Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



quinta-feira, 16 de julho de 2009

O texto que não escrevi...

Não fara falta alguma a humanidade. Era uma especie de carta que reclama da vida, dessas que são escritas aos montes pelos pessimistas e pelos tolos que desistiram de tentar. Tinha muitas ofensas das quais eu iria ter que desculpar depois e muitas outras que eu simplismente não tera coragem de enfrentar o ofendido para pedir a tal desculpa.
Tinha nas entrelinhas pequenos apelos já tão repetidos, que não é mais necessario faze-los para saber quais serão atendidos e quais não. Possuia em suas poucas linhas, escritas de maneira tortuosa, sentimentos que me invadem a todo momento e dos quais eu não gosto.
Ódio, inveja, ganancia, sentimentos de posse e de traição. Todas grandes besteiras na minha real opinião. Ódio é o amor que não soube se proteger dos ataques que sofreu, muchou, apodreceu e jamais morreu. Ódio é o fantasma que te lembra a dor de perder um amor e te faz esquecer a alegria de amar. Inveja é o mais patético dos sentimentos, é dar mais valor ao que o outro possui sem jamais faze nada para construir um patrimonio próprio. Ganancia jamais se contentar com oque tem e sempre buscar mais, sem nunca dar valor ao que possui. É adquirir uma pintura sem nem saber a cor da gravura, só o preço da obra e o nome do pintor. Quanto a posse, sinto ter que informar, que ninguem é dono de nada! Absolutamente nada. Tudo que você toca, sente, vê... tudo mesmo! Nada te pertence, assim como nada me pertence. É tudo alugado, emprestado. Somos donos temporários de tudo que achamos que é nosso. A posse não existe. Tudo que não é constituinte da alma que por acaso é você, portanto não pode te pertencer, é emprestado e um dia deixará de ser utilizado por você. E finalmente a traição! Essa sim existe, embora nunca com a mesma cara. Mas não é algo que davamos levar em conta, toda traição tem um motivo... nem sempre um bom motivo, até por que, não me ocorre agora uma possibilidade em que trair é algo bom. Mas antes de se ficar remoendo lembranças de traições, tente gastar teu tempo em algo util! Como tentar se entender com quem te traiu, ou pelo menos superar a dor da traição.
Esssas sim são idéias que eu defendo, quando não estou perdendo o meu tempo escrevendo, falando ou fazendo coisas das quais discordo plenamente.
No texto que eu não escrevi não só havia ofensas a quem eu não quero voltar como tambem a quem eu nunca ofendi. Havia manipulação dos fatos e entrigas. E estava completamente cheio de rancor e outros sentimentos mesquinhos. Onde na verdade deveria estar escrito algo similar a "Meus Parabens" ou "Valeu o sufoco".
Era um texto que tinha como unico obejetivo mentir sobre mim e meus sentimentos. Era um texto de um homem frio, sem coração e sem sentimentos. Que não pode ser magoado, não se sente ofendido e de maneira nenhuma poderia se enganar. Uma pessoa que não se importa com ninguem alem dela mesma. Uma pessoa que eu não sou.
Nesse texto que uma força divina, ou minha própria conciencia, não me deixou escrever eu cometeria tantos erros bobos e sem sentido que talvez não vivesse o bastante para me desculpar e desfazer.
O texto que eu não escrevi, é um monstro que eu estou feliz de não ter colocado no mundo. Mas havia nele uma verdade, como em todas as mentiras do mundo.
Era filho direto da incapacidade de engolir, pelo menos mais uma vez, meu orgulho. Orgulho. Nem de longe meu unico defeito, mas sem duvida o maior e mais desaprovado deles. Por orgulho eu seria capaz de ofender quem eu amo. Por orgulho eu sou incapaz de amar...
Sou uma anta orgulhosa, e admito mesmo que não me orgulhe em dizer.
Mas se nessaconfusão sem sentido algo pode ser aproveitado... com certeza é:
Não devo me orgulhar de nada, a não ser de não ter escrito o texto que não escrevi.

Nenhum comentário: