Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



domingo, 12 de julho de 2009

The Clock

Era noite fria, regada a garoa como era comum a anos atrás. Ele andou por ruas vazias com alguns amigos, umas incertezas e nada mais. Tinha deixado para trás um pequeno sonho, tinha abandonado um tão sonhado bar. E seu espirito, um boemio louco, tentava forçar teu corpo para voltar ao bar.
A pouca cerveja, que por um milagre aquela noite ele bebeu, lhe trazia saldades e muitas lembrancas de um tempo bom que ele pouco viveu. Mas não voltou, em nenhum momento, estando animado por poder dançar. Jamais dançou, jamais aprendeu, mas naquela noite isso ia mudar.
Morava nele uma alegria estranha, uma vontade louca de se divertir. E para todos que o conheciam sabiam que aquele soriso era um sinal de que naquela noite tudo que desejasse ia conseguir.
Após o longo caminho, que para ele não foi tão longo assim. Chegaram na porta do bar, deixaram seus casacos e entraram no salão.A porta, tão comum que era,não merecia nenhuma atenção se não fosse o fato de que nela havia uma placa de isusitada boas vindas.
Nela lia-se bem vindo a 1954.
Ao ler aquilo, algo fez sentido, mesmo que ele ainda não pudesse de fato entender. Ele e seus amigos abriram a porta e entraram no salão sem nem penssar por que.
Mas no momento que crusaram o porta, todos os relógios rodaram para trás. E o ano que era 2009 naquele momento já não era mais.
Bancos de couro vermelho, pista de taco polido, topetes, rabos de cavalo, vestidos de bolinha, sias rodadas, jaquetas de couro... Ao passar pela porta voltaram no tempo, para anos que precediam o ano em que iriam nascer.
E enquanto todos estavam espentados ele então sorrio vendo que era exatamente ali que queria estar. Sua alma, boiemia e louca, logo se animou e o levou para dançar. Chamou , ainda timido, a primeira garota que ali avistou. Ela sorrio. Ele afirmou que de fato naõ sabia dançar.Ela sorriu, mais uma vez e lhe deu a mão, prometendo lhe ensinar.
Dançaram uma dança um pouco timida, ele prestando toda atenção. Seguida a essa veio loo outra e em pouco tempo lá estava ele, rodopiando a dama por todo salão.
O ritimo do música ia acelerando da mesma maneira que seu coração. Ali não se via mais vergonha. timides ou insegurança, não se via não.
Naquele homem se via confiança e muita alegria, ele fora feito e talhado para aquele salão. E pouco a pouco toda a saudade que lhe acompanhava pela vida inteira desapareceu. Era a saudade desse tempo antigo que nunca viveu.
E logo estava ele ofegante, já com outra dama a dançar e rodopiar pelo memo salão. Não se sentou, jamais descansou, e sim se esforçou para aprender.
E lá pelo meio noite muitos já diziam que com ele iam aprender. A primeira dama era delicada, dançava com cuidado e muita atenção. A segunda era animada, muito agitada e exigia a ele a rodasse cada vez mais rapido para acompanhar as batidas de teu coração. A terceira dama era mais ousada, se jogava confiando que ele jamais a deixaria cair ao chão. Já a quarta dama, ria e gragalhava, tambem estava aprendendo e lhe pisava os pés e quando rodava lhe beliscava a mão.
Assim ele foi dançando e naquela noite, não ouviu um não. Para quem o conhecia, parecia novo homem, algo lhe transformara ao entar no salão.
Dançou e riu. Gargalhou em curtas converssas que teve no balcão. Brincou tambem com as garçonetes, fez muita amizade por todo lugar. Mas assim que anunciaram a ultima musica, lhe veio a tristesa e a quase certeza de que ia chorar.
Ali ele finalmente, pode ser ardente como jamais pode em nenhum lugar. E agora estavam anunciamdo que o tempo ia rodar pra frente e em alguns instante para a sua época ele ia voltar.
Abaixou a cabeça, tomou mais um gole, mexeu uno cabelo e se despedio. De tantas damas, tantas canções alegres, tantas lembranças que jamais esquecera.
Como o sentenciado a morte e cruzou a porta resmungando que ia voltar. Pegou o seu velho casaco e sob a mesma garoa saiu ele do bar. Foi para ele uma grande tristesa, ter que voltar a época onde já não mais se dançava assim. Mas saiu com a certeza que ele oltaria, e muito mais aprenderia, com cerceteza sim. Pois a sua alma, boemia e louca, nunca se sentio assim tão feliz.

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