Uma tentativa, as vezes um tanto falha, de expressar a vida com palavras.



segunda-feira, 17 de agosto de 2009

A Raposa

Nem sempre me lembro de como um baobá é perigoso para aqueles que moram em pequenos asteróides. Ou que na guerra entre os carneiros e as rosas de nada servem os espinhos. Me lembro, mesmo que vagamente, do rei de ordens razoaveis.Porem jamais me recordo do vaidoso, do bêbado , do geografo ou do homem de negócios. Este ultimo, todo sério, cego com numeros e sem tempo para ver as estrelas, me lembrou alguem que não devia de maneira alguma lembrar. Coisa que acontece em releituras tendenciosas. Sim, pois busquei o livro para me recordar de uma parte especifica. Para garantir que não escreveria besteiras ao fazer este texto que escrevo agora. (o anterior foi um inspiração que cortou meu primeiro raciocinio)
E já que teria que ler um trecho, li tudinho. Lembrei com gosto do acendedor de lampiões, um tolo homem preso as regras, trabalhando de sol a sol e que de alguma maneira parece-me feliz. Lembra meu pai na verdade. E lendo tudo passei por uma rosa de valor unico, que de tanto tossir para esconder teus defitos e sentimentos espantou o pobre principe. Revi a serpente que prometia solucionar todos os problemas, pondo no texto um "fim". Vi a flor do deserto, vi as rosas do jardim, o guarda-chaves, o aviador. E este tambem merece um comentario, qualquer um que desenho uma jiboia que engolio um elefante merece um comentario. O aviador que era e o unico adulto que não virou "gente grande". Espero se como ele.
Li a história inteira do seu começo inocente ao fim do inocente principe. Onde fica a duvida se o carneiro comeu ou não a tal rosa do principezinho. Uma duvida muito mais importante do que:
"Capitu traiu ou não traiu Bentinho?" Como perguntava minha professora do colegial. Queria eu ter dito a ela que a duvida sobre o fim da rosa era mais importante.Mas como todos aqueles que leêm este blog já sabem, pouco me importo com personagens principais.
Mesmo sendo este o pequeno principe, há nele inocencia demais misturada a uma sabedoria mistica! Não me atrai. Venho fazer propaganda de mais um secundario ilustre. Que é obiviamente a Raposa. (não sei por que tento fazer suspense se acabei de escrever um longo texto sobre ela) Na verdade tenho lá meus comentarios para fazer sobre a serpente... mas sou apaixonado pela raposa.
Não sei, quem me conhece não costuma me achar parecido com ela. Mas eu me identifico muito com aquele doce animalzinho. Sabia e oportunista. Não tem medo dos homens, sabe que dançam todas as quintas. Então as quintas é o dia de se banquetear. Sabe que nada de importante para ele existe no trigo, mas só de ver o garoto já imagina que se ele a cativar, logo muito valor o trigo tera. è tão sabida que até sabia que iria sofrer, mas que um pouco de dor é o preço pela alegria de ter alguem que lhe é unico. E de ser unico a alguem. Sabe o valor de esperar para ver quem gostamos. Define como amizade oque alguns chamaram de amor. Sabe que os olhos não podem ver tudo que o coração sente. E o mais importante sabe que a responsabilidade é algo eterno. Assim como são eternos os laços que te ligam a tudo que te cativa. Inumeras vezes ja´pensei em escrever esta maxima na minha pele. Mas por inumeros motivosestéticos abandonei a ideia.
Mas tenho em mim uma marca que tem sentido parecido. E na verdade como não tem letras tem o sentido que eu quiser, e hoje é ese ai. (uma das vantagens de não ser explicito, tenho uma tatuagem nova sempre que mudo o significado dela. Muito mais facil, parato e menos doloroso que fazer uma sempre que mudar de opinião) . Para aqueles que não leram o livro, façam isso agora mesmo. Existem milhõs de publicações e cópias on line.
É um texto curto e rico, capaz de nos fazer repensar a vida a cada pagina. E è nele que mora a raposa. Não esqueci dela ainda. Não disse o mais improtante sobre ela... na verdade citei mas não aprofundei! Ela vê o mundo com o coração. Distingue as coisas pelo sentimentos que temos por elas. Sabe a diferença do passo do caçador e do passo do amigo. Sabe que o simples fato do principe ser loiro já muda o significado do trigo. Sabe que se marcar um encontro as 4 horas, apartir das 3 já começará a ser feliz. E que toda angustia da espera é o preço da falicidade.
Ela vê e sabe bem os riscos de se deixar cativar, mas sabe que as dores da despedida não mudam a cor do trigo. E principalmente que só o tempo que perdemos com quem amamos é que faz dessas pessoas tão importantes.
Se ela soubesse algo sobre musica brasileira talvez poderia dizer: "Quando a gente gosta é claro que a gente cuida." Mas creio que a maneira dela era mais facil pro principe entender.
Só acho uma pena que ela não tenha ganhado um livro só dela. Pois muito se fala do dilema da roa e do carneiro, mas nessa história tambem existe uma raposa que precisava de atenção!

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