Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Grande Hospedaria

Numa época distante. Onde a vida era mais dificil, o ar mais puro e as pessoas mais simples existiu um sábio. Ele caminhava pelo seu pais buscando novas soluções para antigos problemas e novos probelmas sem solução. Por onde passava tentava mudar a vida das pessoas de forma positiva e deixava que essas pessoas tambem pudessem mudar sua vida de forma positiva. Em resumo, este era um homem que sabia demais.
Certo dia andando por uma longa planice verde avistou um castelo. Sabendo que o rei daquelas terras não era muito cordial e não gostava nada de viajantes pensou bem antes de continuar sua caminhada. Ele foi até a beira da estrada e sentou-se numa pedra. E lá meditou sobre os riscos e possiveis ganhos de se atrever a andar pelas terras de um rei que não aceitaria sua presença. Sentado, ficou meditando por horas. E lá pelo fim da tarde, já cansado, ouviu o barulho de cavalos.
Pela estrada estava vindo a escolta real e no meio desses cavaleiros vinha o rei em seu próprio cavalo. Ao se aprosimarem do ponto onde estava o sábio sentado na pedra o rei ordeu que todos paracem. E se dirigindo ao cavaleiro da sua direita disse:
-No meu reino não são permitidos os mendigos.
E ao ouvir isso o cavaleiro desceu de seu cavalo e com a espada em punho caminhou até o sabio, mas antes que pudesse falar ou fazer algo o sabio falou.
-Não sou mendigo. Sou apenas um viajante que esta a caminho daquela grande hospedaria.
Disse isso apontando para o castelo. O rei sem olhar para o sabio dise:
-Homem tolo, não vê que aquele é meu castelo.
_pois para mim parece uma grande hospedaria. Disse o sabio assim que o rei terminou suas palavras. Nesse instante o cavaleiro já estava muito perto mas parou ao ouvir seu monarca.
-Insolente! Como ousa insultar meu palacio?
Disse o rei descendo de seu cavalo e anadndo a passos rápidos até o sabio. Tinha a face vermelha e grande raiva no olhar. Mas o sabio que já sabia que a vaidade é a fraquesa dos ricos continuou.
-E você vai me dizer que aquilo não é hospedaria?
O rei tirou sua espada da bainha e foi na direção do sabio com intenção de feri-lo. Mas as palavras do sabio foram mais rapidas.
-Você é o dono do local, estou certo?
-Sim, sou o rei dessas terras e você vai se arrepender de ter ofendido o palacio real.
-Mas antes de você quem era o dono de lá?
-Meu pai! É claro.
-E onde está seu pai? Esta lá dentro?
-Claro que não, meu pai esta morto.
O rei havia parado sue ataque para responder as perguntas do sabio, pois este sabia que outro defeito dos ricos é não perder a chance de se gabar de suas posses e suas origens.
-E antes dele quem era o dono do local?
-Meu avô, um grande conquistador!
-E seu avô  esta lá agora?
-Não tambem morreu. É claro!
-Então suponho que antes de seu avô o lugar era de seu bisavô. Estou correto?
-É claro que esta seu tolo! Onde quer chegar com estas perguntas sem cabimento?
-Estou tentando entender você. Me disse que aquilo era uma castelo, mas me descreve uma hospedaria!
-Não descrevi coisa alguma, velho louco!
A raiva voltava pouco a pouco a corar a face do rei. Mas nesse momento o sabio colou um fim na discusão.
-Seu bisavô, seu avô, seu pai foram donos daquilo que você chama de castelo. Mas ao morrerem não puderam levar consigo a construção. Eles vieram a vida, aqui passaram alguns anos e se foram ao morrer. E para mim um lugar onde nós chegamos, permanecemos por algum tempo e saimos sem levar nada é uma hospedaria. Não concorda?
O rei ficou paralizado ao ouvir a simples lógica do sabio. Toda a arrogancia e a imagem de poder sumiram de sua face. Ele soltou a espada, estendeu a mão ao sabio e disse:
-Vamos amigo, você esta convidado a passar esta noite em minha grande hospedaria.

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