Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A falta da goroa

Vejo as ruas frias de minha cidade cheias de pobres apaixonados. Verdadeiras multidões de enamorados. Porem solitarios. Vejo numa esquina um longo beijo, que logo sera só mais um. Noutra esuina vejo só mais uma briga sem sentido, que como tantas outras, sera a ultima. Vejo muita gente fingindo ser oque não. Como tambem posso ver muita gente que quando diz estar fingindo esta sendo oque é. As loucuras do amor mecheram com o juizo da metrópole. A modernidade invadio a cidade. A garoa, charmosa e romantica, já não cobre as ruas, já não molha o rosto dos apaixonados. Uma onde de vulgaridade explicita tentou varrer o romantismo dessas ruas. Mas o amor ainda tenta sobreviver nas esquinas de são paulo. E para tanto teve que se adaptar, teve que acompanhar certas mudanças.
Hoje existe amor no bar. Não na forma de choro de bebado quando perde a amada. O amor aprendeu a viver no fundo do copo, e só pode ser encontrado nu fim de uma disputa de "vira" com a garota que acabou de conhecer. O amor aprendeu a dançar na rua, em qualquer festividade publica, do ano novo ao carnaval. Aprendeu não só a dançar, como a entrar na dança, pois nem sempre se esconde na primeira musica. Cabe a quem o procura ficar trocando de par até encontrar. E tambem encontrou abrigo nas livrarias, afinal o amor e os livros são velhos conhecidos. E entre uma espiada e outra no conteudo dos livros, pode-se encontrar alguem que lê o mesmo que você, oque sempre é um bom sinal.
O amor aprendeu a viver, mais do que nunca, nas pequenas coisas. Vive na grama do parque onde os casais se deitam, no galho das arvores onde os casais tiram fotos. Aprendeu a nadar no lago, na foram de patos, ganços e garças. Tomou tambem a forma de carpas, de todas as cores e tamanhos. Se mostrou nas mais varidas formas de pinturas e esculturas. Frequennta hoje os bares, dos mais limpos aos mais sujos.Aprendeu a entrar no bate cabeça e a pagar pebidas fortes, amor que convive com fortes emoções.
Esta presente nos pequenos mimos e favores. Um chamado em horario inoportuno do outro lado da cidade, uma parede que necessita de mais uma mão de tinta. Se meteu em tudo! Tem amor na culinaria, matemática, filosofia, artes plasticas, brigas de rua, jogo de cartas, computadores, cursos de linguas... Mas mesmo ele estando em todo lugar. Parece que não esta em lugar nenhum.
Pois as ruas continuam frias e os apaixonados continuam só! E eu não sei bem o por que. Pois o amor esta em todos os cantos, mas parece que todos querem fingir não ver. Muitos são aqueles que me dizem que esse papo de amor não ta com nada, mas as escondidas essas mesmas pessoas estão procurando a felicidade assim como eu. Muitos são aqueles que negam seus sentimentos, por medo, insegurança ou sei lá mais oque. Vivemos sozinhos por opção inconciente. Temos tudo para dar certo, mas prefeimos sofrer com a falta a passar pela dor da perda. A cada dia mais e mais pessoas desiludidas vem a publico para dizer que o amor morreu. E a cada dia mais e mais apaixonados se deixam enganar.
Já são poucos aqueles casias meigos que passeiam nos parques. São poucos os casais que saem abraçados após um violenta festança num bar. São poucos os casais que ficam parados a frente de uma pintura, observando a obra calados, em quanto um faz carinho na mão do outro. São poucos os casais que, ao pintar a parede, acabam não resistindo e pintando o rosto um do outro. São poucos que sabem que o sabor do sorvete melhora quando você esta com alguem especial. São poucos aqueles que ainda sabem o quanto é bom ter alguem com quem dividir os bons e maus momentos da vida. São poucos os beijos de para o tempo. E não posso deixar de pensar que tudo isso é a falta da garoa. Não sei se ela tinha  dom mágico de disolver as barreiras que criamos entre nós e a nossa felicidade. Mas na época da garoa esta cidade estava cheia de pobres apaixonados, mas naquela época eles ficavam aos pares, agarradinos. Talvez fosse só o frio da garoa....Ou talvez com a garoa nublando a noite o amor não precisasse se esconder, e agia livre e desenpedido. De uma forma ou de oura, faz falta a tal garoa.

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