começar a conviver com isso.

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